Pescadores em obediência ao amor.

Pescadores na obediência do amor. (III/b).

Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes. (Luc 5:1,2). Este versículo faz parte da passagem onde Jesus manda os pescadores lançarem a redes.

Aqui dissertaremos sob a forma sod, ou seja, a visão aprofundada e espiritual que o ensino nos traz.

Jesus dá uma ordem, e se faz interessante ver que não há contestação, os pescadores haviam lançado redes durante toda a noite, pois a noite a pescaria era mais propicia. Os peixes alvo da pescaria durante a noite vinham à superfície para comer, mas durante o dia eles desciam às águas mais frescas e profundas do lago. Tornando assim a pescaria menos eficaz.

Embora a experiência de Pedro e dos pescadores ditava que seria difícil pegar algum peixe naquela hora, Ele obedece a ordem de seu mestre dizendo: Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes. (Luc 5:5).

As palavras para fé nos idiomas original, (πιστις pistis: אֱמוּנָה,/emunah), um de seus significados é confiança, e aqui se expressa no vivo lançar da rede firmado no logos/dabar criador que é a palavra de Jesus. Pois Pedro estava pronto a confiar naquilo que seu mestre havia visto. A palavra do Mestre era digna de confiança mesmo que a experiência técnica deles ditasse o contrário.

No mundo de hoje a confiança é algo que está em extinção, e aqui há uma vitória do trabalho de satanás, enquanto anjo opositor de nossa alma. Pois olhamos para tudo e para todos com um olhar de desconfiança. E muitas vezes deixamos de socorrer ou ajudar a alguém devido ao mal ânimo da desconfiança.

E isso vai minando aos poucos o amor dentro de nós, causando a frieza de coração que é a antítese do amor. E se faz triste ver que até mesmo os que dizem amar a Deus, e serem crentes. Rejeitam o mandamento maior de Jesus O Cristo, que é o de, “amar o próximo como Ele nos amou,” (João 13:34), e nós desconfiamos e desamamos o próximo, pois preferimos as nossas ambições e as coisas materiais, e detrimento a vida e ao amor.

E neste exato momento deixamos de lançar a nossa rede no mar do amor onde a pescaria enche a rede de vida e vida que gerará vida além da vida. Somente a fé enquanto dom que O Espirito alimenta em nós, nos levará a agir como Pedro que estava disposto a provar outra vez, embora estivesse cansado. Para maioria de nós o desastre é que deixamos de nos esforçarmos com suficiente empenho. Porque a cegueira do mundo nos torna cansados e com mal ânimo.

E aqui não se trata de ver um mundo colorido, mas sim de ver um mundo com a lente do amor e da obediência que Jesus Cristo nos ensinou. Pois só assim veremos o mundo melhorar e a vida florescer e redes cheias de vida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).