RAMAYANA (complemento aos Vedas)

 

 

Ramaiana é um poema épico atribuído a Valmiki, que tem esse nome por ter saído de um formigueiro, milagrosamente, após uma transformação de um homem mal, antes ladrão, que teria sido ajudado pelo Deus Narada, que o enganou no culto a morte que este acabou fazendo, de modo a se mudar do nome Mara, divindade da morte, para Rama, já Divindade Suprema. Ramaiana significa viagem de Rama. Ramaiana se refere a estória de um rei que tem a esposa abduzida por um demônio. Contém 24 mil versos. O texto é contemporâneo do Mahabarata.

 

O livro Ramaiana é dividido em Bala Kanda, que retrata o nascimento miraculoso de Rama, bem como sua juventude, Aiódia Kanda, com o começo do exílio de Rama, Aranya Kanda, que descreve a vida de Rama na floresta, Kishkindia Kanda, onde Rama faz amizade com Sugriva, para buscar Sita, que foi raptada, Sundara Kanda, onde Sundara encontra Sita e dá a boa nova para Rama, Yudda Kanda, que tarta da guerra de Rama-Ravana, bem como Uttara Kanda, que fala já a da vida de Rama e Sita, bem como de ascensão ao próximo mundo. Mas voltando ao seu autor, Valkimi, este era um ladrão e gostava da morte, quando o Deus Narada o encaminhou para essa superama sabedoria. Narada era conhecido por mim quando da leitura das obra de Hari Krishna, Srimad Bhagavatam, e é uma divindade muito curiosa, musical e bela, que em alguns momentos aparece na leitura védica. Narada seria em vida passada apenas o filho de uma criada, provando que a evolução de um ser pode ser exponencial, uma vez da busca da devoção.

 

Mas o livro Hari Krishna fala sobre Naraiana. Fala que é algo extramaterial, “Narayana é a Personalidade de Deus transcendental que está além da criação material (...). Através da especulação da filosofia empírica (que discerne a matéria do espírito), ou através do cultivo de poderes místicos (que em última análise ajuda o executor a atingir qualquer planeta do universo ou além do universo), ou através do cumprimento de deveres religiosos, pode-se alcançar a perfeição máxima, contanto que seja capaz de chegar ao estágio de Narayana-smrti, ou o estágio em que a pessoa se lembra constantemente da Personalidade de Deus” (Segundo Canto – parte um, página 11).   Dessa leitura percebemos que a sabedoria védica se aproxima muito da bíblica, e que a questão cultural e antropológica se adapta com a fé. O tema de percepção extrassensorial, ou de outras dimensões, ou planos, mesmo não materiais, está presente. Também os milagres, a santidade dos gurus que se apresentam nas religiões. Também certa tecnologia, ou poderes “mágicos”. Também há máquinas voadoras, os vimanas, bem como uma espécie de bomba atômica, a brahmastra, além de poderes ou tecnologia de som, descrita em Ramaiana. Atiravam flechas saturadas com hinos védicos, controladas pelo som, pelo pai do Senhor Rama. Rama até atirou sete flechas douradas contra o demônio, o libertando do mal. Tem Ravana, o demônio de dez cabeças, tem o rei macaco Sugriva, tem muitos outros deuses ou seres fantásticos, mostrando um misticismo curioso em Ramaiana. A literatura védica é sensacional e merece ser bem mais explorada, revelando sua mística e significado para toda a humanidade.

 

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