G R E L I N A
GRELINA: Coma pelo menos de 3 em 3 horas...
Pera aí meu! Tá rindo de que?
A GRELINA te despertou a curiosidade é?
O que você acha? A GRELINA faz bem ou faz mal à sua saúde?
GRELINA – o seu controle diário poderá lhe fazer um enorme bem, e, dizem os japoneses, poderá aumentar a expectativa de vida em cerca de 11 anos mais.
Eu já decidi: Vou me ajustar com a GRELINA e passar a comer pelo menos de 3 em 3 horas, para que tudo na vida melhore.
Se eu já gostava de comer, imagine agora com as recentes descobertas a respeito da GRELINA.
Viva a GRELINA!!!!!
Bom, agora leia mais abaixo muita informação importante sobre a GRELINA...
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GRELINA
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conhecida como o hormônio da fome, a grelina foi descoberta por pesquisadores japoneses em 1999, mas foram os cientistas britânicos que associaram esse hormônio a sensação da fome e por conseqüência um estimulante de apetite.
Ela é produzida principalmente pelo estômago, mas também pelas células epsilon do pâncreas e pelo hipotálamo. Este quando fica vazio intensifica a secreção da grelina, o hormônio atua no cérebro dando a sensação de fome. Quando nos alimentamos a secreção da grelina diminui e a sensação da fome passa.[1]
Ela também tem um papel importante no aprendizado, na memória e na adaptação a novos ambientes. [2]
Ao contrário do que se é de se esperar a quantidade de grelina nos obesos é menor do que nas pessoas com o peso ideal, o que acontece é que os obesos tem uma maior sensibilidade a esse hormônio, e um mecanismo que reduz sua produção quando o obeso ganha peso.[3]
As pessoas magras secretam grandes quantidades de grelina enquanto dormem, já esse fenômeno não é verificado nos obesos.
Artigo de VEJA
A especialidade do cirurgião cardíaco turco Mehmet Oz, de 47 anos, é retardar ao máximo os efeitos da idade em seus pacientes. Diretor do Programa de Medicina Integrada da Universidade Colúmbia, em Nova York, ele é consultor da famosa clínica antienvelhecimento do médico Michael Roizen, criador do conceito de que é possível manter o organismo mais jovem do que aponta a idade cronológica. Oz e Roizen também assinam a quatro mãos uma série de livros de sucesso que ensinam como manter um estilo de vida que adia a velhice. O mais recente deles, You Staying Young (Você Sempre Jovem), lançado há um mês nos Estados Unidos, já vendeu meio milhão de exemplares. Nos últimos quatro anos, Oz se tornou uma celebridade ao participar de um quadro fixo no programa de TV da apresentadora Oprah Winfrey. Ele também apresenta documentários no Discovery Channel. Nos dois casos, dá dicas aos telespectadores sobre como viver mais com boa saúde. Esse é justamente o tema da entrevista que ele deu à VEJA.
BREVE BIOGRAFIA DO DR.OZ
Dr.Mehmet Oz, casado e pai de quatro filhos. Ele se formou da Harvard Univesity em 1982, depois fez mestrado e MBA na Universidade de Pennsylvania.
Ele é autor de mais de 350 publicações e vários livros. Em maio de 2005 estava na lista de New York Times Bestseller.
ENTREVISTA DA REVISTA VEJA :
Veja - Existe uma fórmula para se manter jovem por mais tempo?
Oz - Sim.. Há catorze agentes principais envolvidos no envelhecimento. Sete retardam o processo, como os antioxidantes, e sete nos enfraquecem, como a atrofia muscular. É preciso manter esses agentes sob controle. O primeiro passo para alcançar esse objetivo é pensar não na possibilidade de ficar doente, mas na necessidade de manter o organismo saudável. Deve-se tirar o foco da prevenção dos males e direcioná-lo para a preservação da saúde. Se ninguém mais morresse de câncer e de doenças cardiovasculares, a expectativa de vida média do ser humano subiria apenas nove anos. Isso mostra que, para aumentar consideravelmente a expectativa de vida, não basta evitar doenças. É preciso cuidar do corpo para que ele não enfraqueça. Quando uma pessoa envelhece, doenças potencialmente fatais, como o câncer e o infarto, não aparecem de imediato. Antes que elas se instalem, o corpo torna-se mais frágil e vulnerável..
