O PORQUÊ DA FALTA DE PODER NA IGREJA

1- AS VONTADES DE DEUS

"Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12.2

Em geral usamos esse versículo para falar sobre a renovação da mente, mas ele contém mais do que isso. Temos aqui três vontades de Deus: A boa, a a agradável, e a perfeita vontade de Deus. Além dessas temos o que não é a vontade de Deus. É preciso notar que a Bíblia foi escrita de tal forma que devemos compreender facilmente seus conceitos, então não é preciso ficar elaborando muita conversa para entender o assunto. Apesar de que Romanos 12.2 nos mostra níveis da vontade de Deus.

O QUE NÃO É VONTADE DE DEUS

Tudo o que seja relacionado a pecado não é a vontade de Deus para nós. Deus não deseja jamais que pratiquemos o pecado, pois ele sabe que o fim de qualquer pecado é a morte. Pecado gera morte. O que for gerado em pecado será no fim destruído, vai dar errado, vai causar mal e por fim vai gerar morte espiritual e em alguns casos morte física.

A VONTADE BOA DE DEUS

A boa vontade de Deus não é a perfeita vontade de Deus. Poderíamos então a chamar de a vontade permissiva, aquela em que em certas situações ele permite, mesmo que não é o que deseje. Satanas tentou a Jó, Deus o permitiu, mas é claro que nunca foi o desejo de Deus que Jó sofresse daquele jeito. Deus não quer que o seu povo sofra, mas no caso de Jó, ele permitiu, para exemplo para nós.

A AGRADÁVEL VONTADE DE DEUS

A vontade agradável de Deus é o que lhe agrada, o que ele deseja que se faça. Deus nos orienta e lhe agrada, quando fazemos o que ele deseja.

A PERFEITA VONTADE DE DEUS

Se obdecermos a boa vontade de Deus, vamos caminhar para a agradável e consequentemente vamos chegar na perfeita vontade de Deus. Quanto mais o obdecermos, mas perto estaremos de acertar mais.

A VONTADE HUMANA

A vontade humana é bastante simples: quando queremos que algo aconteça, nós “determinamos” que isso aconteça; quando fazemos algo, mostramos a nossa “vontade” no assunto. A vontade de Deus é um pouco mais complexa. Na verdade, os teólogos veem três aspectos diferentes da vontade de Deus na Bíblia: Sua vontade soberana (decretiva), Sua vontade revelada (preceptiva) e Sua vontade dispositiva.

A VONTADE SOBERANA OU DECRETIVA

A vontade soberana ou decretiva de Deus também é chamada de Sua vontade “oculta”. Oculta por que existem muitos fatos que nos são desconhecidos e não compreendemos por que Deus faz certas coisas. É “soberana” porque mostra que Deus é o governante soberano do universo que ordena tudo o que acontece. É “decretiva” porque envolve os decretos de Deus. Está “oculta” porque geralmente não temos consciência desse aspecto da vontade de Deus até que o que Ele decretou aconteça. Não há nada que aconteça que esteja fora da vontade soberana de Deus. Por exemplo, era a vontade soberana de Deus que José fosse levado ao Egito, definhasse na prisão do Faraó, interpretasse os sonhos do rei e, eventualmente, salvasse o seu povo da fome e fosse honrado por todos (Gênesis 37–50). No início, José e os seus irmãos ignoravam completamente a vontade de Deus nessas questões, mas, a cada passo ao longo do caminho, o plano de Deus tornou-se mais claro. Quando Efésios 1:11 descreve Deus como aquele “que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade”, essa passagem fala da vontade soberana ou decretiva de Deus. O próprio Deus expressa o fato de Sua vontade soberana em Isaías 46:10: “o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade”.

SUA VONTADE EFICAZ E SUA VONTADE PERMISSIVA

A vontade soberana ou decretiva de Deus pode ser dividida em Sua vontade eficaz e Sua vontade permissiva. Devemos fazer isso porque Deus não “causa” diretamente que tudo aconteça. Alguns dos Seus decretos são eficazes (isto é, contribuem diretamente para o cumprimento do desejo de Deus); outros de Seus decretos são permissivos (isto é, permitem um cumprimento indireto do desejo de Deus). Porque Deus é soberano, Ele deve pelo menos “permitir” todos os eventos e acontecimentos. Dentro da vontade soberana de Deus, Ele escolhe permitir que aconteçam muitas coisas nas quais Ele não tem prazer. Citando novamente o exemplo de José e seus irmãos, Deus escolheu, por um ato de vontade decretiva, permitir o sequestro e a escravização de José. A vontade permissiva de Deus permitiu os pecados dos irmãos de José para trazer um bem maior (ver Gênesis 50:20). A cada mau trato a José, Deus tinha o poder de intervir, mas Ele “permitiu” o mal e, nesse sentido limitado, soberanamente “desejou” que acontecesse.

