VEDAS (autor desconhecido + ou – 4000)

 

 

 

 

 

Os Vedas é a Bíblia dos hindus, sua Escritura Sagrada. O compilador dos Vedas foi Krishna Dwaipâyana Vyasa, em torno de 3100 antes de Cristo. Copiados a margem do lago Manasa Sarovara, próximo do Himalaia, no Tibet. Os textos são mais antigos que essa data. A palavra veda se refere a raiz vid, referente ao conhecimento ou conhecimento divino. É uma gnose hindu. Antes esses ensinamentos estavam na tradição oral, ou seja, ensinados oralmente por milhares de anos, e depois escritos numa forma muito antiga de sânscrito, diferentes de outros escritos no mesmo idioma. Vedhas também pode se referir a filhos de Brahma.

 

 Também cada hino e cada Veda se refere a vários autores. Helena Petrovna Blavatsky diz que devem ter sido ensinados há pelos menos 25000 anos atrás. Isso os coloca na origem de tudo o que é sagrado, beirando equiparação a outras tradições de fontes religiosas originais. São muito mais antigos do que as obras de Homero e Hesíodo, que já se referem a tempos muito antigos e a mitos ou lendas de uma tradição humana levada até a noite dos tempos. Confesso que conheci e admirei o Rig Veda, mas tantos outros escritos e hinos são sensacionais a ponto de revelarem grandes mistérios e sabedoria humana, equiparados a textos sagrados como Eddas, Zend Avesta, Torá, bem como tantos outros, a textos egípcios, mitologias de diversas regiões do mundo e mesmo qualquer tradição ancestral, entes talvez presente mais em tradições orais, que em escritos sagrados.

 

Os escritos podem ser divididos em uma parte mais externa, exotérica, e uma parte mais interna, novamente segundo Blavatsky. Essas divisões são Karma-Kanda e Djnana  Kanda, uma divisão de obras e ações, mais ética ou moral, e uma divisão mais relacionada ao conhecimento, ou a gnose. Manu, um legislador hindu, falou apenas em três vedas, Rig, Sama Veda e Yajur. Os Upanishades seriam a versão esotérica, textos que falaremos em capítulo seguinte. Vedavid seria um conhecedor do Veda. Ensina Sri Aurobindo: “Ora, na Europa antiga, as escolas de filosofia intelectual foram precedidas pelas doutrinas secretas dos místicos; órfico e os mistérios de Elêusis prepararam o rico solo da mentalidade dos quais surgiram Pitágoras e Platão. Um ponto de partida semelhante é pelo menos provável para a marcha posterior do pensamento na Índia. Muito na verdade, das formas e símbolos de pensamento que encontramos no Upanishads, grande parte da substância dos Brahmanas supõe um período na Índia em que o pensamento assumiu a forma ou o véu da ensinamentos secretos, como os do mistério grego.” (The Secret of the Veda, p. 6).

 

Deste modo, os mistérios a que também dão origem ao pensamento filosófico também se relacionam com o período indiano, bem como a filósofos indianos que ao longo desse trabalho iremos trabalhar, com ideias racionalistas, atomistas e outras, além das misteriosas. Os Vedas têm um papel fundamental na base de muitas coisas que posteriormente se desenvolveram na sociedade ocidental. 

 

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