Harmonia/Maçonaria

Harmonia, condição "sine qua non" para uma vida feliz, com boa saúde e prosperidade. Oxalá somado ao positivismo e feliz por natureza o que quer dizer a escolha ser feliz e não mais ou menos feliz, como fazem muitos, deixando a felicidade passar e pega-la depois.

Sob todos os aspectos, considere mesmo o Paraíso já presente em sua vida e não deixe para depois, talvez para outras vidas, quem sabe pós-morte. Bobeira seja feliz já, pois tudo depende de você.

É evidente que a reconciliação e o perdão são elixir para a boa saúde. Reconciliar com tudo à nossa volta, extensivo aos familiares: pais, mulher, marido, filhos, etc., como atesta a Oração da Seicho-No-Ie do Brasil, sobre a Harmonia:

REVELAÇÕES DIVINAS DO

“ACENDEDOR DOS SETE CANDEEIROS”

Reconcilia-te com todas as coisas do céu e da terra. Quando te reconciliares com todas as coisas do céu e da terra, tudo será teu amigo. Quando todo o Universo se tornar teu amigo, coisa alguma do Universo poderá causar-te dano.

Se és ferido por algo ou se és atingido por micróbios ou por espíritos baixos, é prova de que não estás reconciliado com todas as coisas do céu e da terra. Reflexiona e reconcilia-te. Esta é a razão que te ensinei, outrora, que era necessário te reconciliares com teus irmãos antes de trazeres oferenda ao altar. Dentre os teus irmãos, os mais importantes são teus pais.

Mesmo que agradeças a Deus, se não consegues, porém, agradecer a teus pais, não estás em conformidade com a vontade de Deus.

Reconciliar-se com todas as coisas do Universo, significa agradecer a todas as coisas do Universo.

A reconciliação verdadeira não é obtida nem pela tolerância nem pela condescendência mútua. Ser tolerante ou condescendente não significa estar em harmonia do fundo do coração. A reconciliação verdadeira será consolidada quando houver recíproco agradecer. Mesmo que agradeças a Deus, aquele que não agradece a todas as coisas do céu e da terra não consolida a reconciliação com todas as coisas do céu e da terra.

Não havendo a reconciliação com todas as coisas do Universo, mesmo que Deus queira te auxiliar, as vibrações mentais de discórdia não te permitem captar as ondas da salvação de Deus.

Agradece à Pátria. Agradece a teu pai e a tua mãe. Agradece a teu marido ou a tua mulher. Agradece a teus filhos. Agradece a teus criados. Agradece a todas as pessoas. Agradece a todas as coisas do céu e da terra.

Somente dentro desse sentimento de gratidão é que poderás ver-Me e receber a minha Salvação. Como sou o Todo de tudo, estarei somente dentro daquele que estiver reconciliado com todas as coisas do céu e da terra.

Não sou presença que possa ser vista aqui ou acolá. Por isso não me incorporo em médiuns. Não penses que chamando por Deus através de um médium, Deus possa Se revelar. Se queres chamar-Me, reconcilia-te com todas as coisas do céu e da terra e chama por Mim. Porque sou Amor, ao te reconciliares com todas as coisas do céu e da terra, aí, então Me revalarei.

(Revelação Divina da noite de 27 de Setembro de 1931)

Abaixo, artigo da Revista Consciência de autoria do Irmão Eurico de Souza, da Loja Maçônica Aurora de Caiapônia/GO:

A harmonia é o cimento que edifica as relações humanas; é um estado de espírito que deve ser alimentado de forma permanente. Nem a Maçonaria nem qualquer outro grupo social podem subsistir sem a harmonia! Quando existem divergências, por menores que sejam, o grupo social deve se empenhar para dissipá-las, a fim de evitar a deterioração das relações humanas.

Constantemente surgem focos de divergências dentro da Maçonaria, como ocorre em qualquer outro grupo social, mas ultimamente a incidência é preocupante. A disputa do poder na Maçonaria ou as divergências pessoais não podem contaminar o grupo inteiro, com a tomada de posições antagônicas, com todos defendendo as ideias sem consenso.

Antes disso é preciso que a maioria tenha sensatez e equilíbrio para buscar a harmonia do grupo, resolvendo as divergências de forma civilizada. Há sempre sequelas em contendas mal resolvidas. Só a Maçonaria perde com as disputas acirradas pelo poder, daquelas que nivelam a nossa ordem à política comum, com severas acusações pessoais de ambos os lados.

Perde com o afastamento de valorosos irmãos que se desencantam com a derrota; perde com desencanto de seus seguidores; perde com o surgimento de grupos divergentes que arquitetam a próxima disputa. Da mesma forma, a Maçonaria perde com as divergências pessoais que extrapolam aquelas meras antipatias de convívio, comuns nos grupos sociais, para envolver todos na luta fratricida.

Tem sido comum, nos últimos tempos, a notícia sobre as lojas que perdem o entusiasmo por divergências pessoais entre irmãos, sempre havendo dissensões entre aqueles que ficam de um lado ou de outro da divergência. Infelizmente, as diferenças criadas nas lojas refletem no relacionamento das cunhadas e sobrinhos, que também passam a alimentar as divergências externamente, deixando todo o grupo social contaminado.

Mais apaixonadas, como é da natureza feminina, as cunhadas tratam as divergências com indignação, usando frases do tipo “Não esperava isso da Maçonaria!”, “A Maçonaria não é o que parece!”. Também é comum nascer as divergências que contaminam o grupo dentro da associação feminina.

Normalmente as divergências das cunhadas se restringem ao relacionamento delas, mas a Maçonaria precisa estar atenta para evitar a disseminação do desconforto familiar. Daí a necessidade de valorizar a harmonia. A harmonia é polivalente, tipo sangue “O-“, doador universal, que pode socorrer todas as situações de risco. Com a harmonia tratam-se as divergências no lar, no trabalho e no convívio social.

A harmonia se relaciona bem com tudo, se é solicitada: quando há divergência entre os irmãos, ela arrefece os ânimos; quando há distúrbios entre as cunhadas, ela corrige as diferenças; quando há brigas entre os sobrinhos, ela conclama a paz. Por isso a Maçonaria precisa dedicar maior atenção à harmonia, tanto nas lojas quanto na família maçônica.

Sempre que for aberta uma divergência, a menor que seja, é preciso dar-lhe atenção para dissipá-la, evitando que se transforme num problema maior. Ao invés da maioria dos irmãos tomarem partidos entre eventuais contendores, em qualquer situação, é preciso ativar o sentimento de harmonia para superar a crise.

Com as inúmeras divergências registradas nos últimos tempo, muitas delas mal resolvidas ou ainda sem solução, está na hora de a Maçonaria patrocinar a harmonia como único remédio que pode garantir o bem estar de todos. A harmonia se dá bem, sobretudo, com o sentimento do amor, porque o amor, em última instância, é a própria harmonia.

José Pedroso

Primavera/2010

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 30/11/2010
Reeditado em 24/03/2021
Código do texto: T2645848
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