Zumbido nos ouvidos

Já escrevi anteriormente sobre este tema em meus artigos, especialmente naquele que tem por título “No salão do barbeiro”. Em 1980, eu estava muito nervoso e abalado, talvez pela inquietude natural concernente ao nosso próprio biótipo latino da mistura europeia com nativos brasileiros. Na época com muitas atividades empresariais, família já numerosa, a empresa com matriz e filiais, além das atividades agrícolas. Também no meio familiar certa dose de desarmonia, especialmente conjugal, que eu administrava, mas que, muitas vezes, acumulava no subconsciente. Foi quando explodiu advindo tonturas acompanhadas de vômitos e o mundo passou a girar em minha volta. O médico diagnosticou “labirintite” e semanas depois surgiu um zumbido estranho no ouvido direito com certo apavoramento que me fez procurar diversos médicos, ingerindo remédios que provocavam diversos efeitos colaterais, além de me sentir um tanto deprimido. Fui então aconselhado a praticar educação física e abandonar os remédios que me provocavam muito desconforto.

Insistindo nas caminhadas e na ginástica, as melhorias foram evidentes, o zumbido diminuiu, mas persistiu por mais de trinta anos. Já me acostumei e vivo bem pela mudança de atitude, procurando viver mais o lado positivo da vida e tendo mais fé, entusiasmo e, principalmente, reduzindo as tensões nervosas e convivendo mais harmoniosamente.

Há pouco tempo, li um artigo no livro “É fácil viver bem”, de Norman Vincent Peale, que diz: Recentemente, disse-me um otorrinolaringologista: ‘Nos seus livros e artigos, lembre às pessoas o mal que fazem a si próprios pela tensão sob a forma do ódio, espírito vingativo, ressentimento e frustração’. Este médico contou-me, depois, que mais de um terço dos seus doentes têm perturbações no ouvido, no nariz e no sinus, não por motivos fisiológicos, mas devidos aos ressentimentos, ansiedades e outros conflitos.

Contou-me o caso de um homem que aparecia no consultório sempre que se resfriava, coisa que sucedia com bastante frequência. O médico descobriu um fato muito interessante e revelador: o resfriado vinha sempre depois que o homem brigava com a esposa. Os tecidos estavam já afetados pelas mudanças provadas pela intensa tensão emocional. (Não estou dizendo que você ficará resfriado todas as vezes que brigar com sua mulher!) O médico declarou, também, que as tonteiras, zumbidos nos ouvidos, surdez temporária, tensão nervosa e pressão podem ser, frequentemente, atribuídos à má vontade, medo, raiva e outras formas de pensamento errado. Ao que parece nós tendemos, cada dia mais, a concordar com a Bíblia que sempre associou a doença com as más ações."

Ainda elucidando o tema Zumbido nos Ouvidos, passo aos queridos leitores, matéria sobre o tema do livro: Vida Vigorosa, de Ryotaro Kawata, constante nas paginas 196 a 201.

Antes, porém vale ressaltar a importância de estarmos sempre agradecendo as nossas origens, especialmente pai e mãe, não esquecendo que somos espírito e não matéria.

Desapareceu o zumbido no ouvido do jovem Fujita...

“Isso aconteceu em 1982, com o jovem Osamu Fujita, que foi curado de zumbido no ouvido. Formado na Universidade de Osaka, ele conseguiu emprego numa empresa de comércio exterior, mas, algum tempo depois, começou a ter forte zumbido no ouvido, e não conseguia mais trabalhar. Ele vivia se lamentando, quando um amigo recomendou a leitura do livro Yamai wa Kieru (A doença desaparece), de autoria do profº. Seicho Taniguchi, Supremo Presidente da Seicho-No-Ie. Ele sentiu-se intensamente atraído pelas palavras nele contidas e comentou com a mãe: “Será que não existe em Osaka algum local onde se possa conhecer mais sobre a Seicho-No-Ie?”. Ela telefonou a vários lugares e, finalmente, acabou ligando para a casa do autor, prof. Seicho Taniguchi. Quem atendeu ao telefonema foi a profª. Emiko Taniguchi.

A profª. Emiko telefonou para mim, em Osaka, e disse “Por favor, Sr. Kawata, entre em contato com o Sr. Osamu Fujita, residente aí em Osaka, Joto-Ku, Sekime Danchi, combine se o senhor irá à casa dele, ou se ele irá à Regional, e dê-lhe orientação pessoal”.

Respondi “Sim, senhora, entendi”, entrei em contato telefônico com o jovem e, nessa mesma tarde, ele procurou-me na Regional, acompanhado da mãe.

Entreguei-lhes meu cartão de visita, e a mãe disse, repentinamente: - Detesto religião. Detesto conversas sobre Deus ou Buda. Por acaso, a Seicho-No-Ie não é religião, ou é?

Respondi: - A religião que a senhora pensa é diferente da religião que pregamos. Experimente pelo menos ouvir o que tenho a dizer. – e perguntei: - Onde está Sr. Osamu Fujita? Quero falar com Osamu Fujita, e quero vê-lo.

O jovem, que estava ao lado da mãe, apontou para o próprio nariz e disse: - Osamu Fujita está aqui.

Falei: - Isso não é o nariz de Osamu Fujita?

- É, sim, senhor.

