Cura da prisão de ventre...
Muitas vezes a prisão de ventre pode estar relacionada com o nosso estado emocional. Há pessoas que têem dificuldade em fazer xixi ou evacuar na presença ou próximo a outras. Eu mesmo sou uma delas. Certa vez, um medico de família, há mais de 35 anos me aconselhou que para o intestino preso, devia ficar mais tempo no sanitário. Certas mães usam ligar uma torneira, pois o barulho faz despertar em certas crianças a evacuar ou fazer xixi à noite. No caso de xixi, pude presenciar, era para que a criança não fizesse xixi na cama. A vida corrida, a alimentação não muito frugal e o emocional não bem equilibrado, são fatores que predispõe a prisão de ventre. Eu resolvi quase 100% o meu problema, fazendo uso diário de quatro copos de 250 ML de água, antes do café da manha. Estar mais calmo, esperar no banheiro, as vezes ligar a torneira com pouca água, para somente ouvir o barulho, eis a solução.
A seguir passo aos leitores materia texto da obra: Felicidade, do volume 38 - A Verdade da Vida, do Mestre Masaharu Taniguchi - Seicho- No- Ie, com assunto correlato, como segue:
Como ocorre a prisão de ventre? Segundo a medicina, ela está relacionada com a alimentação. Mas há casos em que numa mesma família, servindo-se da mesma refeição, uns ficam com o intestino preso e outros ficam com diarréia. Diante desse fato, não se pode dizer que a mudança da dieta seja suficiente para a cura da prisão de ventre. Os psicanalistas de tendência freudiana já procuram interpretá-la relacionando-a com a libido da pessoa na sua infância, por se tratar de um mal ligado ao ânus. Mas não se deve querer explicar tudo com base na teoria da sexualidade infantil.
Se analisarmos a prisão de ventre do ponto de vista de que o corpo carnal é reflexo da mente, podemos dizer que ele é a materialização do medo de perder as coisas. É o medo de perder o dinheiro, o medo de perder amigos, o medo de perder o amor, etc. Resumindo, a causa desse mal está na mente que segura e não solta. Devemos, então, orientar a pessoa no sentido de ela solte as coisas da sua mente, não se prenda a nada, relaxe a sua mente e elimine a sua tensão.
O medo vem da mente que segura. Aquele que está se afogando agarra-se até a uma palha. O nervosismo faz com que a pessoa “segure o suor nas mãos” (segurar é prender). A mente é a causa de tudo. Quando sentimos medo, esse estado mental manifesta-se em todo o nosso corpo: os vasos sanguíneos sofrem constrição, os músculos se contraem e a pele se encolhe e fica arrepiada. O coração daquele que segura as coisas violenta e insistentemente palpita aceleradamente; a sua pressão sobe; e ele poderá contrair até angina do peito. Dessa forma, as pessoas dominadas pelo medo sofrem contração dos músculos inclusive do reto e do ânus, podendo chegar a um estado de obstipação intestinal.
Devemos nos tornar capazes de perdoar o próximo. Perdoar é soltar, é libertar. Aqueles que não conseguem perdoar os outros possuem “mente que prejudica o próximo”, e por isso eles também temem ser prejudicados pelos outros. Dessa forma, os músculos e os órgãos das pessoas que não soltam o próximo acabam endurecendo e definhando.
Para curar doenças desse tipo, a prisão de ventre, por exemplo, a pessoa poderá, em primeiro lugar, num processo direto, mentalizar e conscientizar: “O homem, sendo Filho de Deus, não é um ser que possa ser prejudicado por uma coisa tão insignificante como a prisão de ventre. Eu não vivo através da evacuação: eu vivo através da Vida de Deus”. Mentalizando assim com o espírito tranquilo, deverá soltar de sua mente a prisão de ventre. Em segundo lugar, num processo indireto, porém mais fundamental, deverá despertar dentro de si um grande sentimento de amor e de perdão.
Prel. José Pedroso
Frutal/MG – Primavera de 2010