Regulamentação para as farmácias
É de se supor que grande quantidade de cidadãos brasileiros já ouviu falar da nova lei que está sendo implantada, no intuito de se dificultar o acesso dos incautos e hipocondríacos para os problemas e os perigos da automedicação, causados pela facilidade em se adquirir remédios não controlados nas farmácias, em gôndolas de “pegue-pague”, juntamente com a venda de mercadorias de uso doméstico, como: guloseimas, salgadinhos e até chinelos de borracha, como atração ao consumo. Várias grandes drogarias acabaram por conseguir liminares que lhes garantem a suspensão da aplicação da lei, alegando que ela lhes renderia muitos prejuízos comerciais, como consequência da queda nas vendas e da necessidade do aumento de funcionários para atendimento no balcão, fora as filas de clientes que haveriam de se criar, por causa da dificuldade da pronta atenção a grande número de pessoas que teriam de fazer seus pedidos, produto a produto, em lugar de simplesmente apresentarem um “pacote” de mercadorias prontas para emissão da notinha, assim como nos supermercados.
As farmácias deveriam ter presente, durante todo o seu expediente, um farmacêutico responsável de plantão, pronto a atender os clientes, dando-lhes orientação sobre o uso de medicamentos sem receituário, procurando arguir as pessoas sobre seus sintomas, qual deles deveria ser o mais adequado para o seu tipo de problema e qual a forma de usá-los, com isso evitando a automedicação indiscriminada. Por que isso não acontece, embora seja objetivo do órgão regulador, responsável pela comercialização medicamentosa em todo o País? Será que alguém acredita que tudo isso vai vingar? Aqui, no nosso Brasil varonil? _Seria muito mais fácil sairmos por aí, montados na mula-sem-cabeça!
Em uma entrevista televisiva, o Prof. José Carlos Nassute, da UNESP de Araraquara, deixou muito claro que qualquer remédio, mesmo os mais simples analgésicos, é veneno e que, se tomado indiscriminadamente, muitas vezes misturado com alguns chás de ervas, pode causar a morte, por exemplo, provocada por uma hemorragia interna fulminante! Além disso, ele deixou bem claro que o poder econômico das indústrias farmacêuticas, mais especialmente neste nosso judiado torrão de terra “brasilis”, está por trás da “empurroterapia” das drogas legais, como: analgésicos, anti-inflamatórios, antitérmicos, antidepressivos etc., sendo que, nos Estados Unidos, toda essa porcaria só é vendida com o aval de um farmacêutico responsável. É lógico que esse cuidado com a saúde do contribuinte tem o propósito único de se evitar que ele venha a ficar doente, pelo uso indiscriminado de drogas farmacológicas, a ponto de causar prejuízos ao estado, por motivo de internações ou tratamentos prolongados, provocados por razões toxicológicas; então vejam como o bem-estar do povo passa a ser assunto secundário, diante dos interesses políticos e econômicos. Mesmo assim, evita-se que o povo se intoxique ao bel-prazer, o que é melhor do que por aqui, onde se criam incentivos ao consumo livre dessas drogas, até com anúncios apelativos na TV, tudo orquestrado pelos laboratórios farmacêuticos, “cujos lucros astronômicos deixam a indústria bélica internacional parecendo caridade de igreja”, segundo Vernon Coleman, médico inglês, autor do polêmico livro: “Como impedir o seu médico de o matar”.
Fernando Travi, presidente da Sociedade Brasileira de Biogenia e Higienismo, disse: “Os remédios contêm princípios ativos que, na verdade, são venenos ativos: provocam efeitos colaterais e reações adversas que são sinais de envenenamento. Tudo o que não é alimento é veneno. Se queremos sobreviver e ter saúde, devemos somente ingerir alimentos – e não remédios”. O engraçado em tudo isso é que, hoje, até os alimentos estão envenenados por agrotóxicos e pesticidas e daí a própria medicina moderna não saber o que está acontecendo com a população, cada vez mais doente; as doenças cada vez mais virulentas; os governos sempre aumentando seus orçamentos para a saúde; os hospitais cada vez mais cheios e as epidemias ainda mais frequentes e letais, mesmo com a aplicação em massa de novas vacinas e de novos antibióticos!