Em poucas palavras A VOLTA DE JESUS

INTRODUÇÃO

Conversando com uma pessoa esses dias notei como as pessoas sabem que alguns fatos bíblicos irão acontecer, mas não sabem dos detalhes. Hoje estou começando uma série nova, que busca amainar essa deficiência: “Em poucas palavras”, tentará responder diretamente de forma simples, direta e fácil (na medida do possível) o Evangelho (que é a palavra da Bíblia). Começamos hoje com A Volta de Jesus, que é o que originou essa série, mais propriamente que os mortos vão ressuscitar e ter um corpo glorioso, que não vou tratar agora, mas num outro post, porém preciso começar por esse para explicar o que vai acontecer com os cristãos salvos.

Há muita coisa importante a se tratar sobre a Volta de Jesus, que pode fazer o evangelho progredir, entretanto ficamos patinando no mesmo lugar porque ao se falar da Volta de Jesus precisamos ficar corrigindo indefinidamente os ensinos errados que estão de, certa forma, enraizados nas pessoas. Para uma boa exegese bíblica, é necessário haver uma desconstrução sobre os ensinos errôneos que tivemos durante anos e que muitos dão como certo. Jesus nem voltou e o mundo cristão está dividido se a Volta de Jesus será pré-tribulacional ou midi-tribulacional.

Eu, particularmente, não consigo acreditar na Volta pré-tribulacional por falta de provas bíblicas. A Bíblia não fala isso e dizer que o faz é forçar o texto bíblico, como por exemplo quando se diz que a Volta de Jesus será invisível, sendo que a própria Bíblia diz que até o ímpio verá. “⁷ Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.” Apocalipse 1:7

A questão é se eu acredito no que me dizem, ou se eu acredito puramente no que está escrito na Bíblia. Há uma recomendação sobre retirar ou acrescentar algo à Bíblia: “¹⁸ Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.

¹⁹ Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro.” Apocalipse 22:18,19 Se a Bíblia diz, está dito. Se a Bíblia não diz, não diga também, isso é muito perigoso.

QUANDO FOI A PRIMEIRA VINDA

Jesus veio no tempo, no ano 4.000 do ser-humano (de Adão a Jesus). Sua vinda mudou a história. A ano do seu nascimento é o ano zero. Hoje estamos no ano 2024 do seu nascimento.

JESUS VIRÁ

Jesus veio a primeira vez como servo sofredor, para cumprir a palavra e obter as vitórias para o ser-humano. Em tudo aquilo que sofremos Jesus obteu vitória. A nossa vitória está nele e nós nele temos a vitória.

QUANDO?

Devido a uma confusão generalizada há discordâncias quanto à volta de Jesus. A origem da discordância está em John Darby, que inventou o dispensacionalismo e a volta pré-tribulacional invisível, assim como a retirada do Espírito Santo na Tribulação.

“John Nelson Darby (18 de novembro de 1800 – 29 de abril de 1882) foi um pregador anglo-irlandês, figura muito influente entre os Irmãos de Plymouth e o fundador dos Irmãos Exclusivos. Foi considerado o pai do Moderno Dispensacionalismo e do Futurismo. A teologia do arrebatamento pré-tribulacional foi popularizada extensivamente na década de 1830 por John Nelson Darby e os Irmãos de Plymouth, e se tornou ainda mais conhecida nos Estados Unidos no início do século XX pela vasta circulação da Bíblia de Estudo Scofield.” Wikipédia

George Eldon Ladd (2016, p. 34) ainda observa que durante toda a fase inicial da igreja “não encontramos nenhum traço de pré-tribulacionismo na igreja primitiva; e nenhum pré-tribulacionista moderno foi bem sucedido em provar que essa doutrina em particular foi defendida por quaisquer dos pais da igreja ou estudantes da palavra antes do século XIX.”

John Nelson Darby foi o grande propulsor de uma nova interpretação escatológica que surgia no século 19. Trata-se da doutrina de um arrebatamento pré-tribulacionista, que ficou conhecida no meio acadêmico como “darbynismo” devido ao sobrenome de J.N. “Darby”. Essa nova interpretação provocou algumas mudanças na tradicional doutrina do pré-milenismo histórico sugerindo que o arrebatamento poderia ocorrer a qualquer momento. Além disso, diferente da mensagem inicial da primeira igreja, surgiu também a interpretação dispensacionalista que dividia os tempos bíblicos em dispensações (que são períodos no qual Deus lida com a raça humana de maneira específica) e promovendo uma distinção entre Israel e a Igreja, dando a ideia de que existem atualmente “dois povos” de Deus, contrário do que sempre foi ensinado nos escritos anteriores.

