A primeira e a segunda grande guerra

O ser humano vive em guerra. Por alimento, por água, pelas coisas que lhe são necessárias, pela subsistência, enfim. Mas existem outras guerras que ele trava em outra esfera. Vejamos!

Desde que o ser humano nasce que ele luta. Primeiro para vir à luz deste mundo. Nem todos conseguem vencer essa luta, a qual não é fácil. Pois passa por um aperto enorme para sair expulso do seu primeiro habitat, o útero materno.

Depois luta em várias fases da vida. Seja para ser aceito pelos que o precederam aqui, seja para ser aceito na sociedade onde quer conviver, porque nem todos lhe aceitam devido a várias razões, como sexo, cor e religião, condição física, etc.

E por falar em religião, nesta a luta não é pouca, porque é preciso se ajustar aos princípios dogmáticos preconizados por ela, se ele viveu sem princípios religiosos até ter consciência que isso é necessário para obter certos favores das deidades ou das entidades tidas como divinas.

E na sociedade religiosa cristã é iniciada a primeira grande guerra, com a luta para se ajustar a ela, já que, se a pessoa adere a ela depois de ter vivido sem conhecer os princípios rígidos a serem seguidos, chega cheia de hábitos contrários a essa sociedade.

Assim, o tal tem que renunciar muitas coisas às quais já estava acostumado, além de ter que absorver outros princípios e regras que devem ser seguidos, renunciando imediatamente maus hábitos até então praticados e tidos como lícitos na vida pregressa. Essa é a primeira grande guerra, que é contra si mesmo. É a luta da qual fala o Espírito Santo pelo apóstolo Paulo dizendo que são obras da carne. Veja:

“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Gl. 5:19-21.

Depois, e desde o princípio, tem que lutar contra as potestades, que não admitem perder a batalha para manter aqueles que estão deixando de lhes servir, mesmo que as servissem sem consciência.

Essa é a segunda grande guerra. Pois ao tempo do Israel segundo a carne, os soldados tinham que eliminar os seus inimigos, matando-os. Hoje a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra as potestades na região celestial. Veja:

“Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef. 6:12.

“Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.” Gl. 5:17.

Mas, como essa guerra é na esfera espiritual, as armas que devem ser usadas precisam também ser espirituais. E uma delas, e a que o Mestre dos cristãos usou, é o jejum e a oração. Isso é imprescindível.

Entretanto, isso tem que ser precedido da obediência aos mandamentos de Deus, já que se isso não houver, Deus não ouvirá as orações, nem aceitará o sacrifício muito menos as ofertas que lhe forem dedicadas. Veja:

“O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Pv. 28:9.

“O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento.” Pv. 15:8.

Portanto, para vencer as duas grandes guerras é preciso fazer de acordo com as regras espirituais determinadas por Deus, caso contrário será inútil fazer calos nos joelhos ou ser assíduo a uma entidade religiosa, já que a ligação com Deus depende da observância dos seus mandamentos, o decálogo. O Jo. 3:34, p.parte.

Natal-Rn, 17/09/2024

Oli Prestes

Missionário