QUANDO OS DESÍGNIOS SÃO DE DEUS

QUANDO OS DESÍGNIOS SÃO DE DEUS

Essa situação embora difícil para ser explicada, se encontra entendimento num acontecimento durante a festa dos tabernáculos. Era comum nesse dia aglomerar pedintes na porta do templo em Jerusalém. Muitos casos haviam quanto à necessidade do pedinte, no caso aqui a ser considerado, era a situação de um menino cego. Se por curiosidade ou não, ou mesmo para esclarecer uma dúvida, os discípulos perguntaram: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestassem nele as obras de Deus. É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”. Qual seria o ponto chave da resposta do Mestre aos seus discípulos? Antes é preciso entender o porquê da pergunta. Era crença entre os judeus, que os méritos e os deméritos dos pais refletiam em seus filhos. O ponto chave está nas seguintes nas palavras do Mestre: “... para que se manifestem nele as obras de Deus” - portanto, desígnio de Deus. Satisfaz a resposta? Pelo sim ou pelo não, vamos a um segundo entendimento, a partir dessas palavras: “É necessário que façamos as obras...” Isto quer dizer, que nos foi dado algo a fazer, isto é, conhecer qual seja a vontade de Deus e cumpri-las, e complementa: “enquanto é dia...”, e mais ainda: “...a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”. Assim, perguntamos nós: Quer conhecer a vontade de Deus? Então esteja atento a estas palavras: Não nascemos sem ter um propósito de Deus em nossas vidas - “...é necessário que façamos...” Quem de nós não teria tido, tantas oportunidades de fazer cumprir a vontade de Deus em tantas situações que se nos vem às mãos? Podia ser o apoio a um amigo paraplégico; alguém na família com um problema mais sério; ofertar um emprego a um necessitado; Nisso, sei que ficou entendido, todos nós afinal, temos tido centenas de oportunidades para fazer o que é “necessário” em cumprimento à vontade de Deus. E qual é o tempo para que façamos cumprir a vontade de Deus? - enquanto é dia! Ou seja, enquanto eu e você estamos vivos nesta vida. É mais que óbvio que, “... a noite vem...”, ou seja, depois que morremos não resta nada mais a ser feito, a vontade de Deus se faz cumprir nesta vida, depois que morre, acabou! Logo, em havendo qualquer situação em que qualquer um de nós esteja envolvido, e que seja um grande desafio, não podemos fugir de encarar com serenidade o que nos vier desafiar, mas procurar entender qual seja a vontade de Deus naquela situação. Pode ser que ali esteja a oportunidade de ser abençoado e poder sentir-se dentro da vontade de Deus. Diz o apóstolo Paulo: “Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.” (Gl. 6.10). Por qual razão “especialmente aos da família da fé?” Certamente porque na igreja se pode sentir à vontade e com confiança, uma vez que os irmãos são mais próximos, e lá também se encontram muitas razões para fazer cumprir a vontade de Deus. Principalmente, e por isso, não exclui em atender e praticar qual seja a vontade de Deus na vida dos nossos semelhantes. Finalmente, não cabe a nós fazer juízo, mas compreender quando os desígnios são de Deus.