A VONTADE REVELADA OU PRECEPTIVA

A vontade revelada ou preceptiva (que inclue e encerra os seus preceitos; ordenado por um preceito) de Deus não está escondida de nós. Essa faceta da vontade de Deus inclui aquilo que Deus escolheu revelar-nos na Bíblia – os Seus preceitos são claramente declarados. “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Miqueias 6:8). A vontade preceptiva (seus preceitos, suas leis) de Deus é o que Deus quer que façamos (ou não façamos). Por exemplo, sabemos que é a vontade de Deus que falemos a verdade em amor (Efésios 4:15), que nos arrependamos e nos voltemos para Deus (Atos 3:19). É a vontade revelada de Deus que não cometamos adultério (1 Coríntios 6:18) nem nos embriaguemos (Efésios 5:18). A vontade revelada de Deus está constantemente “dando sabedoria aos símplices” (Salmos 19:7).

Somos obrigados a obedecer à vontade revelada ou preceptiva de Deus; no entanto, temos a capacidade de desobedecer. A vontade revelada de Deus para Adão e Eva era de serem fecundos e se multiplicarem, assim como cuidar do jardim, dominar a terra e não comer de determinada árvore (Gênesis 1–2). Infelizmente, eles se rebelaram contra a vontade revelada de Deus (Gênesis 3). As consequências que sofreram mostram que não podiam desculpar o seu pecado. Também não podemos afirmar que o nosso pecado simplesmente cumpre a vontade soberana de Deus, como se isso nos absolvesse da culpa. Era a vontade de Deus que Jesus sofresse e morresse, mas os responsáveis pela Sua morte ainda seriam responsabilizados (Marcos 14:21).

A VONTADE DISPOSITIVA DE DEUS

A vontade dispositiva de Deus trata da Sua “atitude”; Sua vontade de disposição é o que O agrada ou desagrada. Por exemplo, Deus “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4). Essa é uma expressão do caráter de Deus para com os perdidos – Ele quer que sejam salvos (se não quisesse, então não teria enviado o Salvador). Embora o coração de Deus deseje que todos sejam salvos, nem todos são salvos. Portanto, há uma diferença entre a vontade dispositiva de Deus e a Sua vontade soberana.

Em resumo, a vontade de Deus envolve três aspectos:

1) A vontade soberana de Deus é revelada em Seus decretos imutáveis. Ele decretou que houvesse luz, e houve luz (Gênesis 1:3) – um exemplo de Seu decreto eficaz. Ele permitiu que Satanás atormentasse Jó (Jó 1:12) – um exemplo de Seu decreto permissivo.

2) A vontade revelada de Deus está contida em Seus preceitos, dados a nós para que possamos andar em santidade. Temos a capacidade (mas não o direito) de quebrar esses comandos.

3) A vontade dispositiva de Deus é a Sua atitude. Às vezes, Deus decreta algo que não Lhe agrada, como a morte dos ímpios (ver Ezequiel 33:11).

2- O POR QUÊ DA FALTA DE PODER NA IGREJA

Kenneth Hagin escreveu um livro chamado O ministério de um profeta e explicou por que a igreja deseja poder e muitas vezes ela está perdendo poder e não tendo mais. Ele conta que foi levantado a profeta, mas sempre viu a necessidade na igreja de ensinamento. Apesar de ser um ensinador, não foi para isso que Deus o chamou para a obra, mas para profetizar; que ele deixasse o ministério de ensino para outro.

A Bíblia fala dos dons de Poder e sobre os dons do Ministério. E se há distribuição de dons, é por que a vontade de Deus é que a igreja use as pessoas escolhidas por Deus, que tem os dons dados por Deus, para operarem naquele dom. Os que receberam dons de Deus, tem particularidades com ele que nenhum outro tem. Se Deus escolheu aquela pessoa, ele sabe por quê a escolheu e não outro.

Tendo alguém no culto que tem o dom e a igreja da oportunidade a outro, que não tem o dom, a igreja erra e por isso não tem poder. Quem tem o dom da palavra, por exemplo, vai querer ensinar a igreja de forma sistematica e vai falar coisas em algum momento que não vai agradar a todos, mas que porém tem o poder de levar a igreja para frente, a um outro nível com Deus. Nem sempre isso será visto com bons olhos por aquele dirigente que só quer paz na sua igreja, mesmo que isso a deixe estagnada.

