Doce Amoreira
A cada domingo, nas caminhadas matinais pelo Eixão, deparo-me com uma novidade que me enche os olhos e me leva a agradecer pelo fato de estar em Brasília.
Mesmo sabendo que algumas situações se repetem todos os anos, repetem também em mim maravilhosas sensações de prazer por morar em uma cidade, onde concreto e natureza estão perfeitamente integrados ao dia a dia do cidadão comum.
Desta vez foram as amoreiras que me chamaram a atenção, ao longo do meio-fio, com seus galhos dançando ao sabor dos ventos brandos, como se cumprimentassem os pedestres com um bom-dia ensolarado e, discretamente, convidasse a todos para interromper a caminhada e fazer-lhes uma visitinha de cortesia, saboreando suas frutinhas. Esta é a primeira safra do ano, que coincide com as primeiras chuvas, que chamamos de “temporonas”. A segunda safra virá no final de outubro ou início de novembro, quando as chuvas realmente se instalarão.
Como muitos transeuntes, não resisti ao chamamento. Aproximei-me suavemente de uma árvore na qual, de longe, distingui pontos pretinhos aqui e ali. Pus-me a circulá-la, para tentar descobrir onde estavam as maiores concentrações das saborosas frutinhas. Percebi que ela gosta de brincar com os visitantes e aceitei o desafio. Ocorre que, dependendo do ângulo que a olhava, havia muitas, poucas ou nenhuma amora pronta para ser colhida. É que algumas delas escondem-se atrás das folhas, por baixo ou por cima do galho ou estão vermelhas de um lado e pretas do outro. Parece impossível vê-las todas em uma ou duas voltas ao redor do pé. Se você tem uma amoreira por perto, experimente entrar na brincadeira e veja como é divertido.
Abaixei um galho, outro e mais outro fui colhendo e degustando as pretinhas que conseguia ver, enquanto pensava no Criador. Provavelmente, ao conceber a amoreira, Ele deve ter decidido que seus frutos, tão leves e pequenos, deveriam nascer do meio para as pontas de galhos longos e flexíveis, de forma a facilitar a colheita.
Amora, em alemão é maulbeerbaum, em espanhol: moral, em francês: murier, em inglês:mulbery tree, em italiano: gelso. Com a denominação cientifica de Morus nigra, é uma planta da família botânica das Moracease, originária da Ásia.
No Brasil, o período de frutificação é curto: vai de setembro a novembro. Vale lembrar que as plantas, assim como nós, apresentam características variadas como tamanho, cor e sabor, de acordo com a qualidade do solo, quantidade e freqüência de água, tipo de adubação e cuidados no cultivo.
Mas, atenção! A raiz da amoreira, assim como seus galhos, é longa, flexível e resistente, recomendando-se não plantá-la em locais próximos a muros, calçadas, ruas e residências, pois vai se alastrando por debaixo da terra em várias direções, podendo até provocar desabamentos.
A amora-preta é altamente nutritiva. Geralmente é consumida ao natural ou na forma de geléias, licores, sucos, sorvetes, yogurtes.
Estudos e experimentos dão conta de que praticamente toda a amoreira possui propriedades que beneficiam a saúde através dos seus efeitos laxativo, expectorante, refrescante, emoliente, calmante e diurético, de combate ao diabetes (variedade nigra), dor de dente e inflamações, reduz a pressão sanguínea e é rica em estrógeno (o hormônio feminino).
Os principais princípios ativos encontrados em seus frutos são: vitaminas A, B1, B2, C, sendo que os maduros contém 9% de açúcares (frutose e glicose) e outros componentes químicos.
São conhecidas duas variedades alba (frutos brancos) e nigra (frutos negros).
Na Europa do século XVI, empregavam tanto os frutos como a casca e as folhas da amora negra. O fruto para as inflamações e hemorragias, a casca para as dores de dentes e as folhas para as mordidas de cobra e também como antídoto de envenenamento por acônito. Recentemente tem-se empregado as folhas dessa variedade para estimular a produção de insulina no diabetes.
Na China, a amoreira branca é empregada como remédio para tosse, resfriados seguidos de febre, dor de cabeça, garganta irritada e pressão alta. Com o conceito chinês de yin e yang, é usada para dissipar o calor do canal do fígado, que pode levar a irritação dos olhos e afetar estados de ânimo e também para refrescar o sangue. Portanto, é considerada um tônico yin.
Fontes:
Conhecimento empírico
Pesquisas:
http://ci-66.ciagri.usp.br/pm/ver_1pl.asp
http://www.pousadadascores.com.br/hortifrutigranjeiros/amora.htm
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Amora/ProducaodeMudasAmoraPreta/index.htm
Livro: Alimentos que curam (7ª edição) do médico Paulo Eiró Gonçalves
A cada domingo, nas caminhadas matinais pelo Eixão, deparo-me com uma novidade que me enche os olhos e me leva a agradecer pelo fato de estar em Brasília.
