QUAL É A GRANDE DIFERENÇA ENTRE O CATOLICISMO E, O PROTESTANTISMO?

 

Existem muitas diferenças entre católicos e protestantes. O catolicismo, por exemplo, defende a intercessão dos santos, adoração de imagens, adoração à Maria, obediência aos dogmas e catecismos da Igreja como regra de fé, a palavra do papa como algo infalível – entre outras, porém, o protestantismo rejeita veementemente todas essas coisas. De fato, esses pontos que acabo de mencionar aqui fazem parte das enormes diferenças que existem entre católicos e protestantes, mas essas coisas são apenas secundárias. Existe, porém algo “primordial”, superior e, de um valor imensurável para o protestantismo que o torna muito diferente do catolicismo.

 

Certa ocasião um “amigo” me enviou um vídeo de um padre que dizia o seguinte: “Quando um católico se coloca acima da Igreja para julgar, já deixou de ser católico. E, quando um católico diz: eu vou pegar a Bíblia para ver o que a igreja está dizendo, ele também já virou um protestante”. Nesse mesmo vídeo o padre ainda afirmou que o maior erro dos protestantes é “colocar a Bíblia acima da Igreja – porque a Bíblia nasceu da Igreja”. É mesmo? Você concorda com isso? Será que esse padre tem razão? Definitivamente não.

 

Pense comigo! Se até o apóstolo Paulo que recebeu o Evangelho que ele pregava por revelação do próprio Cristo, foi “provado” pelos crentes da Igreja em Bereia, como não analisar e julgar aqueles que “pregam” o mesmo Evangelho hoje? Os crentes bereanos receberam a mensagem de Paulo com vívido interesse, porém, se dedicaram ao estudo diário das Escrituras, com o propósito de “avaliar se tudo que Paulo dizia correspondia à verdade”. (At 17.11). Se a própria Bíblia nos mostra claramente que os cristãos daquela época estavam atentos a tudo aquilo que os apóstolos diziam, a fim de analisar criteriosamente as Escrituras para conferir, julgar se a mensagem que eles pregavam estava mesmo de acordo com a Palavra de Deus, então, por que hoje, os católicos não podem estudar, examinar a Bíblia e comprovar se o que o papa e os padres estão dizendo é verdade? Isso não faz sentido algum, pois o próprio Senhor Jesus Cristo disse aos seus discípulos que eles deveriam “examinar a Escritura”, porque através dela é que recebemos a vida eterna, e essa mesma Escritura testifica de Cristo. (Jo 5.39).

 

Mas, afinal, qual seria a intenção desse padre do vídeo ao dizer que se um católico pegar a Bíblia para julgar o que a Igreja está dizendo, ele já deixou de ser católico e que a Bíblia nasceu da Igreja? O que isso significa? Só existe uma resposta! O catolicismo entende que a Bíblia só existe por causa da Igreja e não a igreja por causa da Bíblia. Na prática isso significa que a regra da verdade e fé, ou seja, as diretrizes – aquilo que rege o catolicismo é a Igreja e, não a Bíblia. Esse é o grande erro do catolicismo. Não crer na suficiência e autoridade das Escrituras como a “única” fonte da revelação especial de Deus à humanidade.

 

Para o catolicismo a “autoridade” da Igreja está acima da Bíblia, ou seja, é a Igreja que tem as regras da verdade e fé e, os católicos devem aceitar sem questionar o que diz a Igreja, não o que diz a Bíblia. No catolicismo a Igreja é a regra da verdade, a norma, o modelo, o padrão a ser seguido. Porém, para o cristianismo protestante, a Bíblia é suficiente em si mesma como a nossa “única” regra de verdade, fé e prática de vida cristã. É a Bíblia que tem “autoridade” sobre a Igreja e não a Igreja sobre a Bíblia porque ao longo da história do cristianismo, a Igreja “nunca determinou” o que seria a Palavra de Deus, mas “apenas reconheceu” o que de fato é a Palavra de Deus. Portanto, só a Bíblia é a regra da verdade para os cristãos e não a Igreja porque a Igreja é “falível”, mas a Bíblia é “infalível” e como tal ela nos ensina tudo o que é necessário para nossa salvação e santificação. São os mandamentos da Bíblia que os cristãos devem observar, obedecer e seguir, não a regra da Igreja porque a Bíblia é a Palavra de Deus, divinamente e plenamente inspirada, inerrante, “infalível”, autoritativa em si mesma, e que no tempo determinado por Deus, ela foi entregue aos profetas e apóstolos para instruir a Igreja na verdade, para repreender o mal, para corrigir os erros e para ensinar os cristãos a maneira certa de viver.

