COMO VENCER O MEDO - Parte Dois

O medo exagerado nutre um luto antecipado. A morte é uma violação da vida; a morte é o último objeto do medo. Reúne vários outros objetos: doença, velhice, dor, viajar de avião, guerra e holocausto nuclear. Eles andam lado a lado, o medo e o perigo. O medo não existe sozinho - ele é uma reação. Caso alguém adentre a uma floresta querendo ver pequenos esquilos ou uma raposa, e de repente resolve afastar alguns ramos a frente, sem esperar, dá de cara com um urso branco. O susto, o medo, o exagero do medo antecipado. A morte é o último objeto do medo. Reúne vários outros objetos: doença, velhice, dor, viajar de avião, guerra, holocausto nuclear. O notável filósofo Thomas Hobbes, morreu gritando: “Oh! É um horrível salto no escuro”. Voltaire, celebre filósofo francês, incrédulo e escarnecedor, tendo alucinações segundo as quais, Cristo estaria à beira do leito de morte, ergueu-se num cotovelo e murmurou: “Retirem esse preto, tirem-no do meu quarto, matem esse desgraçado!” - aplicaram-lhe um sedativo. Pode parecer que não existe remédio para o medo da morte. O cristão é aquele que pode sobrepujar o temor da morte, desde o momento em que ele sabe que esta se aproxima. Para Moody, outro entendimento: “Deus concede graça para viver. Deus concede graça para morrer”. No salmo 56.3,11, disse Davi: “Em me vindo o temor, hei de confiar em ti... neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem? Logo, a confiança em Deus vence o medo. Como pastor pude ver muitos quadros de morte de crentes em Cristo, neles todos um rosto sereno. Lembro de quando meu pai estava doente, saímos da cidade do interior numa ambulância seguindo para a capital em busca de recurso. No meio do caminho, em companhia da minha madrasta e meu irmão mais velho, meu pai ainda vivo, parecia esboçar um sorriso. Nesta hora, chamei a atenção de todos: “meu pai acaba de morrer”. Paramos o carro e seguimos de volta para casa. Pude presenciar também a morte de pessoas incrédulas, e sentir o seu desespero. Mais certo do que o ar que respiramos é a vida vivida em comunhão com Deus, e a certeza de que a morte é o prêmio da vitória. Diz o apóstolo Paulo: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne traz fruto para a minha obra, não sei então o que devo escolher. Porque, de ambos os lados estou em aperto, tendo o desejo de partir, e estar com Cristo, porque isso é muito melhor.” Nisso reside a convicção cristã, nascemos dentro de um projeto do Criador, ganhamos o livre arbítrio para decidir sobre nossas vidas, todavia, não podemos desejar a morte por causa dessa certeza. Por sermos um projeto de Deus, essa vida vã é para ser vivida em honra e glória ao Criador. Quanto aos problemas de cada dia, somos nós os humanos, causadores de tudo o que é mau debaixo da terra. Os cristãos, são aqueles que entendem que há um propósito maior, além do que decidir viver e ser livre nesta vida - Deus tem um propósito para cada um de nós. Ao concluir esses dois estudos sobre o medo, podemos lembrar que, vivemos esses dias com grande temor: o país anda muito mal; as pessoas andam amedrontadas pela constante violência; muitas guerras e notícias ruins; muito medo quanto a possibilidade de uma guerra nuclear. Enfim, a morte e o desespero sempre rondando a nossa porta. Contudo, mais do que certo é, guardar a confiança em Deus, procurando estar bem com Ele nesta travessia.