O homem que venceu a Deus
Um dos patriarcas do povo de Deus, foi um homem muito amado Dele, assim como foi o avô dele. Ele chegou a lutar com Deus e prevaleceu em uma luta corpo a corpo. Vejamos quem era esse gigante espiritual.
Ele foi nascido gêmeo de outro irmão. E já no ventre de sua mãe, ele lutou com o irmão dele. Por isso, sua mãe buscou a Deus, o qual lhe fez saber que duas nações haviam no ventre dela, em uma época em que nem se cogitava de exame de ultrassom uterino.
Depois de nascido e já homem, usou de sabedoria para obter o direito de ser o primeiro nascido, pois que o seu outro irmão era o detentor desse privilégio. O seu irmão, com o qual ele havia lutado no ventre antes de nascer, estava com fome, e lhe pediu do guisado de lentilhas que ele tinha feito, só que ele disse que lhe daria, desde que ele lhe transferisse o direito que o seu irmão detinha de ser primogênito. O irmão, que não valorizou esse direito que detinha, e que, pelo que se depreende da narrativa, não era sábio nas coisas espirituais, cedeu o direito de primeiro nascido, em troca de um prato de guisado de lentilhas, que o seu irmão tinha feito, dizendo, que me vale eu ser o primogênito, se eu morrer de fome?
Assim, ele negociou com o irmão um direito que deveria ser inalienável.
Em outra ocasião, por ele ser um filho muito amado de sua mãe, possivelmente devido a sua natureza pacífica e amável, ele recebeu uma proposta dela, para se passar por seu irmão e obter a bênção de primeiro filho de seu pai, Isaque. Embora temendo ser descoberto na trama feito por sua habilidosa mãe, ele aquiesceu à proposta dela, e se fez passar como se fosse o seu irmão, obtendo do seu pai a bênção do primeiro filho, a qual era a maior e melhor.
Por essa razão ele foi jurado de morte por seu irmão, e teve de fugir para uma terra distante, de parentes, para escapar da ira do irmão.
Nessa terra, ele pretendeu ter por esposa uma das suas primas, por quem se enamorou, por quem trabalhou sete anos, como proposto pelo pai dela, seu futuro sogro, o qual lhe enganou, colocando no leito dele a irmã dela. Ele reclamou com o sogro, o qual lhe disse que ele lhe daria a mulher desejada, caso ele lhe pagasse com mais sete anos de trabalho. Este, por amar muito a mulher desejada, assim fez. Portanto, ele trabalhou quatorze anos pela mulher amada.
Depois de ter servido o seu sogro por tanto tempo, e servido com logro por ele, o qual lhe mudou o salário por dez vezes, ele voltou a terra do seu pai, embora ainda tivesse medo do seu irmão, que havia se irado por ter sido “passado pra trás” por ele na obtenção da benção paterna. No caminho de volta, em uma longa caminhada, durante uma madrugada, depois de ter feito a travessia do val de Jaboque, da sua família e dos seus rebanhos, ele foi assediado por um varão, o qual forcejou com ele, mas do qual saiu vencedor.
Conforme se sabe, por texto paralelo, aquele varão era Deus, o qual se humanizou e mediu forças com ele.
Ele, que tinha por nome Jacó, teve o seu nome mudado por Deus, o qual lhe deu o novo nome de Israel, por ele ter lutado com Deus e prevalecido.
A vida dele foi, como ele definiu para Faraó, rei do Egito, quando ele chegou para peregrinar naquele país, poucos e maus dias.
Ele esteve naquele país até a sua morte, cujo cortejo fúnebre foi o maior que se tem conhecimento na história.
Ele era Jacó, o lutador, que lutou até com Deus e saiu vitorioso.
Sugiro que, quem ler esse texto, vá conferir com as Estradas Escrituras, a fim de conhecer mais sobre essa história de lutas e vitórias. Como referência, e para ajudar na pesquisa, vou dar nomes aos personagens da história: o avô do personagem se chamava Abraão; o seu pai, se chamava Isaque; a sua mãe, se chamava Rebeca; o seu irmão, se chamava Esaú; a sua mulher amada, se chamava Raquel; a mulher, sua cunhada e também esposa, tinha por nome Léia ou Lia, conforme a versão bíblica; o seu sogro era Labão, o qual era seu tio, e irmão de sua mãe.
Esse artigo eu escrevi em homenagem a um amigo que tem o nome que teve o personagem principal dessa história, por nos termos reencontrado depois de quarenta e oito anos.
Com um forte abraço, a partir de Santarém -Pa.
Oli Prestes
Missionário