 

“Esse é o ponto, essa é a grande questão que nos separa, essa é a enorme diferença que existe entre o catolicismo e, o protestantismo (a Bíblia Sagrada)”.

 

No catolicismo Maria é adorada, venerada, cultuada porque ela é o modelo a ser seguido pelos católicos, não Jesus Cristo. Para o catolicismo Maria é a “mãe” da igreja a intercessora, a mediadora – pede a mãe que o filho atende. Dizem! É por isso que a “missa” católica é Mariocêntrica, não Cristocêntrica. Mas, de onde a Igreja católica tirou essas ideias? Com certeza não foi da Bíblia. Apesar dos protestantes reconhecerem Maria como a mãe do Salvador, nós jamais iremos admitir essas heresias pregadas pelo catolicismo porque Jesus Cristo é o “único” fundamento da igreja (1Co 3.11), Ele é a Verdade, a principal “Pedra Angular” desse alicerce que é a igreja (Ef 2.20), Ele é a cabeça da igreja (Cl 1.18), o dono da igreja e, só Ele é digno de ser honrado (Jo 5.23), de ser adorado e de receber culto (Mt 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 28.9,17; Mc 5.6; Lc 24.52; Jo 9.38; Hb 1.6; Ap 5.13).

 

No cristianismo protestante, somente Deus – a Trindade Divina – na pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo é digno de ser adorado e servido. “Jesus declarou a Satanás: Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás”. (Lc 4.8). Observe aqui as palavras de Jesus: Está escrito? Está escrito onde? No catecismo da igreja católica? NÃO, mas, sim na Bíblia pois, até Maria a mãe de Jesus adorou a Deus reconhecendo ser sua serva. “Engrandece minha alma ao Senhor, e o meu espírito se regozija em Deus, meu Salvador, pois contemplou a insignificância da sua serva e por isso, todas as nações me chamarão bem-aventurada, porque o Poderoso realizou maravilhas a meu favor; Santo é o seu Nome”! (Lc 1.46-49). Além disso, não está escrito na Bíblia que Maria é nossa intercessora, mediadora, como o catolicismo ensina, mas está escrito na Bíblia que “há um só Deus e um só Mediador entre Deus e o ser humano, Cristo Jesus homem”. (1Tm 2.5).

 

O catolicismo prega que ao rezar a pessoa deve pedir pela intercessão dos “santos” católicos que já morreram, a fim de que suas preces e súplicas sejam ouvidas e respondidas por Deus. Se você é católico e vive na prática dessas coisas, saiba que esse ensino também não procede das Escrituras, mas da Igreja católica. O protestantismo, ao contrário do catolicismo, ensina o que a Bíblia diz a este respeito, que, “na morte de Jesus, o véu do templo se rasgou de alto abaixo” (Mt 27.50,51), e isso significa que agora os cristãos têm livre acesso e plena confiança para orar, para falar diretamente com Deus, e entrar no Santo dos Santos mediante o sangue de Jesus, por um novo e vivo Caminho que Ele nos descortinou por intermédio do véu, isto é, do seu próprio corpo. Por isso, os cristãos protestantes rejeitam totalmente essa ideia absurda do catolicismo sobre a intercessão dos “santos”. O protestantismo tem apenas Jesus Cristo como o nosso “único” intercessor, pois a Sagrada Escritura diz que Ele é o nosso Magnífico e Supremo Sacerdote que intercede por nós ao Pai. “Assim, acheguemo-nos a Deus com um coração sincero e com absoluta certeza de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada, e os nossos corpos lavados com água pura. Sem duvidar, mantenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porquanto quem fez a Promessa é fiel. (Hb 10.19-23). Deus ouvirá a minha oração. (Mq 7.7).

