Regina Racco
                                                                                              http://www.pompoarte.com.br

A frase Viciados em Sexo é usada para descrever o comportamento de uma pessoa que sente um intenso desejo sexual incomum ou uma obsessão com o sexo. Pessoas que se tornam compulsivas por sexo normalmente têm grande dificuldade em manter-se em uma relação estável. Algumas vezes buscam em outras pessoas desculpas para o seu comportamento e não raro sofrem profundamente, alternando o desejo com a culpa pelos atos inerentes à sua compulsão. Como todo vício, esse também não é isento de grandes riscos à saúde e a própria segurança. A maioria nega ter problemas. Uma grande parcela destes indivíduos acaba por inserir atividades ilegais ao seu comportamento, tais como: Exibicionismo (expor-se em público) praticar atos considerados impróprios, como atentado ao pudor e até mesmo atos violentos.

O viciado em sexo precisa de auxílio, o tempo que leva até perceber essa necessidade varia e para muitos chega apenas quando já existem fatores agravantes, o que aumenta ainda mais a o sofrimento, não somente seu como dos familiares.

Não há entre os profissionais um consenso sobre se o vício sexual existe ou não (seria apenas um sintoma a mais em outros transtornos psicológicos), mas a se aceitar que existam, não há ainda uma classificação sob a ótica da psicologia. Alguns especialistas, como o Dr. Drew Pinsky (http://www.drdrew.com/) , acredita que o vício sexual é literalmente um vício, em analogia direta com vícios de álcool e drogas, por exemplo. Outros acreditam que o vício sexual é realmente uma forma de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e se referem a ele como compulsão sexual. Outros especialistas acreditam que o vício em sexo é um mito, um subproduto do meio e dos tempos atuais onde a permissividade descontrolada pode levar a excessos, parecendo desconhecer os sintomas de caráter médico que salta às vistas de quem convive com alguém assim.

Comportamentos associados ao vício sexual incluem:

•Masturbação excessiva

•Múltiplas relações extraconjugais.

•Múltiplos parceiros, inclusive anônimos, em uma única noite.

•A necessidade em envolver-se com pornografia

•Nenhuma preocupação pelo sexo seguro.

•Buscar satisfação em sexo por computador e telefone.

•Prostituir-se

•Exibicionismo

•Obsessão por mostrar-se, a prática do Voyeurismo (gostar de assistir)

•Perseguir ou intimidar, o que leva ao assédio sexual.

•Abuso sexual e estupro.

A freqüência que um viciado pratica o sexo, o não comprometimento com os parceiros e as atitudes descontroladas que não leva em conta a própria saúde e segurança dá o tom desta compulsão, é o que mostrará a diferença entre uma pessoa que gosta muito de sexo, o que não tem nada de errado, para outra, que sofre de um distúrbio como outro qualquer e que necessita tratamento. Buscar auxílio é a atitude mais correta, já que sanado o problema, é possível a esta pessoa viver com muito mais satisfação.

Para um viciado em sexo, não há a gostosa sensação de corpo satisfeito, relaxamento, contentamento. O que há, o tempo todo é o desejo intenso, a sensação de algo não resolvido, corpo traído, vergonha, dor e mais desejo.

Claro que todos nós temos razões emocionais e sociais para ter relações sexuais, bem como desfrutar o prazer físico, emocional e até mesmo hormonal que a prática nos traz. Já os Viciados em sexo são distinguidos pela sua compulsão para ter relações sexuais, mesmo sob os riscos e situações abusivas. Para muitas pessoas, esse problema tem suas raízes em uma história familiar de abuso sexual e de dependência. Seu tratamento exige alguma forma de aconselhamento. Há várias opções de terapias, incluindo programas de doze passos, psicoterapia e grupos de apoio. Recomenda-se que os parceiros também procurem aconselhamento de forma independente ou em conjunto. O tratamento visa buscar o equilíbrio trazendo o indivíduo para a prática do sexo mútuo e saudável, garantindo assim seu equilíbrio e bem estar.

Obs: O programa dos doze passos da D.A.S.A (Dependentes do Amor e Sexo Anônimos) pode ser visto em: http://www.slaa.org.br/br/index.htm