O TERCEIRO LADRÃO

Se Jesus não fosse crucificado naqueles dias mesmo assim haveria três crucificações. De um lado o que se usou chamar de "o bom ladrão", do outro lado o também convencionado "mau ladrão" e, no meio, o conhecido Barrabás. Todos três crucificados em seus delitos e todos três representando a raça humana. Um (o mau) representando os seres humanos condenados em seus pecados que, mesmos conhecendo a misericórdia divina, morreram renegando a Deus; outro (o bom) representa os que, apesar de seus pecados, morreram reconhecendo a graça de Deus; e o do meio (Barrabás) somos todos nós, os que estamos vivos. Esse Barrabás, representando toda a posteridade e em todos seus delitos, foi, de última hora, livrado dos horrores daquela cruz, pela misericórdia do Pai, para que lhe fosse dada uma nova chance no seu viver até se arrepender.

Há quem diga que Barrabás fora perdoado. Salvo pelo gongo. Em absoluto. Se ele tivesse sido perdoado ninguém precisaria morrer no lugar dele. Ele foi sim trocado.

João Batista foi o último profeta anunciador. Ele, como seus antecessores, foi muito claro quando dizia para nós endireitarmos nossas veredas, aplainarmos nossos escabros e nivelarmos nossos outeiros como preparação para quando Jesus (o cordeiro sacrificial) passasse. Jesus foi cordeiro até o Calvário. Dali em diante segue a responsabilidade a nós: os Barrabás da vida. Nós, os que ficamos.

Daqueles três ladrões representantes da humanidade Barrabás era considerado o pior. Por conseguinte, naquele momento da cruz, o que tinha Cristo de santo tinha Barrabás de profano. Quando Cristo subiu na cruz no lugar de Barrabás, e este descendo da cruz para o lugar de Cristo, teria por imperativo que viver uma vida tão ativa quanto antes, somente que não mais profanadamente e sim santificada, pois não mais estaria mais representando Barrabás e sim, Cristo. Ou é assim ou não houve substituição.

Que aconteceria se nós os Barrabás não quisermos viver como Cristo viveu?

Se cada não quiser viver como Cristo viveu, não houve a troca para esse.

E daí?

Daí, se a pessoa não quiser viver como Cristo viveu o Pai não o ressuscitará no último dia como ressuscitou o Filho. Daí também ser imperativo termos que viver em lugar de um filho que teria direito viver mas que não deixamos. Igualmente, se o matamos com trinta e três anos sem motivo justo, temos por obrigação de dar continuidade à sua posteridade nos seus mesmos moldes. Pois foi cortado da terra dos viventes, sem direito à constituição: "... quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada." (Atos. 8:33).

De modo que se a pessoa crer que Cristo a substituiu na cruz, livremente sentirá no coração o desejo de substituir a Cristo em toda a posteridade. E assim fazendo estará fazendo também a vontade do Pai como o próprio Cristo procurou fazer. E assim sendo, o Pai a ressuscitará no último dia para estar junto dele, como fez ao Filho no primeiro dia: "A este Jesus Deus ressuscitou..." (Atos. 2:32). Simples assim.

Me and my wife
Enviado por Me and my wife em 20/09/2024
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