ANDROPAUSA NÃO É MITO
Hoje em dia está bem mais fácil falar sobre o assunto, e a travessia pela maturidade de ambos os sexos já conta com novos conhecimentos científicos, o que aliás, alivia a ansiedade de homens e mulheres.
Antigamente acreditava-se que apenas as mulheres após os quarenta anos começavam a apresentar sintomas nítidos de baixa hormonal o
que muitas vezes altera sobremaneira a qualidade de vida, tanto individual como a conjugal, caso a referida fase não contar com as devidas assistência e orientações.
Mas mulheres, saibam, não estamos sozinhas nas transformações físicas e emocionais desse período de transição.
Nas mulheres a MENOPAUSA, que na verdade seria a última menstruação, sela a fase de vida reprodutiva da mulher , mas não a vida de Mulher e sua sexualidade.
E é increditável como muitas mulheres e seus companheiros ainda desconhecem tal conceito.
Parar de menstruar, às vezes poderá gerar uma sensação de perda da juventude em algumas mulheres, e tal sensação tem que ser melhor "trabalhada".
Aos poucos, os esclarecimentos tentam, ainda bem!, modificar este falso entendimento dessa fase transicional e hoje, muitas mulheres sentem-se mais livres para a sexualidade, sem os riscos da gravidez indesejada.
Nos homens o período de ANDROPAUSA é mais variável, mais obscuro, menos demarcado cronológicamente, porém não de menor impacto à qualidade de vida.
Embora um homem possa passar a sua vida toda produzindo espermatozóides, e portanto "fertilizar", também há após os cinquenta anos uma baixa da qualidade e da quantidade de produção hormonal masculina, mas nem sempre os homens se dão conta que determinado sintoma físico decorre de tal mudança.
Obviamente não poderemos considerar como anormal as mudanças naturais que ocorrem entre o desempenho masculino dum homem de vinte e de cinquenta anos. Mas há homens que não aceitam tão bem tais transformações.
Há que se entender que uma mudança gradativa, porém não necessariamente "disfunçaõ' sexual possa estar ocorrendo.
Mas o fato é que a vida está muito agitada.
Pessoas extremamente ansiosas, irriquietas, descontentes, frustradas, preocupadas, submetidas à intensa carga de stress físico e emocional têm a sua capacidade sexual compromentida, principalmente nos grandes centros urbanos e é importante que se descarte problemas básicamente emocionais atingindo o físico de homens maduros ou mesmo dos ainda bem mais jovens.
As depressões ansiosas são epidêmicas no nosso meio.
Afora essa problemática, há um incremento de usos de antidepressivos e ansiolíticos que interferem na função sexual do homem maduro.
O tabagismo ainda de alta incidência em nosso meio, é uma das mais sérias causas de disfunção sexual erétil principalmente se iniciado precocemente na vida, e se associado ao diabetes, à "pressão alta" e ao aumento das gorduras do sangue.
E a faixa etária em que esses problemas mais aparecem, está acima dos quarenta e cinco anos, época em que a ANDROPAUSA já pode apresentar seus primeiros sintomas: Queda de libido, irritabilidade, cansaço, perda de pelos, dificuldades urinárias, dores pelo corpo, dificuldade para iniciar ou manter uma ereção, e sintomas emocionais.
É a hora de fazer uma avaliação prostática.
Portanto é importante cuidar preventivamente da saúde, e procurar hábitos de vida saudável, como boa alimentação, abandono do tabaco e do álcool e criar o hábito de praticar exercícios físicos periódicos, supervisionados, claro, depois de devidamente avaliados e liberados pelos seus médicos.
E vejam, essas recomendações não são apenas para as mulheres que no nosso meio, culturalmente ainda se cuidam infinitamente melhor.
Importante que homens e mulheres se unam e entendam as devidas transições que quase nunca ocorrem concomitantemente entre o casal.
Talvez um descompasso da natureza, quem sabe, porém é certo que a insatisfação de um sempre atinge o outro, e consequentemente há risco de desajustes na vida conjugal e familiar.
Mas como tudo na vida, trata-se dum período de transformações, e o melhor disso tudo é que sempre possamos, juntos e orientados, rumar para uma nova vida... de novas descobertas e de novos desafios.