Auto conhecimento nos leva a entender o amor.
Conhecendo a si mesmo entendemos a necessidade do amor de Deus.(II).
E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa. (Lucas 7:36). Este versículo do início a passagem onde vemos um claro contraste entre duas atitudes: a da mente e a do coração.
Naquela época os caminhos eram poeirentos e os calçados eram abertos e os pés ficavam empoeirados. De modo que sempre se punha água fresca sobre os pés do hóspede para aliviar e limpar, e queimava-se um pingo de incenso sobre sua cabeça ou pingava uma gota de água de rosas. Esta era a regra e o dever de boas maneiras, e neste caso não aconteceu. Como vemos Jesus dizer nos versículos (Luc 7:44-46). Mas a mulher que tinha má fama o fez como vemos (Luc 7:37,38).
Também era costume que, quando um rabino concorria a uma refeição, a casa que o recebia ficava de portas abertas a todos, para que ouvissem seus ensinamentos. Eis o porquê de uma mulher de má fama estar presente na casa de um fariseu. E então vem o comentário malicioso (Luc 7:39), e Jesus em sua amorosa sabedoria responde como vemos nos versículos (Luc 7:40-43).
Simão pensava que por ser fariseu ( פָּרוּשׁ/parush; separado, apartado), que dá origem a ( פֵּרוּשׁ/perush: exegeta ou quem interpreta uma escritura), estava justificado, pois ainda não havia entendido o amor que exala a Bíblia, porque vivia uma eisegese. Jesus também era fariseu, e carregava e exalava o amor que a thana ensina, pois vivia uma exegese, eis o perigo das crenças advindas das eisegeses.
Já a mulher tinha consciência de sua fragilidade e necessidade, e portanto em sua humilde maneira de agir e pensar, sabia que precisava deste amor, e deste perdão. Aqui aprendemos que as pseudos crenças fecha a porta entre o ser humano e Deus.
É certo dizer que o mais triste dos pecados é o de não nos auto conhecermos e de não termos consciência dos nossos pecados. Pois quando auto-observamos com o intuito de nos autoconhecer veremos a necessidade de abrir as portas do nosso coração ao perdão amoroso de Deus, porque Deus é amor, e a maior verdade da glória do amor é que precisamos dele. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).