“Uma das características do dispensacionalismo diz respeito à sua interpretação de “Israel”. Para alguns, como Scofield e Charles Ryrie, Israel sempre designa o povo judeu e nunca representa a igreja cristã. “Israel” refere-se a um povo cuja esperança se concentra em um reino terreno; a “igreja” é um termo que se refere a um povo celeste cujo destino encontra-se além deste mundo.” (SEVERA, 2014, p. 354, grifo nosso)

A origem do pré-tribulacionismo não veio das escrituras mas de uma revelação, portanto não podemos aceitar.

“Sempre que o cristão encontra uma doutrina que não foi ensinada por alguém de qualquer ramo da igreja de Cristo durante os dezoito séculos passados, ele deveria ter muita suspeita de tal ensino. Esse fato em e por si mesmo não prova que o novo ensino é falso. Mas, deveria definitivamente levantar suspeitas, pois se algo é ensinado na Escritura, não é absurdo esperar que ao menos uns poucos teólogos e exegetas tenham descoberto isso antes. O ensino de um arrebatamento secreto pré-tribulacional é uma doutrina que nunca existiu antes de 1830.” Monergismo.

John Darby estava num culto em 1830, quando uma jovem de 14 anos, Margareth MacDonald teve uma revelação, que dizia que ela viu metade da igreja subindo e metade ficando. A interpretação era clara, naquele culto, naquela igreja, ou naquele tempo, metade dos que congregavam poderiam subir e a outra metade poderia ficar. Não me parece errado o que foi revelado para a irmã. Porém John Darby que veio de ensinamentos da Reforma que diziam que o cristão jamais perde a salvação (o que refutamos firmemente, pois se ele pecar ele sai da presença de Deus e fora da presença ele perde sim a salvação) foi para casa com essa reflexão, de que metade da igreja ficava e metade subia. Como para a época, era insustentável a perca da salvação, então ele tinha que resolver o enigma, que o fez elaborando a principio meio tateante, mas depois mais elaborado, um arrebatamento secreto no inicio de Apocalipse, para a metade santa da igreja e uma outra volta, essa visível, no fim de Apocalipse - que segundo ele foi feito para punir os cristãos.

A Bíblia não fala nada sobre um arrebatamento secreto, todos os textos sobre a volta de Jesus são visíveis. (1 Tessalonicenses 4:16-17, 2 Tessalonicenses 2:1-4, Marcos 13:24-27)

“Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém.” Apocalipse 1:7

A Bíblia não pode se desmentir dessa forma, quando diz que “todo olho o verá”, na sua vinda, o que seria gritante e colocaríamos em xeque toda a escritura como tendo partes falsas.

Para que a doutrina de Darby desse certo, pois era impossível para os ensinos da época que o cristão perdesse a salvação, mesmo que se estivesse em profundo pecado, ele elaborou a idéia de quê a igreja não passaria pela Tribulação, o que a Bíblia nunca falou. Uma boa interpretação de Mateus 24 vai mostrar que a igreja vai sim passar pela Tribulação, porém a Tribulação não foi feita para o crente, mas para julgamento, dos demônios, das nações, do pecado e dos pecadores. A impressão que alguns pregadores nos dão é que a Tribulação é exclusivamente para o cristão - nada mais falso e enganador.

Apocalipse 4 em diante mostra que havia uma grande festa no Céu, eles estavam comemorando a desgraça que caia sobre a Terra? Isso não combina com Deus e nem com os santos anjos. Não, eles comemoravam o julgamento do pecado e do pecador, que seria retirado para sempre. O crente sempre é comentado na Bíblia como povo de Deus, digno de salvação.

John Darby elaborou a volta de Jesus invisível, antes da Tribulação, pois segundo ele a igreja não passará pela Tribulação, o que Mateus 24 desmente. Para suas idéias darem certo ele precisava criar o Dispensacionalismo, que ao se estudar seriamente as suas divisões, o ensino não bate, é falho e não bíblico. A primeira grande oposição ao ensino deve ser que a base bíblica, a chave do Dispensacionalismo não é Jesus, mas um método humano, baseado a principio na mentalidade humana, que sabemos à exaustão estar contaminada (corrompida, estragada, defeituosa) pelo pecado.

De acordo com este sistema existem sete dispensações:

Inocência: No Éden, Adão e Eva tinham que obedecer ao mandamento divino de não comer da árvore proibida, garantindo assim que eles eram inocentes do pecado. Ambos falharam.