Veja - O que fazer para evitar que o corpo se torne frágil e vulnerável?
Oz - Meu novo livro, You Staying Young (Você Sempre Jovem, ainda sem previsão de lançamento no Brasil), trata exatamente desse tema. Os exercícios físicos são uma ferramenta essencial. Eles combatem o primeiro sinal do envelhecimento, que é a perda de força muscular. Outros recursos importantes são alimentar-se bem e meditar. Uma boa recomendação é a prática do tai chi chuan, exercício oriental que combina equilíbrio, coordenação motora e também meditação. Se todos adotassem essas medidas, a vida média da população poderia subir para 110 anos. Quanto à alimentação, não podem faltar nutrientes como o resveratrol da uva e o licopeno do tomate, que são poderosos antioxidantes. O principal, mas também o mais difícil, é controlar a quantidade dos alimentos. De qualquer forma, todo mundo deve comer um pouco menos do que tem vontade.
Veja - Fazer várias pequenas refeições por dia, como recomendam alguns médicos, faz bem para a saúde?
Oz - Deve-se comer de três em três horas. Se o intervalo é maior, a taxa de hormônio grelina, que estimula a fome, começa a subir. O problema é que, após uma refeição, ainda demora trinta minutos para que a taxa desse hormônio volte a baixar. Em conseqüência disso, acaba-se comendo mais do que se deveria. O mais importante, além de comer alguma coisa a cada três horas, é trocar as refeições grandes por pequenas, intercaladas por lanchinhos. Esse conceito não foi criado por mim. É o que mostram as pesquisas científicas.
Veja - O que o senhor considera refeições grandes e pequenas?
Oz - Uma refeição grande ultrapassa 1 000 calorias. Uma pequena tem, no máximo, 500. Quem consome por volta de 2 000 calorias diárias pode fazer duas refeições de 300 calorias cada uma e outra maior, de até 800. Os lanchinhos podem ter até 250 calorias.
Veja - O que deve ficar de fora do cardápio?
Oz - Existe uma regrinha fácil de ser usada, a regra dos cinco. Para isso, é preciso examinar o rótulo dos alimentos. Cinco ingredientes não podem estar entre os primeiros listados no rótulo. São eles: gorduras saturadas, gorduras trans, açúcar simples, açúcar invertido e farinha de trigo enriquecida. Dois desses nutrientes são gorduras, dois são açúcares. Os dois tipos de gordura podem estimular processos inflamatórios no fígado que forçam a produção de substâncias deletérias, como o colesterol. Também fazem com que o fígado fique menos sensível à insulina, aumentando o risco de diabetes. Os açúcares listados fazem mal por estimular a produção de insulina, o que aumenta o depósito de gordura corporal. O pior é que esses cinco itens são os mais comuns nas dietas atuais.
Veja - O cardápio básico do brasileiro, composto de arroz, feijão, carne e salada, é saudável?
Oz - A princípio, sim. Esse cardápio contém exatamente os nutrientes para os quais a digestão humana está preparada. Mas os brasileiros comem carnes muito gordas, o que é errado.. Antigamente, no mundo inteiro, quando os métodos de criação do gado eram mais simples, a porcentagem de gordura dos melhores cortes da carne bovina era, em média, de 4%. Hoje é de 30%. Outro problema dos hábitos alimentares do brasileiro é que ele come arroz em excesso, o que não traz nenhum benefício. Melhor seria adotar o arroz integral. Os alimentos integrais têm mais fibras, o que os mantém mais tempo no intestino e diminui a absorção de açúcar pelo organismo. Uma vantagem dos brasileiros é ter à disposição enorme variedade de frutas e vegetais maravilhosos, por preço razoável.
Veja - Os hábitos que o senhor propõe para prolongar a vida são relativamente simples, mas exigem controle estrito sobre as atividades do dia-a-dia. Como exercer esse controle?
