A PAZ QUE VENCE A ANSIEDADE
Não são poucos os que acreditam que a “ansiedade” é um mal ressente, decorrente da agitação intensa que a humanidade vive na atualidade.
Uns confundem-na com depressão, contudo, existe uma diferença significativa que é: o foco das emoções.
Enquanto uma é associada ao passado e presente, a outra é caracterizada por preocupações com o futuro, e são poucos os que sabe distinguir os sintomas de uma e de outra, uma vez que cada pessoa tem suas particularidades e apresenta diferentes reações.
Contudo, o nosso foco nesse momento é a ansiedade!
Não, a ansiedade não é um mal ressente.
Esse desconforto físico e psíquico já estava em voga nos dias de Jesus.
Não andeis, pois, ansiosos pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado; ao dia bastam os seus próprios males (Mateus 6/ 34).
Nos dias de Jesus a ansiedade já era uma realidade impossível de ser ignorada entre os israelitas. O dia de amanhã sempre suplantava o dia de hoje, isto é, o aqui e agora.
Isso até que é algo compreensível, uma vez que Israel estava debaixo da mão pesada do império romano.
Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário (Mateus 6/ 25)?
É claro que a dominação romana havia trazido como consequência uma retração geral na atividade econômica do país, e isso fazia com que o povo pensasse de contínuo no que comeria, beberia e vestiria no dia de amanhã, e Jesus interviera nesse hábito errôneo, e para mudar esse conceito usou os pássaros como exemplo.
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas (Mateus 6/ 26)?
Deveras, as aves do céu não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, e realmente Deus as alimenta, no entanto, existe um esforço por parte delas para chegar aos locais, onde estão os alimentos destinados a elas. Além disso muitas vezes elas dão de cara com a morte.
No deslocamento esses pássaros podem ser atacados por uma ave predatória. Ao chegar ao local onde está o alimento eles podem ser abocanhados por uma cobra, ou gato. Ademais pode ter armado um alçapão ou arapuca, ou então um garoto com um estilingue, ou ainda um homem com uma espingarda com um só intuito: abatê-las.
Sim, Deus alimenta as aves do céu, mas existe sacrifício por parte delas para conseguir esse alimento.
Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus (Filipenses 4/6).
O Império Romano tinha como de grande importância a cidade de Filipos, uma vez que era considerada uma porta de entrada da Europa em relação aos visitantes provenientes da Ásia.
A comunidade cristã dessa cidade também estava enfrentando problema de ansiedade nos dias do apóstolo Paulo, e a recomendação do apóstolo dos gentios a essa comunidade foi: não andeis ansiosos por coisa alguma!
Esta foi a sua primeira recomendação.
A segunda foi: mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus!
Ao invés de ficar ansioso o apóstolo sugere oração, súplicas, ação de graças, e a apresentação de seus pedidos ao Senhor.
O resultado desta ação nós encontramos nos versos seguintes.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus (Filipenses 4/ 7).
Ou seja, agindo do modo que o apóstolo Paulo recomendou a paz de Deus resguarda os nossos corações e os nossos pensamentos em Cristo Jesus, livrando-nos, assim, da ansiedade.