Consciência: Da queda a Noé, o ser humano foi capaz de controlar livremente suas decisões com base no que sua consciência lhe dizia. Eles falharam nisso, pois o desígnio de seu coração era continuamente apenas maligno, em vez de buscar a Deus.

Governo Humano: De Noé a Abraão, uma vez que a consciência pessoal não era um guia adequado para os seres humanos, os governos foram incumbidos de administrar a justiça e a moral.

Promessa: Quando os governos falharam em sua missão, Deus escolheu Abraão para ser o pai da fé e prometeu que nele todas as nações da terra seriam abençoadas.

Lei: De Moisés a Jesus, o ser humano só poderia se aproximar de Deus através do cumprimento da Lei Mosaica. Isso, dada a sua condição perfeita, era impossível de cumprir; Nele é revelado o pecado e a maldição dele.

Graça: Somente reconhecendo a nossa incapacidade de conseguir algo bom (consciência do pecado) podemos reconhecer que Jesus é o único mediador entre Deus e os seres humanos "porque não há outro nome debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos".

Reino Milenar: No final dos tempos haverá um período de 1000 anos em que Jesus reinará na terra. Será uma época de esplendor sem precedentes. No final deste tempo, Satanás será libertado com o objetivo de provar pela última vez a fé do ser humano. Depois desse período, o tempo terminará e uma nova terra e um novo céu surgirão, pois tudo o que for conhecido será destruído. http://jsalum.blogspot.com/2018/07/dispensacionalismo.html

Existem muitas falhas bíblicas no Dispensacionalismo, como Lei e Graça serem coisas distintas, mas diretamente vejo na idéia de que a porta da Graça vai se fechar, uma das mais graves e diretas, ao nos dizer respeito. A base para eles é essa: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (Apocalipse 22:11). Uma regra básica da exegese (interpretação do texto bíblico), é que não se elabora uma doutrina com base em um único versículo. E o versículo em si não fala nada sobre um suposto e falso fim da Graça.

Outra que vem falar sobre o fim da Graça é Ellen White, a profeta da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Igreja a qual não compreendeu que o ensino bíblico é progressivo e o sétimo dia hoje para nós, o descanso, é Jesus. E o descanso não é mais um dia, mas todo o tempo. Nós descansamos em Jesus. Se o sábado, no Antigo Testamento era o dia de buscar a Jesus, agora todo dia e toda hora o é. No descanso que é Jesus, vivemos em Jesus, vivemos adorando a Jesus todo o dia, todos os dias, todo o tempo.

A idéia do fim da Graça. Mostra que a pessoa não conhece a Doutrina da Graça. A Graça foi resumida em favor imerecido. Eu não mereço, mas Jesus me salvou. Essa é uma forma reducionista e de uma mentalidade, uma explicação, pequena – diria até, pequena demais. A Doutrina da Graça ensina que Graça é tudo aquilo que Deus faz para nos salvar. O que implica coisas boas e aparentemente ruins. Se para te salvar Deus precisa te dar um emprego, então ele vai dar; se para te salvar ele precisa casar você, ele vai te casar; se para te salvar ele precisa te deixar doente, ele vai fazer isso; se para te salvar ele precisa te humilhar até destruir toda a sua arrogância, ele vai fazer isso; se para te salvar ele tiver que tirar você dessa igreja, ele vai fazer. Tudo o que for necessário para te salvar, ao entregarmos a nossa vida para Jesus, ele vai fazer. Se Deus tiver que guerrear com você para você parar de pecar, ele vai guerrear. O resumo real da Doutrina da Graça é: Tudo o que Deus tiver que fazer para te salvar, ele vai fazer. Então, como é que a Graça vai acabar? Eles aprimoraram o negócio chamando de Porta da Graça. Então implica que fechada a Porta da Graça, não vai haver mais salvação? Mas para que a “doutrina” de Darby desse certo ele teve a linda idéia de quê o Espírito Santo terá que ser retirado da Terra, na Tribulação, para não haver salvação, se é o Espírito quem causa a salvação. Supondo que a Tribulação não é para o pecador, mas para o crente. E o que dizer então da salvação na Tribulação, como o Dispensacionalismo explica? Não explica.

“⁹ Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas.

¹⁰ E clamavam em alta voz: "A salvação pertence ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro".

¹¹ Todos os anjos estavam de pé ao redor do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes. Eles se prostraram com o rosto em terra diante do trono e adoraram a Deus,

¹² dizendo: "Amém! Louvor e glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força sejam ao nosso Deus para todo o sempre. Amém! "

¹³ Então um dos anciãos me perguntou: "Quem são estes que estão vestidos de branco, e de onde vieram? "

¹⁴ Respondi: "Senhor, tu o sabes". E ele disse: "Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.