Oz - A palavra-chave é automatizar. Ou seja, fazer desses hábitos uma rotina, sem precisar pensar muito neles. Acordar, escovar os dentes e passar o fio dental, para reduzir a quantidade de bactérias prejudiciais à saúde. Beber muito líquido ao longo do dia, principalmente água e chá verde. Dormir ao menos sete horas por noite. Durante o sono se produz o hormônio do crescimento, essencial mesmo para quem já é adulto, pois prolonga a juventude. Caminhar meia hora por dia e praticar exercícios que façam suar três vezes por semana. Meditar cinco minutos diariamente, o que pode estar embutido na prática de ioga ou tai chi chuan. Evitar alimentos que estejam na regra dos cinco, que mencionei anteriormente. Uma última coisa: estreitar o relacionamento com as pessoas próximas e abster-se de julgá-las. Em vez de julgar os outros, é melhor tomar conta de si próprio.
Veja - Abster-se de julgar os outros ajuda a manter a juventude?
Oz - Sim, da mesma forma que resolver situações de conflito. O conflito não traz nada de positivo. É apenas desgastante. Costumo recomendar a meus pacientes que procurem as pessoas com quem mantêm uma relação de animosidade e tentem resolver o impasse. Essa é uma atitude para o bem-estar próprio. Não há nada de altruísta nela. É uma atitude egoísta.
Veja - O que o senhor acha das dietas para emagrecer que surgem e viram moda a cada seis meses?
Oz - Essas dietas fazem sucesso, mas são péssimas para a saúde. A alimentação não deve ser encarada como uma maratona para a perda de peso. Uma dieta que tenha como chamariz o emagrecimento rápido não é confiável. Comer menos do que o corpo necessita é uma agressão à fisiologia. Ou seja, aos processos químicos que fazem o organismo funcionar. Quando a fisiologia é desprezada, os resultados das dietas são transitórios.
Veja - Por que o senhor recomenda cuidados com o jantar?
Oz - Na verdade, há uma única regra a observar: deve-se jantar pelo menos três horas antes de dormir. Deitar logo após a refeição facilita o acúmulo de gordura, principalmente na cintura. Além disso, comer muito tarde prejudica o sono.
Veja - O senhor recomenda beber muita água durante o dia.. Quanto se deve beber exatamente?
Oz - Deve-se beber uma quantidade suficiente para que a urina esteja sempre clara. Isso varia de um dia para o outro. Em dias quentes, sua-se muito e, por isso, é preciso beber mais água. Para quem não abre mão da cafeína, sugiro chá verde. Em lugar de quatro cafezinhos por dia, beba quatro copos de chá verde. Essa bebida concentra muitos antioxidantes e nutrientes bons para a saúde.
Veja - Muitos ambientalistas condenam o consumo de água engarrafada. Do ponto de vista da saúde, ela é melhor que a água da torneira?
Oz - Eu acho um erro beber água engarrafada. Há dois problemas principais com ela. O primeiro é que, se a garrafa plástica não for reciclada, pode contaminar os mares e os rios.. Isso prejudica o meio ambiente e, indiretamente, a saúde. O plástico das embalagens vai parar nos peixes que comemos. O resultado é que 97% das pessoas apresentam resíduos de plástico no organismo, o que interfere no sistema hormonal. Esses resíduos estimulam os receptores de estrogênio, o hormônio feminino. Em excesso, o estrogênio pode causar câncer e outros problemas. As toxinas contidas no plástico também aceleram o envelhecimento. O segundo problema é que, como a água engarrafada não apresenta vantagens com relação à água da torneira, trata-se de um desperdício de dinheiro.
Veja - O senhor recomenda exercícios físicos que provoquem suor. Exercícios leves são inúteis?
Oz - Essas recomendações visam à saúde cardiovascular. Para essa finalidade, apenas os exercícios moderados ou intensos, que fazem suar, apresentam benefícios. Mas os exercícios suaves e de baixo impacto têm valor. Mesmo a caminhada movimenta grandes músculos, como os das coxas e dos quadris, que consomem muita energia. Como o gasto calórico muscular é maior durante o exercício, a queima de calorias aumenta.
