Obsediados e obsessores - Uma relação complexa e que requer estudo profundo
“Semelhante atrai semelhante” - esta é uma frase que todos conhecemos. Costumamos utilizá-la quando queremos demonstrar que, geralmente, pessoas com afinidades de pensamentos sentem-se mais à vontade entre si, do que com aquelas que possuem outras formas de pensar. Muitos grupos se formam exatamente pelo fato de os componentes possuírem ideias próximas ou objetivos comuns. Não se quer dizer, obviamente, que em sociedade não se deva conviver com pensamentos diferentes, apenas destacamos que é mais comum a aproximação entre quem pensa de modo, ao menos, semelhante.
Esta aproximação que se dá entre quem tenha “sintonia” de pensamentos, possui amplitude maior do que a que comumente tratamos em nossas relações de convívio no mundo físico. Vejamos. Como espíritos encarnados, através das vibrações que emitimos pelos nossos pensamentos, atraímos igualmente a companhia de espíritos desencarnados que se identifiquem com a nossa maneira de pensar. O fato de estarmos - encarnados e desencarnados - vivendo em dimensões diferentes, em nada modifica a atração que nos une por possuirmos as referidas afinidades.
As vibrações dos pensamentos que emitimos alcançam espíritos desencarnados que estejam na mesma faixa vibratória. Eis a importância de cultivarmos bons pensamentos, em conformidade com a Lei de Amor que nos foi trazida por Jesus, nosso Mestre, Irmão e Amigo. Assim fazendo, atrairemos quem possua igualmente este bom nível energético. Da mesma forma, quando alimentamos pensamentos ruins, pesados, desagradáveis, aproximam-se de nós irmãos desencarnados que se encontrem nesta linha vibracional. É uma consequência natural, questão de atração.
Muitos processos obsessivos são criados e se desenvolvem a partir da maneira que conduzimos os nossos pensamentos. A obsessão ocorre quando um ser atua sobre outro, influenciando sua maneira de pensar. Pode se dar de desencarnado sobre encarnado, de encarnado sobre desencarnado, de desencarnado sobre desencarnado e de encarnado sobre encarnado. É preciso que obsediado e obsessor passem a vibrar em faixas diferentes para que se possa dar fim ao processo que esteja em desenvolvimento entre ambos. É um tema complexo e o estudo da Doutrina Espírita ajuda-nos a entendê-lo com clareza.
É preciso que mencionemos algo fundamental, ao tratarmos sobre faixas vibratórias. O fato de estarmos em equilíbrio emocional não nos torna “seres angelicais”, da mesma forma que o desequilíbrio ou a perturbação que nos encontremos não significa que sejamos “seres do mal”. Somos espíritos em evolução e todos passamos por nossas necessidades peculiares. Por isso, por exemplo, quando estamos em baixa faixa vibratória e atraímos irmãos desencarnados que se encontrem perturbados, não devemos tê-los por inimigos ou “demônios” (demônios não existem), mas sim como irmãos nossos que precisam de ajuda - da mesma forma que nós somos necessitados.
Procuremos manter os pensamentos em harmonia com o amor, a fraternidade, a fé, a esperança, entre outras boas energias, e sejamos caridosos. Estas atitudes em muito colaboram para alcançarmos o equilíbrio emocional que tanto almejamos. Lembremo-nos, contudo, dos que se encontram em desequilíbrio e procuremos auxiliá-los da melhor forma que nos esteja ao alcance - e façamos da oração uma ação habitual, a qual é instrumento de luz e amparo tanto no plano físico quanto na esfera espiritual.