Apocalipse 7:9-14

“Estes são os que vieram da Grande Tribulação.” Então haverá salvação na Tribulação e o Espírito Santo estará salvando na Tribulação. A “Porta” da Graça não será fechada de forma alguma.

Para dar certo o Arrebatamento Secreto era preciso tirar o Espírito Santo que converte na Tribulação, o que Darby ele o fez. Segundo o Arrebatamento Secreto, o Espírito Santo não estará na Tribulação, mas se o Espírito é Deus, como é possível tirar Deus da Tribulação? Se é o Espírito que vai levar a Igreja a Jesus, como é possível tirar o Espírito? Mas ele o fez. Darby criou ainda a idéia de que Israel será um outro povo no novo reino de Jesus. Isso não pode ser de maneira alguma, pois todos devem aceitar a Jesus para virarem igreja e assim serem salvos. A salvação está só em Jesus. Israel precisa aceitar a Jesus assim o fazendo será igreja e ai sim a igreja (com todos que aceitarem a Jesus, inclusive os judeus) será salva. Só a igreja será salva e não Israel e a igreja. Israel é importante? Sim, mas só será salva em Jesus e não de outra forma.

“Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Como, então, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele a quem não ouviram? E como ouvirão sem pregador? (Rom. 10:13-14). Quem é o Senhor que Paulo está falando? É Jesus. Israel precisa aceitar a Jesus para ser salvo, senão não o será.

Toda a idéia de um pré-tribulacionismo é falho, não bíblico, portanto heresia. Mas porque Deus permite um ensino maligno que vai contra as Escrituras? Só posso pensar que Deus prova o seu povo, para saber se eles estão na Bíblia, ou em ensinos não bíblicos. Assim como vejo pessoas encontrando erros em sua igreja - onde alguns desviam e não vão para lugar nenhum, o que é presunção, pois existem muitos tipos de Igreja permitido por Deus - que também creio Deus permitir para saber se a pessoa está firme em Jesus ou na igreja.

Uma leitura simples da Bíblia desmente o pré-tribulacionismo, o dispensacionalismo, a salvação até para o pecador, a retirada do Espírito Santo, Israel como um outro povo salvo, a Tribulação feita para o crente e não para o julgamento do Diabo, dos pecadores e do próprio pecado. E o problema é esse, o povo não lê Bíblia. Estou na quinta leitura da Bíblia e ainda tenho muitas duvidas. Imagine então quem nunca leu a Bíblia, o que ele sabe? Versículos esparsos, ensinados por outro, que não um estudo sério da sua Bíblia. Muitos ainda são estudantes de livrinho de Escola Dominical, que é direcionado a doutrina da sua igreja, passando por cima, muitas vezes do que a Bíblia ensina, pois omissão é também um erro. O cristão sério deve estudar a Doutrina Bíblica, a Teologia Sistemática, a Bíblia, e estudar também a oposição daquela doutrina, o porque outros criticam aquela doutrina. Não devemos ter medo da oposição, aprendemos muito na critica à nossa fé, que vai dar base séria na nossa pregação.

A Tribulação não é para o crente, mas tem quem fale de forma que parece que é. Quem segue essas idéias, não lê Bíblia, e se a lê, a distorce.

O Diabo ainda vai usar a idéia do Arrebatamento secreto. Já vi pregadores dizerem que se Jesus voltar, quem ficar pode se matar. Isso é de uma gravidade absurda, pois o suicídio leva diretamente ao Inferno, sem perdão. Devido aos ensinos de um Arrebatamento secreto, muita gente vai morrer, sem necessidade. O Diabo vai conseguir matar muito crente que segue essa doutrina herética. Cuidado com isso. A igreja vai passar pela Tribulação e quando dizemos vai “passar”, não significa que ela vai sofrer na Tribulação como se a Tribulação fosse para ela, mas sim que Deus, Jesus e o Espírito Santo a sustentarão com milagres nunca vistos uma igreja vitoriosa, pura, santa que vai ver a Volta gloriosa de Jesus no fim da Grande Tribulação.

PARA QUEM?

Jesus vai voltar para os cristãos, seguidores de Cristo, freqüentadores de Igreja. Temos hoje uma generalização de um cristianismo não bíblico, onde pessoas não cristãs não convertidas se dizem esperar em Deus para serem salvos, irem para o Céu, receberem bênçãos, porém muitos desses não seguem realmente a Jesus. Há uma falsa idéia de quê Jesus é para todos, até para quem nunca o seguiu.