Veja - Os suplementos vitamínicos são criticados em muitos estudos científicos. O que o senhor acha deles?
Oz - Eles são eficazes, mas prometem mais do que cumprem. Na verdade, os médicos saem da faculdade sem conhecimentos suficientes sobre os suplementos e são forçados a tirar suas próprias conclusões. De modo geral, uma suplementação só é necessária quando as vitaminas não são obtidas naturalmente com a alimentação. Por outro lado, acredito que determinadas vitaminas podem melhorar a qualidade de vida e a longevidade. Entre elas estão as vitaminas A, B, C, D e E, além de cálcio, magnésio, selênio e zinco. A vitamina D é importantíssima, pois previne câncer e osteoporose. Principalmente nos países mais frios, onde a exposição solar é restrita, os suplementos são essenciais.
Veja - Além dos procedimentos já descritos nesta entrevista, o que mais o senhor faz para adiar o envelhecimento?
Oz - Minha receita principal de juventude é brincar com meus filhos.. Também procuro descobrir coisas novas todos os dias. Aprendo ao conversar com os outros e, apesar de ser muito assediado para responder a perguntas, por causa de minha atuação na TV, prefiro perguntar, saber como é a vida das pessoas, como elas trabalham. Isso faz minha mente exercitar-se.
Veja - Nos últimos anos, o aperfeiçoamento do tratamento clínico fez cair o número de cirurgias cardíacas. Essa é uma tendência em outras especialidades médicas além da cardiologia?
Oz - Sem dúvida. Os recursos clínicos tornaram-se mais eficazes tanto para a prevenção de doenças quanto para seu tratamento. Por isso, assim como na cardiologia, a cirurgia deixou de ser a primeira opção em outras áreas. Há poucos anos, quando o paciente machucava o joelho, ia direto para a sala de operação. Agora, ele vai para a sala de fisioterapia. Essa tendência também é evidente nos casos de diverticulite, uma inflamação do intestino, que passou a ser tratada com o consumo de fibras. O mesmo acontece com pacientes que apresentam doença arterial obstrutiva periférica. Antes eles iam para a faca. Agora, recebem como orientação deixar de fumar e caminhar. Mesmo que sintam dor num primeiro momento, essa é uma maneira de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos para substituir os danificados.
Veja - O senhor já esteve no Brasil. Como foi sua experiência no país?
Oz - Visitei o Brasil há muitos anos, quando ainda era estudante de medicina. Fui ao Rio de Janeiro e conheci o doutor Ivo Pitanguy. Também fiquei deslumbrado com as frutas brasileiras e com as lojas de sucos. Elas misturam frutas e outros vegetais, uma combinação pouco convencional. Conheci o açaí, que até hoje está no meu cardápio. Compro açaí em Nova York mesmo. É um dos alimentos com maior concentração de antioxidantes. Planejo voltar ao Brasil em meados do ano que vem para gravar um programa. Quero muito ir à Amazônia e conhecer as plantas medicinais da região.
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Exercício Físico e a Liberação dos Hormônios Grelina e Leptina
Saúde & Performance - Fisiologia
O papel do exercício no controle de peso é geralmente associado com o efeito direto do déficit de energia durante a atividade física, que por sua vez cria um balanço energético negativo e leva à perda de peso.
No entanto, é possível que o exercício físico possa influenciar a massa corporal indiretamente, exercendo alguma influência sobre a regulação do apetite (KING, NA et al, 2009).
Em 1956, Mayer et al examinaram a questão da atividade física e seus benefícios para a regulação do balanço energético, e, embora não tenha sido visto nenhum efeito direto sobre o apetite, foi visto no estudo que a atividade física poderia melhorar o equilíbrio de energia por regulação do apetite. Além disso, outros estudos mostram que o exercício poderia melhorar o sistema de regulação do apetite (WILMORE, JH, 1983).