 

Seguindo aqui com o nosso estudo, um dos maiores erros do catolicismo é dizer aos “fiéis” que não é pecado fazer, ou ter imagens de escultura como objetos de culto e adoração. Certamente você vai encontrar muita gente por aí dizendo que isso não tem nada a ver e que isso não é pecado coisa nenhuma, e, que foram os crentes que inventaram essa história! Isso não é verdade. O protestantismo prega que idolatria é pecado porque a Bíblia diz que é pecado. Simples assim! Não somente é pecado confeccionar e ter imagens, como também é pecado se ajoelhar e curvar diante delas para adorar. “Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de escultura, nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou mesmo nas águas que estão debaixo da terra. Não te prostrarás diante desses deuses e não os servirás, porquanto Eu, o SENHOR teu Deus, sou um Deus ciumento, que puno a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me aborrecem”. (Êx 20.4,5).

 

No catolicismo a verdade é: você pode ter imagens e ajoelhar diante delas em adoração. No protestantismo a regra da verdade é, e continuará sendo a Bíblia que abomina e condena totalmente todo e qualquer tipo de prática idólatra. E, se você é católico e vive na prática dessas coisas, eu te aconselho a pegar a sua Bíblia e ler todas essas referências bíblicas abaixo para confirmar se o que estou pregando é verdade, ou mentira. Agindo assim, certamente você será convencido pelo Espírito Santo que ter imagens como objeto de culto e adoração é idolatria sim, é pecado sim. (Lv 19.4; 26.1; Dt 27.15; 1Sm 15.23; Sl 16.4; 115.4-8; Is 2.8; 42.8; 45.20; Jr 10.3-6,8-10,14,15; 11; Ez 14.1-9; Jn 2.8; Mq 5.13; Hc 2.18; At 17.16; Rm 1.22,23; 1Co 6.9; 8.7; 10.7,14; Gl 5.19-21; Cl 3.5; 1Jo 5.21; Ap 9.20; 21.8; 22.15).

 

Por fim, o catolicismo diz que a palavra do papa é infalível e, o que ele diz não pode ser contestado de modo nenhum porque ele é considerado um legislador, um mestre supremo e, um dos alicerces da igreja católica. No protestantismo somente a Bíblia é infalível, a Igreja e, o papa não. Somente a Bíblia é a regra de verdade e fé para o cristianismo protestante, e não a Igreja, não o papa. Só a Bíblia é infalível porque ela é a Palavra de Deus, não a palavra do papa, não a regra da Igreja. A Bíblia é o próprio Cristo falando e não sou eu que estou dizendo, ou inventando isso como alguém possa imaginar! Quando Jesus estava no Monte da Transfiguração, Deus testemunhou ali, dizendo o seguinte: “Este é o meu Filho Amado; a Ele ouve”. (Lc 9.35). Por isso, o protestantismo só aceita a Escritura como regra de verdade e fé, não a igreja, não o papa. A Bíblia é o critério, o fundamento pelo qual nós analisamos e julgamos todas as coisas (a verdade e, a mentira). Admitir a Bíblia como regra da verdade, é reconhecer o próprio Cristo como regra de verdade, pois Ele mesmo disse: “Eu sou a Verdade”. (Jo 14.6).

 

É por isso, que eu sou um cristão protestante, e não um católico – por causa das Escrituras, não por causa da Igreja, ou do papa. A Bíblia é a minha regra suficiente da verdade, não a Igreja, ou as falácias do papa. A minha vida, o meu caráter foi transformado pela Bíblia. A minha fé está fundamentada, alicerçada e sustentada na Palavra de Deus, não nas regras Igreja, não nos argumentos do papa. O meu testemunho, a minha consciência, o meu modo de pensar, de agir, de falar, de relacionar com o próximo, estão todos cativos aos ensinos da Bíblia que tem a assinatura, a marca, o selo do próprio Cristo. Portanto, não há dúvidas de que essa é a maior de todas as diferenças entre o catolicismo e, o protestantismo (a Bíblia como regra da verdade).

 

A Igreja não está acima da Bíblia, mas a Bíblia está acima da Igreja porque, a Bíblia é a Palavra de Deus, a revelação suficiente, a autoridade de Deus para a sua igreja e, como tal a Bíblia é a regra de verdade infalível para os cristãos. É por isso, que nós protestantes julgamos segundo a perfeita verdade da Bíblia que o catolicismo é sem sobra de dúvidas a pior de todas as seitas que existem no mundo. “Sola Scriptura” – “Somente a Escritura”.

 

JESUS FAZ A DIFERENÇA.

Pastor Jose Junior
Enviado por Pastor Jose Junior em 03/07/2024
Reeditado em 04/07/2024
Código do texto: T8099124
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