A idéia de um arrebatamento invisível, inesperado, a qualquer momento é proferida por gente hipócrita. Eu vejo gente pecando, fora da igreja, sem fé, desviado, com vícios, amigados, e dizem estar esperando ser arrebatados imediatamente. Isso é falso. Se não nos arrependermos seremos todos condenados. Quem diz estar esperando Jesus voltar imediatamente, se converta imediatamente.

PORQUE JESUS VAI VOLTAR?

Uma variável dessa pergunta é: Porque Jesus tem que voltar? Poderíamos até acrescentar a essa pergunta: Porque Jesus veio primeira vez, se ele poderia ter nos salvo de outra forma? A explicação primária, básica, por que Jesus veio da primeira vez e que já vai explicar muita coisa é que o nosso Deus é passional, apesar de não precisar de forma alguma, mas Deus dá muitas características emocionais importantes. E isso é fantástico no nosso Deus. Deus resolveu vir em forma humana, para compreender totalmente os humanos, até em suas maiores fraquezas, para salvar o homem, na sua situação humana.

OS GOVERNOS DE ADÃO ATÉ A TRIBULAÇÃO

Mas a pergunta persiste: Porque Jesus tem que voltar? A resposta é que Deus vai mostrar ainda o governo político perfeito. De Adão até agora já lá se vão seis mil anos. A história nos mostra muitos tipos de governo e nenhum deu certo até agora. Poderíamos citar como os que mais persistem: o reinado, a tirania e a democracia. Mas esses são governos terrenos.

O GOVERNO DE SATANAS

Ainda a Terra verá um governo espiritual maligno, de Satanás, na Tribulação. Essa idéia de um governo Satânico já vem desde a revolução no céu. A tentação do Diabo sempre foi ser deus no lugar de Deus. O que é impossível, se tudo subsiste em Deus. (Colossenses 1.15-19) Na Tribulação, Satanás terá a oportunidade de governar, porém Apocalipse já aponta fatos terríveis do seu governo. Já sabemos de antemão que não irá dar certo, tanto é que Deus irá até abreviar o tempo, pois seu governo despertará de vez a ira divina. Porém precisamos entender que apesar de impossível o Diabo acertar, ele queria. A meta de Satanás era fazer um bom governo para desbancar Deus do seu trono. Mas Satanás tem o pecado, que faz com que tudo que toque acabe morrendo. O pecado mata tudo o que toca.

O GOVERNO DE CRISTO

O diferencial no governo de Cristo, acredito, está no Espírito Santo em nós. O governo de Cristo é o Reino de Deus. Estar no Reino é ser transformado de dentro pra fora. O Espírito em nós já nos amolda ao Reino, ao governo. Então dado esse motivo, estar em Cristo, estar no Espírito, é estar no Reino, é estar no Governo de Deus. O impressionante mesmo é que no final do Milênio Satanás que vai ser preso no capítulo 20 de Apocalipse, por mil anos, o Milênio, ou o tempo do Reinado de Cristo na Terra, mas após os mil anos ele será solto e conseguirá enganar as nações que estão nos quatro cantos da Terra. Não sabemos que argumentos o Diabo terá aqui, mas ele enganará quase todas as nações da Terra nesse tempo. É impressionante a resistência ao Espírito que vai acontecer no coração das pessoas nessa provação final. O melhor governo do mundo: Teocrático - Deus no comando - terá objeções, o que é impressionante. Mas nem Cristo reinando vai agradar todo mundo.

Mas há uma questão das promessas, que ainda queria discutir. Eu li em um estudo que Jesus vai voltar porque há a questão das promessas de Deus sobre a segunda volta de Cristo. Parece até que Jesus só vai voltar por que existe a promessa, isso é um reducionismo irreal, é preguiça de estudar a Bíblia, preguiça de pensar. Mas as promessas existem porque existem as profecias. Uma profecia é uma percepção do futuro. As promessas existem porque há o vislumbre do futuro nas promessas, ou profecias, que foram feitas. Promessas são profecias que Deus quer cumprir, então quando compreendemos que Deus nos faz uma promessa pessoal, é porque ele quer cumprir o que fala, mas depende de nós ficarmos na presença de Deus, na santidade, na fé, na esperança, crendo. Quando Deus faz uma promessa, ele sabe que há variáveis.

Amém.

Fique na paz de Cristo.

pslarios
Enviado por pslarios em 28/01/2024
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