A semelhança entre o sacrifício de Isaque e Jesus ( A dor de um pão)

O sacrifício de Isaque, semelhanças e diferenças com Jesus na cruz. (IV)

Ao terceiro dia levantou Abraão os olhos, e viu o lugar de longe. (Gên 22:4). Continuando o estudo sobre a semelhança e diferença entre o sacrifício de Isaque e o de Jesus na cruz.

Aqui tem um sacrifício que muitos de nós não notamos ao lermos a passagem. A viagem até o terra de Moriá durou três dias. E isso nos remete a criação (Bereshit/Genesis).

Quando analisamos a passagem do ponto de vista da psicobiografia. entendermos que o coração de um pai no primeiro dia estava invadindo pela ansiedade.

Já no segundo dia a tristeza fazia parte pois a separação senhora das dores pairava sobre a cabeça de Abraão. E em Bereshit no segundo dia não vemos a frase: "E viu Deus que era bom."

No sacrifício da cruz no segundo dia tudo era silêncio, e os corações dos apóstolos e discípulos sofriam a tristeza da perda de seu querido Mestre.

Ou seja, a sombra do (שאול /sheol; Αδης/Hades), o mundo da morte fazia cinza as cores do dia segundo nas passagens. Aqui a semelhança muda de pessoa pois aqui a semelhança está no sentir de Abraão.

E o Pai Eterno via a entendia a dor do coração de Abraão, e a sua obediência brilhava como fruto do Espírito, ao contrário da luz que se apagou na desobediência nos corações dos primeiros humanos.

Isso serve para que meditemos o que acontece conosco, pois uma pequena nuvem vira uma tempestade que nos cega a visão da graça. Ou pior, a ambição desmedida e os desejos egoístas nos levam à desobediência ao Amor (Ahabah/ agápi).

Mas a fé de Abraão o fez manter-se firme na direção dos desegnios do Pai, mesmo sem entender, mesmo que tudo paressece perdido e fora de rumo. E sua fé não estava em ganhar algo, ou ser abençoado com bens materiais, e sim foi firmada no amor e respeito ao Pai.

Que cada um de nós medite sobre e entenda que a fé egoísta não é fé é desejo e o lugar dos desejos egoístas é a efemeridade e não a eternidade. Eis o princípio do pensar nas coisas do alto,(Col 3:2).

(Molivars)