Recentemente, dois hormônios gastrintestinais tem demonstrado relação com o comportamento alimentar em curto prazo: a grelina, um estimulador de apetite em nível de hipotálamo, que trabalha em curta escala de tempo entre refeições (KOJIMA, M; HOSODA, H; DATE, Y, 1999; ARORA, S, 2006) e a leptina, que é um hormônio que age no Sistema Nervoso Central, em particular no hipotálamo, inibindo o consumo alimentar em longo prazo, e estimulando o gasto energético (ZHANG, Y, et al, 1994).
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A fome e a saciedade
Você não agüenta mais viver infeliz com a própria imagem, mas adora comer e beber. Sobe na primeira balança que encontra, fica ainda mais infeliz e espera que aquela dieta milagrosa traga bem depressa o corpo dos seus sonhos. Saiba que você não está sozinha.
“Eu quero atingir a minha meta de 64 quilos. Acho que faz 16 anos que não peso 64 quilos”, conta Edeli Zan, gerente de restaurante.
Engorda, emagrece, engorda mais um pouco, emagrece menos. Na semana passada a gente viu como o corpo conspira para nos fazer voltar ao peso mais alto que já atingimos.
“Em última análise: perde e ganha peso, perde e ganha peso muda a sua composição corporal, diminui a sua musculatura e aumenta a sua gordura”, explica o endocrinologista Alfredo Halpern.
“Eu tenho aqui manequins 44 e 46. E um 42, né? Aí comprei uma calça 48. Não compro mais nada. Ou eu volto ou eu vou ficar com essa calça, gente, é essa calça jeans. Ou vou ficar com ela até o fim da vida”, diz Edeli.
“Existe uma evidência clínica de que perder peso e reganhar, perder peso e reganhar faz mais mal pra saúde do que você estar já no peso acima”, avisa Halpern.
“Isso não pode ser um desestímulo? Ah, eu vou perder peso pra ganhar outra vez, então é melhor ficar com o peso que eu tô e está acabado?”, pergunta Drauzio.
“Não, eu acho o contrário. Eu posso te dizer que uma das grandes aquisições no combate à obesidade é o indivíduo hoje em dia ter certeza de que ele tem uma doença. É o médico transmitir para o indivíduo que ele tem que ter controle para o resto da vida”.
A idéia de que a obesidade é uma doença é um conceito recente. Durante muito tempo ela foi encarada simplesmente como um problema de quem come demais.
“A Edeli é uma pessoa muito ansiosa com tudo. É difícil pra ela identificar qual é o problema”, comenta o irmão de Edeli, Paulo Zan.
“O maior problema na tua vida hoje pesa 12 quilos?”, pergunta Drauzio.
“Hoje é”, diz Edeli.
“Às vezes você vê pessoas que são um pouco mais gordinhas só que não são tanto. E, no entanto, o problema da alimentação, do número de calorias, da quantidade de peso que você perdeu vira o assunto da vida, né?”, comenta Drauzio.
“Ele se relaciona com você o tempo todo como um obeso. Um obeso que o tempo todo vai sentar com você em um restaurante e não vai falar da vida, das situações afetivas, e não vai conseguir aprofundar outras coisas tão valorosas na pessoa dele. Ele vai falar o tempo todo das calorias, do que comeu ontem, do que não comeu ontem. Quer dizer, ele apaga o resto da vida dele e se mostra o tempo todo como um obeso”, completa o psiquiatra Táki Cordás.
“Passo o dia inteiro preocupada com comida. O dia inteiro eu penso no meu corpo, na minha comida, no que eu vou comer”, confessa Edeli.
Antigamente, a gordura era considerada simples depósito para estocar energia. Hoje a ciência sabe que o tecido gorduroso é um órgão ativo que libera hormônios, ele é a maior glândula que temos. A quantidade de alimento que você ingere é controlada, em parte, pela quantidade de gordura existente em seu corpo. Quer dizer, quanto mais células gordurosas você tem, mais fome irá sentir.
O controle do apetite e da saciedade - a sensação de que já comemos o suficiente - acontece no cérebro e independe da nossa vontade. O impulso da fome é tão forte quanto o da sede.