- Não é com o nariz de Osamu, quero falar é com Osamu Fujita – eu disse, acrescentando que, tanto o peito, as mãos, os pés, ou seja, todo aquele corpo carnal era propriedade de Osamu Fujita, mas não o próprio Osamu Fujita. – Não quero nada com o físico de Osamu Fujita. Traga aqui o próprio Osamu Fujita. É com ele que desejo falar – e os dois ficaram sem saber como reagir.

- Como podemos fazer isso? – perguntaram.

- Ouçam bem. Quando digo o próprio Osamu Fujita, estou falando da vida, da mente dele. Por isso, mostrem-me essa vida - expliquei e eles responderam que era impossível mostrar a vida.

- Então, deixemos por aqui um assunto complicado como este. Como é do seu conhecimento, existem leis da física, da ciência. Mas quando, de pé, colocamos as pernas alternadamente para frente, nós avançamos. Por que isso acontece? Não precisamos de justificativas, isso é lei natural do Universo. Dizemos que essa lei é o mesmo que Deus. – eu disse e perguntei para a mãe e o filho: - Estão entendendo?

- Estamos entendendo, sim, senhor – responderam.

- Então, vejamos o ideograma Kami (Deus), composto de dois ideogramas, que significam “mostrar” e “dizer”. “Dizer” é “palavra”. E palavra é onda, é vibração, como ondas sonoras, ondas eletromagnéticas. Você, Osamu, disse que é impossível apresentar-me aqui a vida. Mas entenderá melhor se fizermos de conta que temos aqui um aparelho de televisão. Esta sala está repleta de ondas eletromagnéticas, mas não podemos vê-las. Porém, se ligarmos o aparelho de televisão e sintonizá-lo no canal 1, aparecem programas da emissora NHK. Se sintonizá-lo no canal 3, surgem imediatamente imagem da TV Educativa, com som e tudo. Isso acontece porque essas emissoras obedecem à resolução do Departamento de Telecomunicações que determina em que frequência cada emissora deve operar, e a imagem aparece nítida, sem nenhuma interferência. Mas a imagem e o som de emissoras não autorizadas, que não obedecem a determinações oficiais de frequência, surgem imperfeitos. Analogamente, se há zumbido no seu ouvido, é porque as ondas das emissoras “piratas” estão sendo emitidas de forma a atrapalhar as frequências legais.

E falei também para a Sra. Fujita:

- Preste muita atenção. Os programas de televisão não chegam até nossas casas diretamente da emissora NHK. Existe sempre uma estação filiada, que retransmite o programa recebido da emissora. Mas, se nessa hora, a estação filiada muda a frequência por sua conta, os aparelhos de TV em nossas casas sofrem interferências e não exibem imagens perfeitas. Suponhamos que haja no Japão 65 milhões de lares. Então existem 65 milhões de antepassados. Estes são as emissoras irradiadoras, e Deus é quem administra as frequências. Os lares espalhados pelo país são as estações filiadas. Se os antepassados da família Fujita irradiam o programa pelo canal 10, a senhora é a responsável pela estação filiada, e tudo vai bem quando a senhora repassa nessa mesma frequência a seus filhos. Mas a senhora não retransmitiu pelo mesmo canal 10, e mudou para o 9 ou 11, e é por isso que o ouvido do seu querido filho está com esse zumbido.

- Então, professor, como devo proceder, como responsável da estação filiada?

- Muito simples. Basta receber integralmente o amor dos antepassados. Para isso, a senhora deve colocar a tabuleta memorial dos antepassados no oratório da família e agradecer-lhes diante dela de manhã e à noite.

Ela respondeu que nunca reverenciara os antepassados. Que é dona de uma escola preparatória para vestibulandos especializada na Universidade de Osaka, e o marido é professor da faculdade de Direito dessa universidade. Eram todos intelectuais demais.

Fiquei uns vinte minutos falando sobre a importância da oração em homenagem aos antepassados, e repentinamente Osamu constatou que estava curado. Mãe e filho deram pulos de alegria.

Aconselhei-o a participar de um seminário da Seicho-No-Ie realizado na Academia de Treinamento Espiritual de Uji. Após dez dias de seminário, ele voltou completamente mudado, retornou ao emprego e trabalha ativamente.

Nesse ínterim, a profª. Emiko Taniguchi telefonou-me várias vezes perguntando como estava o jovem Osamu Fujita. “Ele foi curado do zumbido no ouvido, participou do seminário em Uji e hoje está muito bem”, respondi. “Que bom! Isso é ótimo!”, disse a profª. Emiko, muito feliz, como se tivesse acontecido com ela própria. Como foi ela quem recebeu o primeiro telefonema, preocupou-se com o caso até o fim, mostrando quão atenciosa é.

Eis a virtude da Seicho-No-Ie, e pensei comigo que também nós devemos praticar a bondade e atos de dedicação de amor com toda essa atenção.

O zumbido no ouvido de Osamu Fujita desapareceu com apenas vinte ou trinta minutos de palavras da Verdade, mas foi Deus quem fez Kawata falar de uma forma que fosse totalmente adequada a alguém com o perfil desse jovem. Também a mãe intelectual compreende bem a Verdade pregada pela Seicho-No-Ie e hoje trabalha ativamente como adepta e membro da Missão Sagrada”.

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 29/06/2010
Reeditado em 10/07/2010
Código do texto: T2348298
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