Amor é igual a caridade- Papa Francisco. Selvino Antonio Malfatti
A nova Encíclica de Francisco I insere-se na vertente franciscana do pensamento cristão. Com efeito, na Idade Média o franciscano Dun Scotus enfatiza o papel da vontade colocando-a em supremacia em relação à razão. Da mesma forma São Francisco é todo amor em relação à razão. Não pode ser esquecido Santo Agostinho quando proclama: “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. O fundamento geral e próximo é o evangelho de São João.
O título da Encíclica Dilexit vos consta do livro de São João, capítulo 3 e em outras passagens bíblicas. A linha de pensamento dirige-se, não à razão, mas ao coração, por isso enfatiza a caridade e com ela quer enfrentar os desafios contemporâneos. Destacas o amor na vida da Igreja e dos fiéis lembrando as palavras de Jesus: “amou-vos até o fim.”
Destacamos os principais pontos:
O amor é o coração da Igreja e de toda a sua ação. O amor não é algo teórico, mas concreto que se manifesta através das obras de misericórdia que se concretizam no serviço aos pobres e marginalizados.
A caridade através da qual busca a justiça social. Esta caridade não apenas visa a ajuda material, mas trem em mente a justiça social. A igreja deve estar atenta às necessidades dos vulneráveis e esforçar-se para promover um mundo amis justo.
Um dos temas mais badalados internacionalmente é o meio ambiente. A solução é novamente o amor para cuidar da criação da criação. Cita, para tanto a própria Encíclica: Laudato Si. Este amor deverá se estender a todas as criaturas.
Os povos devem procurar a unidade e a fraternidade através do amor. Este promoverá a fraternidade e o respeito mútuo, inclusive entre as religiões.
Cristo é o exemplo do amor sacrificial. O papa exorta os cristãos a seguirem seu exemplo para sua entrega ao próximo.
Estes são os principais temas abordados pelo papa. Concluindo, quer uma igreja voltada para o serviço social, com justiça social e o cuidado com o ambiente, através do amor.