Mesmo sabendo que algumas situações se repetem todos os anos, repetem também em mim maravilhosas sensações de prazer por morar em uma cidade, onde concreto e natureza estão perfeitamente integrados ao dia a dia do cidadão comum.
Desta vez foram as amoreiras que me chamaram a atenção, ao longo do meio-fio, com seus galhos dançando ao sabor dos ventos brandos, como se cumprimentassem os pedestres com um bom-dia ensolarado e, discretamente, convidasse a todos para interromper a caminhada e fazer-lhes uma visitinha de cortesia, saboreando suas frutinhas. Esta é a primeira safra do ano, que coincide com as primeiras chuvas, que chamamos de “temporonas”. A segunda safra virá no final de outubro ou início de novembro, quando as chuvas realmente se instalarão.
Como muitos transeuntes, não resisti ao chamamento. Aproximei-me suavemente de uma árvore na qual, de longe, distingui pontos pretinhos aqui e ali. Pus-me a circulá-la, para tentar descobrir onde estavam as maiores concentrações das saborosas frutinhas. Percebi que ela gosta de brincar com os visitantes e aceitei o desafio. Ocorre que, dependendo do ângulo que a olhava, havia muitas, poucas ou nenhuma amora pronta para ser colhida. É que algumas delas escondem-se atrás das folhas, por baixo ou por cima do galho ou estão vermelhas de um lado e pretas do outro. Parece impossível vê-las todas em uma ou duas voltas ao redor do pé. Se você tem uma amoreira por perto, experimente entrar na brincadeira e veja como é divertido.
Abaixei um galho, outro e mais outro fui colhendo e degustando as pretinhas que conseguia ver, enquanto pensava no Criador. Provavelmente, ao conceber a amoreira, Ele deve ter decidido que seus frutos, tão leves e pequenos, deveriam nascer do meio para as pontas de galhos longos e flexíveis, de forma a facilitar a colheita.
Amora, em alemão é maulbeerbaum, em espanhol: moral, em francês: murier, em inglês:mulbery tree, em italiano: gelso. Com a denominação cientifica de Morus nigra, é uma planta da família botânica das Moracease, originária da Ásia.
No Brasil, o período de frutificação é curto: vai de setembro a novembro. Vale lembrar que as plantas, assim como nós, apresentam características variadas como tamanho, cor e sabor, de acordo com a qualidade do solo, quantidade e freqüência de água, tipo de adubação e cuidados no cultivo.
Mas, atenção! A raiz da amoreira, assim como seus galhos, é longa, flexível e resistente, recomendando-se não plantá-la em locais próximos a muros, calçadas, ruas e residências, pois vai se alastrando por debaixo da terra em várias direções, podendo até provocar desabamentos.
A amora-preta é altamente nutritiva. Geralmente é consumida ao natural ou na forma de geléias, licores, sucos, sorvetes, yogurtes.
Estudos e experimentos dão conta de que praticamente toda a amoreira possui propriedades que beneficiam a saúde através dos seus efeitos laxativo, expectorante, refrescante, emoliente, calmante e diurético, de combate ao diabetes (variedade nigra), dor de dente e inflamações, reduz a pressão sanguínea e é rica em estrógeno (o hormônio feminino).
Os principais princípios ativos encontrados em seus frutos são: vitaminas A, B1, B2, C, sendo que os maduros contém 9% de açúcares (frutose e glicose) e outros componentes químicos.
São conhecidas duas variedades alba (frutos brancos) e nigra (frutos negros).
Na Europa do século XVI, empregavam tanto os frutos como a casca e as folhas da amora negra. O fruto para as inflamações e hemorragias, a casca para as dores de dentes e as folhas para as mordidas de cobra e também como antídoto de envenenamento por acônito. Recentemente tem-se empregado as folhas dessa variedade para estimular a produção de insulina no diabetes.
Na China, a amoreira branca é empregada como remédio para tosse, resfriados seguidos de febre, dor de cabeça, garganta irritada e pressão alta. Com o conceito chinês de yin e yang, é usada para dissipar o calor do canal do fígado, que pode levar a irritação dos olhos e afetar estados de ânimo e também para refrescar o sangue. Portanto, é considerada um tônico yin.
Fontes:
Conhecimento empírico
Pesquisas:
http://ci-66.ciagri.usp.br/pm/ver_1pl.asp
http://www.pousadadascores.com.br/hortifrutigranjeiros/amora.htm
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Amora/ProducaodeMudasAmoraPreta/index.htm
Livro: Alimentos que curam (7ª edição) do médico Paulo Eiró Gonçalves