Na rotina diária, dois hormônios, a grelina e o PYY, controlam e administram o apetite e a saciedade. Eles atuam numa área do cérebro chamada "núcleo arqueado", através de dois circuitos de neurônios que exercem ações opostas. Um estimula o apetite. O outro, a saciedade.
Quando está vazio, o estômago libera o hormônio grelina. A função da grelina é estimular o centro da fome. A grelina nos alerta: está na hora de comer.
A medida em que enchemos o estômago, a produção de grelina cai e o apetite diminui.
Depois de passar pelo estômago, a comida vai para o intestino. Ali é liberado um outro hormônio, o PYY, que vai estimular o centro da saciedade. Um aviso para pararmos de comer.
O problema é que o centro da saciedade demora um pouco até ser ativado. Esse tempo varia de uma pessoa para outra. Mas para comer menos, é importante comer devagar, descansar os talheres, para dar tempo dos hormônios da saciedade chegarem até o cérebro.
“Eu fico assim morrendo de inveja das pessoas que comem devagar. Se eu tenho alguém conversando comigo até que eu como devagar, entendeu? Mas se eu estou sozinha, como na maioria das vezes, acabo comendo rápido”, diz Edeli
O equilíbrio entre a grelina e o PYY indica quando devemos começar ou terminar uma refeição. Mas, dependendo do tipo de alimento, esses hormônios são liberados em quantidades diferentes. Por exemplo, carboidratos simples, como a batata, arroz brando, farinha de trigo e os doces, são absorvidos antes dos intestinos produzirem o hormônio PYY, que inibe a fome. Por isso, quando comemos dois pratos de macarronada com pão, domingo, em família, poucas horas depois assaltamos a geladeira em busca daquele pedaço de pudim.
Já a gordura de outros alimentos, como a carne vermelha, por exemplo, demora mais para ser digerida e o PYY pode fazer efeito, dando a sensação de que estamos satisfeitos. Mas este é o mecanismo diário de controle do apetite.
A longo prazo, o controle do peso depende de outros hormônios. Os mais importantes são a leptina e a insulina.
A insulina é produzida por um tipo especial de célula localizada no pâncreas e inibe o apetite. Enquanto o cérebro mantém sua sensibilidade à insulina, comemos menos e perdemos peso. Quando engordamos, a sensibilidade à insulina cai e o apetite aumenta.
O outro hormônio, a leptina, ativa o centro da saciedade - a área do cérebro que nos informa quando estamos satisfeitos. A leptina é produzida pelas células gordurosas para avisar ao cérebro a quantas anda o nosso estoque de gordura.
Quando emagrecemos, as células gordurosas diminuem de tamanho. Isso faz cair a produção de leptina. E, por causa da diminuição na produção de leptina, sentimos muito mais fome.
A descoberta da leptina, em 1994, foi comemorada como uma solução perfeita para o problema da obesidade. Ratos gordos emagreceram rapidamente ao receberem injeções de leptina.
Mas nos humanos a resposta foi diferente. Os cientistas logo perceberam que a leptina não fazia o mesmo efeito. Quem era obeso continuava obeso, mesmo com grandes quantidades de leptina circulando pelo corpo.
Se a leptina é produzida pelas células de gordura, quanto mais gordo, mais leptina. Como este hormônio inibe o apetite, os gordos, então, deveriam comer menos. Mas isso não acontece. É que neles existe uma espécie de "defeito molecular" que dificulta a ação da leptina. O que os cientistas tentam agora é descobrir como melhorar o funcionamento dos genes encarregados de reconhecer a leptina no cérebro.
Seria ótimo se a medicina pudesse oferecer uma solução mágica para o tormento da Edeli e o de tantos iguais a ela. Infelizmente, isso não existe.
“Adoraria soluções mágicas, adoraria”, sonha Edeli.
Esse é o nosso assunto na semana que vem. Até lá.
Bom, agora que você já está íntimo com a GRELINA, só tenho a desejar-lhe SAÚDE!!!!! PAZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! FELICIDADES!!!!!!!!!!!!!!!!!