7. PASSOS CONTRA A DEPRESSÃO - Humildade, O passo decisivo.
Se formos humildes, logo veremos que o que realmente importa é a felicidade pessoal e que para tal se precisa de muito pouco material, mas muito de tempo para desfrutar, especialmente com as pessoas por quem aparentemente nos dedicamos tanto ao trabalho. Descobriremos também que a exaltação própria não cura os vincos doloridos, mas ao contrário, os aprofunda, aviva e faz com que doam cada vez mais. Por isto, melhor é a vida simples, pois nos permite ter tempo para viver e ser feliz. Melhor também é perdoar, porque assim não ficamos a reviver o sofrimento, causando-nos dores sempre maiores. Se fizermos assim, sempre lembraremos e então entenderemos o que Jesus pretendia quando disse: “Não estais ansiosos quanto ao dia de amanhã, porque ainda esta noite podem vir pedir a tua alma”. E entenderemos também muito mais porque nos ensinou a perdoar, porque deseja livrar-nos da dor, não causando dor em nós mesmos por nossa obstinação em sustentar e elevar nosso orgulho a cada vez que o sentíssemos rebaixado, o que fazemos comumente, pelo que vivemos rancorosos e ressentidos, desenvolvendo inúmeras doenças e sem sermos felizes.
Por fim, para sair de um sistema depressivo, ao eleger-se o sentido de tudo e descobrir que este é unicamente a felicidade pessoal, devemos também entender que felicidade é unicamente a satisfação de, a cada dia, fazer algo cuja marca retrate nosso caráter, no qual esteja manifesto nosso sincero desejo de fazer algo capaz de agradar e beneficiar a quem desse algo se valha, produzindo-lhes felicidade, porque tudo o que podemos fazer de bom muito mais nos interessa fazer para os outros, porque para nós mesmos nosso melhor está sempre disponível. Felicidade é poder assistir a quem desfruta desses feitos e ver sua satisfação, sabendo que fomos cauda disso. Sendo assim, no final de toda análise, o que conta como felicidade e razão de tudo é poder fazer o que produzirá conforto, prazer, benefício e orgulho em quem se ama e em todo que em nossa mercê esteja posto, não para vê-lo submisso a nós e a reconhecer de nosso heroísmo e martírio, mas para simplesmente vê-lo satisfeito e sentir-se então satisfeito por ter alcançado este objetivo. Sendo assim, para a felicidade basta ter com quem compartilhar o que nos agrada, mesmo que seja um momento de silêncio, um sorriso, uma conversa ou qualquer coisa que não se adquire com dinheiro ou que não precisa de muito dinheiro para se adquirir. Assim não nos exaurimos para satisfazer aos nossos amados e por isto teremos tempo para compartilhar suas vidas, satisfazendo-os com nossa presença, como eles desejam e precisam.
Felicidade!
Wilson do Amaral