Uma igreja que tenha o dom de cura, tem gente doente, assim como uma igreja que tem o dom de expulsar demônios, vai ter gente atormentada circulando próximo. Uma igreja que tenha o dom de socorro ativo, vai ter pobres a rondando e pdindo coisas. Essas coisas podem ser confusas e complicadas, mas o poder de Deus se manifesta através da manifestação dos dons.

Uma igreja que tenha o dom de profecia ativa tem revelações. Uma igreja que trabalhe ccom a salvação, tem gente não salva circulando próximo. Para que o dom aconteça tem que ter aqueles que precisam do dom. O uso do dom gera poder. Mas andar numa igreja cheia de dons é como andar na igreja de Coríntios. Muitos pastores e congregações são covardes e preferem não ter os dons e os ministérios de Deus, em prol do seu aparente sossego. Igreja que não opera na direção de Deus não tem poder, a equação é muito simples.

Temos níveis de vontade de Deus, que vão gerar níveis de poder: a boa, a agradavel e a perfeita vontade de Deus. A igreja diz que quer ver Deus operando milagres e maravilhas, mas não quer que Deus use os seus vasos escolhidos.

Numa igreja uma menina de uns doze anos era a pessoa que ensinava a escola dominical. Ela praticamente só lia a revistinha, pois não tinha idade para compreender praticamente nada, faltava-lhe a experiência com Deus. Não é por que ela tinha doze anos e estava ensinando é por que era especial, mas antes por que o pastor não queria se comprometer com ensinos que teria que explicar depois e não queria. É mais fácil deixar o povo na ignorancia do que puxar certos assuntos na igreja. É mais fácil deixar todo mundo falar em línguas ao mesmo tempo, o que é desobediência, do que exigir que só aja línguas se houver interpretação. O ato de falar em línguas sem interpretação, não trás poder para a igreja, mas o retira. (1 Corintios 14) Agir diferente da Bíblia mina a força da igreja. Queremos uma igreja cheioa de poder, mas não queremos deixar as pessoas que vão trazer o poder agirem. Preferem usar alguém na igreja que não tenha o dom da musica, do que deixar quem tem o dom cantar. Quem tem o dom vai manifestar o Espírito Santo e perturbar o culto certinho e sem poder.

Deus tem a vontade expressa na Bíblia, da manifestação do seu poder, porém a igreja tem medo de operar no poder, não dando oportunidade para quem o tem. É muito claro, por exemplo o pastor que tem o dom dado por Deus e aqueles que se autoproclamam pastores. Tem um monte de gente que claramente compreendemos que não foram escolhidos por Deus e por quê estão trabalhando como pastores? A resposta é que estão lá, por que tem quem o siga. Eles tem audiência, eles tem seguidores; mesmo sendo péssimos e não escolhidos por Deus. O nosso nível de igreja está baixo demais. Se os membros aceitam qualquer coisa, então vamos ter qualquer coisa. O surgimento dos falsos profetas é bíblico, mas isso não significa que eu vá segui-los, se eu tiver os devidos ensinamentos corretos.

Desde que entrei an igreja a trinta anos, tenho ouvido sobre a busca de poder da igreja. Dizem que Deus não opera mais, que não existe mais alguns cargos, que não tem mais necessidade de profecia, de curas, da palavra revelada. Em algumas igrejas se a pessoa for subindo os degraus um dia chega a pastor. Passa de porteiro, a diácono, lider da mocidade, presbítero e ujm dia vira pastor. A Bíblia não fala isso. Deus escolhe diretamente a quem quer.

Observe o seguinte, os escolhidos por Deus são praticamente tudo gente fora da caixinha. Dar lugar pra essa gente é esquecer de uma igreja certinha. Quer poder na sua igreja? Quer andar na manifestação de Deus, esteja numa igreja onde os dons fluem livremente e quem canta é quem tem o dom e não a amiga da pastora; ou quem prega é quem tem o dom e não quem é amigo do pastor. E pregar não é jamais esse emocionalismo barato que estamos vendo hoje em dia.

Deixar trabalhar na igreja quem não tem o dom, desqualifica os que o tem. Se canta quem não tem o dom, se prega quem não tem o dom, se ensina quem não sabe ensinar, se ora pelos doentes quem não tem o poder da cura, se é pastor quem não tem o chamado, isso desqualifica quem é verdadeiro. A igreja passa a acreditar que não tem mais ninguém com o poder de Deus.

Amém

Fique na paz

BIBLIOGRAFIA

https://www.gotquestions.org/Portugues/Vontade-de-Deus.html

pslarios
Enviado por pslarios em 31/05/2024
Código do texto: T8075497
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