Que cada batida do meu coração seja uma prece a Deus
Apesar de Deus não ser surdo, Ele manda que o seu povo clame a Ele. E por que não é cumprida essa ordem?
Isso fez o povo de Israel quando estava sob a servidão de Faraó, e assim Ele mandou que Jeremias fizesse; e, em um passado mais recente, quando Ele estava aqui na Terra dentre os humanos. Uma das vezes foi quando dois cegos clamaram a Ele, e foram atendidos; outra vez foi quando uma mulher sírio fenícia estava com a filha endemoniada, e ela clamou a Ele até ela ser atendida. Jesus sabia o que ocorria em sua volta e mesmo longe dele. Aja vista que quando alguns discípulos discutiam pelo caminho sobre quem deles era o maior, quando eles chegaram juntos a Ele, este lhes deu um puxão de orelhas.
Entretanto, até o povo que se tem como de Deus além de não mais clamar a Ele, ainda quer que Ele lhe ouça o seu coração, e não quer mais fazer como ele fazia para com o Seu pai, notadamente quando Ele estava para ser preso pelos guardas romanos no horto.
A comodidade é tão grande, que já ouvi uma expressão com uma criatividade extraordinária. “Que cada batida do meu coração seja uma prece a Deus”. Fantástico! Como se isso valesse.
Se o filho mais amado de Deus recorria a Ele com lágrimas, a ponto de o suor dele se ter tornado em sangue, agora nós, míseros mortais, queremos ser atendidos só com as batidas do coração, sem abrir a boca. Será que esses não abrem também a boca para comer? É a geração do injetável, processado e enlatado. Aff.
É a geração que só em ouvir qualquer palavra incisiva, já expressa “misericórdia”, ou, “Que Ele tenha misericórdia de nós”. Será que Ele terá misericórdia só por isso? Tenho meus receios.
Então clame enquanto é tempo, desde que isso não seja motivo de escândalo nem perturbação do sossego público, claro. Porque as batidas do coração só podem produzir leitura da frequência cardíaca.
Guarulhos-Sp, 26/02/2024.
Oli Prestes
Missionário