COSTUMA-SE DIZER QUE A FRUTA, CAINDO DO
PÉ MADURA, TEM MUITO MAIS  SABOR...
 
   
 
Quando o ser humano, vive suas etapas de forma intensa
e  natural, a probabilidade de desenvolver atitudes  asser
tivas, gostar-se e aceitar-se em cada momento da  vida,  é
bem maior.
 
Contudo, nem sempre acontece assim...
O poema, PULSÕES E DESEJOS, fala do modelo de educação
Que imputa na criança um lugar de poder  central,  responsá
vel único pela felicidade dos elementos d’aquele  grupo  fami
liar, como um todo.Esta normalmente é  constituída  por adul
tos dos  tipos  frágeis,  possessivos,  manipuladores,   invasi
vos, permissivos, promíscuos, intransigentes.
 
A imposição e a aceitação de papéis  antinaturais pode tornar-
se restritiva,  prejudicial  para a  criança.
As responsabilidades emocionais que lhes delegam os  adul
tos,  (quando a criança  ainda carece de estrutura   para   tal)  
poderiam ser recusada pela pessoa em formação?
Uma   criança  tem clareza e  força  suficientes para se negar
a assumir o que o meio dela espera?

Meninos e ou meninas  que  ocupam  o  lugar  dos  pais,   sen
do, por outro lado, supervalorizados  pelos    próprios   genito
res, são deslocados da sua condição de  criança,  o  que   po
de  produzir ansiedades; situações geradoras de pânico fren
te aos  impasses diários; ambivalências ( pulsão de vida e de  
morte; amor e ódio pelo o objeto amado)
 
Enfrentar as expectativas de  um grupo familiar  exigente,  de
uma mãe voraz ou de um pai  intransigente, que anuncia   des
contentamento e  oposição,  gera  um    enorme  desiquilíbrio,
quebrando a sensação de   unicidade e  dando a  idéia  de  se
paração, rompimento, abandono...
 
Quando alguém recebe um papel antinatural, de  fundamental
importância para manter a unicidade e o equilíbrio  da  família,
passa ter a sensação ou - mais do que isso – a convicção inter
na de que, afastando-se, a família será  desestruturada,  como
se houvesse  uma  enorme  fragilidade  em cada  um de   seus
membros, na soma e na enredada integração entre eles.
 
Nesta relação simbiótica, o que acontece com um,   acontece
com todos.O que acontece  com o todo  envolve   diretamente
a cada um.De fato, essa é uma das razões pelas quais  alguns
grupos e   alguns   indivíduos   mostram-se tão   rígidos – para
compensar  e camuflar a  própria   insegurança  oriunda,   em
grande parte, de seu emaranhado  coletivo. Nesses  casos,  a
nenhum dos membros é dado o direito de mudar, de  crescer,
de se emancipar.    No  entanto, o “coringa” pode  ser  um   de
seus membros, escolhido e preparado cuidadosamente  para
assumir esse papel.Com freqüência, trata-se de  um filho   frá
gil  e  sintomático  (que, oficialmente,   precisa   de   cuidados)
ou de seu oposto, o filho capacitado a  exercer   uma  “função
parental”. Mais  precisamente,  aqui    trata-se  do    filho   que 
ocupa o lugar do pai, que por  sua   ausência ou   inexpressivi
dade, deixou vago.
 
 
Alice Pinto
08/Abril/2010
 
 
 
 
 
 
escribalice
Enviado por escribalice em 08/04/2010
Reeditado em 08/04/2010
Código do texto: T2184722
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