Texto que foi feito em minha primeira palestra.

Bom dia senhoras e senhores aqui presentes! Este que vos fala é alguém sem muita cultura, mas que, com o passar da vida pôde armazenar alguns conhecimentos. Talvez, algumas das minhas palavras irão faze-los chocar, mas esta, sinceramente, não é a minha intenção. Infelizmente, algumas informações que lhes trago, ainda hoje, é um tabu para a nossa sociedade e se eu começar a falar para os senhores que eu ainda sou um alcóolatra, eu sinto que haverão algumas mudanças em seus semblantes e tambem em seus rápidos pensamentos. Isto para mim, hoje, é normal. Vamos a uma pequena explicação, um alcóolatra como eu enfrentará ainda muitos desafios pela vida, pois não é só parando de beber que tudo estará resolvido. Logo após, virão as desconfianças! As velhas frases como: "Ontem você era..." "Você se esqueceu que..." E por ai em diante. Com o afastamento dos bares, muitas vezes, vem junto a depressão, pois o individuo, de repente, passa a se sentir perdido, levanta-se muitas vezes pela manhã sem saber para onde ir. Infelizmente, era o seu costume de anos, levantar e ir a um boteco. Aí eu afirmo: para o individuo se estabilizar, será muito importante a ajuda dos familiares em sua nova caminhada, pois, muitas vezes, a familia também está doente, junto com o alcóolatra. As velhas feridas sempre teimam em não secar e muitas vezes as discussões voltam a tona. Então, o alcóolatra deve ter um bom preparo para estes novos desafios e isto, infelizmente, fará parte dele pelo resto de sua vida. ( continua )

Luiz Carlos Brizola
Enviado por Luiz Carlos Brizola em 25/10/2010
Reeditado em 25/10/2010
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