A oração modelo.
Um pouco de esclarecimento sobre a oração do Pai nosso. (II)
Algo sobre o Pai nosso, a oração modelo.
No capítulo seis do evangelho segundo Mateus, vemos Jesus nos ensinar a oração modelo e, no evangelho segundo Lucas (Lc 11:1-13), Ele o faz a pedido de um de seus discípulos, porque era comum que um rabino ensinasse a oração a seus discípulos. Aqui estudaremos a primeira frase da oração.
Pai nosso: É certo que Jesus ensinou a oração em aramaico, pois era a língua popular, mas se faz bem saber que os discípulos e Ele tinham em mente a cultura e o pensamento hebreu sob a visão oriental. E o hebraico era e, é para os judeus a língua sagrada. E foi escrito no grego pois era língua mais difundida da época.
A primeira frase do Pai nosso é assim: (אָבִינוּ,a/Åvynu),” Pai nosso”, e não pai mãe como vemos nas pseudo traduções.
Ou seja, Pai nosso, e jamais Pai meu, até porque nas orações direcionada ao Pai não se usa o eu porque a palavra (אני,/any), numa oração e na mentalidade hebraico está ligada aos pobres de entendimento, (עני,a/any).
Embora grafia seja diferente, o som é igual, pois remete ao egoísmo porque Deus é o Pai de todos nós. E mais a palavra (אַבָּא ,/Aba), é Pai e não paizinho como vemos ser dito por aí.
E por fim chegamos ao grego: ( πάτερ ), Pai, no grego koiné está ligado ao Pai celestial, e (ημών) hemom é, nosso e não (εγώ/ου μου), egó ou muh.
Ou seja, a oração modelo nos remete a verdadeira direção que deve ter a oração de um Cristão, e a qual o Pai atenta com carinho, pois ela sempre leva consigo a comunhão.
Ela sempre insere a unidade, numa comum unidade, tendo como amálgama o Amor do nosso Pai que nos une. Pois assim é o reino dos céus, e o Pai é glorificado no cuidado e no carinho que doamos em gratidão e em união ao próximo.
Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars)