EVANGÉLICOS SÃO UM PORRE?

Você gosta de evangélicos? Se sim, por quê? Se não, por quê então? Mas antes de responder para você, cabe a pergunta: Afinal, quem são os evangélicos no contexto brasileiro? Bem, essa não é uma resposta fácil do ponto de vista sociológico já que os evangélicos no Brasil não são nada homogêneos. Isso significa que são plurais, ou seja, diferentes em tradições, costumes e até mesmo em certas crenças doutrinárias. Por exemplo: temos os pentecostais, neopentecostais, reformados, luteranos, batistas, etc, e, mesmo dentro de cada um desses grupos há diferenças significativas.

Uns crêem que a salvação depende exclusivamente de Deus, outros da colaboração humana e divina e, outros ainda apenas do ser humano. Existem aqueles que são totalmente contra bebidas alcoólicas, outros que defendem a moderação e outros que adoram entornar o canecão, rs. Diante desse emaranhado todo temos os pastores (as) midiáticos que estão nas TVs, Instagran e demais mídias sociais. Isso sem falar dos mais ideológicos que amam mais a política do que o próprio Cristo. Esse cenário diversificado pode levar muitos a dizer, por exemplo, que é por causa de toda essa fragmentação evangélica que a única igreja certa é a católica, pois lá não há divisão. Mas isso é ilusão já que o catolicismo também tem sua fragmentação. Há vários grupos distintos dentro do que podemos chamar de: "Romanização." No entanto, o texto aqui não é a respeito dos católicos, mas sim dos evangélicos.

São eles que nos últimos anos, principalmente com essa polarização política, que vem chamando a atenção. De bolsonaristas (principalmente) a petistas, a guerra política invadiu os arraiais evangélicos. Muitas denominações se tornaram verdadeiros antros ideológicos onde citar determinados políticos é motivo até de exclusão ou desprezo por parte da liderança e de seus membros. À mídia que em sua maioria já não gosta de evangélicos, tem tanto gostado dessa divisão quanto atacado, afinal, qual à imprensa que não gosta de barracos? Pouquíssimas! E tudo isso infelizmente faz com que muita gente coloque no mesmo "liquidificador" todos os evangélicos qualificando-os como totalmente iguais. Só que isso além de não ser verdade, também não é justo!

Porque há muitos evangélicos que não se dobraram ao "deus política," aliás, muitos nem ligam para isso. Sim, eu concordo totalmente que há evangélicos (desculpem o palavreado) que são chatos pra cacete. Crentes que se acham superiores aos outros ou que são extremamente intransigentes, raivosos e beligerantes. Que ao invés de serem sal e luz como a bíblia ensina são trevas e fel. Há muito, mas muito mesmo moralismo entre os evangélicos, daqueles do tipo: crente não pode ir ao cinema, assistir jogos de futebol, ouvir música do mundo (como se existisse música de Marte ou Plutão) dançar então, nem se fala, e por aí vai. Resumindo: há muito crente mal humorado, julgador e ranzinza que em tudo vê pecado🤮.

Porém, entretanto, todavia, por outro lado, há muitos que seguem realmente o evangelho. Gente transformada e que visa com a ajuda de Deus transformar a sociedade. Pessoas que são referências no ambiente de trabalho, bairro, na vizinhança, família e, que vão aonde o Estado não vai e não tem competência para ir. Quantos não são os evangélicos que sobem os morros para levar um pouco de amparo espiritual, emocional, social, profissional e financeiro? Muitos, mas a mídia pouco ou nada noticia. Homens e mulheres que mesmo diante de toda dificuldade não exitam em ajudar e se colocar diante de pessoas que tanto tem necessidade.

Enfim, você pode falar mal e descer a lenha sim em evangélicos quando justamente esses merecerem. Agora, ignorar a outra ala que faz o bem sem holofotes e sem vê a quem, não dá. Porque isso seria pura desonestidade para não dizer maldade que não condiz com a realidade!

Danilo D
Enviado por Danilo D em 11/03/2024
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