CANDOMBLÉ BAIANO.

A Raiz profunda da Fé e a Luta Contra Intolerância.

A religiosidade é uma parte intrínseca da nossa identidade cultural. Batemos a cabeça em reverência aos Orixás e nos ajoelhamos diante do Senhor do Bonfim. Com rezas e danças, conquistamos o direito de nos conectar com todos os santos, em uma celebração pura de fé. Esse fervor transcende as fronteiras do tempo e resiste ao pragmatismo da vida moderna.

A origem de nossa fé reside na fusão de elementos de diferentes culturas do candomblé, trazidos da Mãe África. Essa é a minha origem; é a origem do povo brasileiro. Foi aqui que tudo começou.

São mais de 1500 anos de história, e apesar das tentativas de alguns em ofuscar essa beleza intrínseca, ela continua a encantar muitos. Esta é a minha Bahia, terra de todos os santos, de todas as raças e de todos os povos.

Nossa terra e nossa história são um convite para que cada um mostre a sua própria essência. Ao final deste artigo, convido a todos a refletir sobre a importância do Candomblé e da diversidade religiosa na Bahia.

É a celebração de todas as crenças que nos torna mais ricos como sociedade, e é o respeito mútuo que nos une. No entanto, é essencial reconhecer que, apesar da riqueza espiritual do Candomblé, ele tem sido alvo de preconceito racial e intolerância religiosa, particularmente após o surgimento das novas igrejas evangélicas.

Se o Candomblé tivesse nascido na Europa, é provável que fosse menos perseguido, mas sua origem no continente africano o tornou alvo de discriminação persistente.

Mesmo após o fim do sincretismo religioso que por muito tempo ocultou nossas crenças, o Candomblé continua a enfrentar desafios constantes contra o preconceito racial e a intolerância religiosa.

O Candomblé vive na alma do povo baiano, especialmente na dos negros.

ÒRUN NÍ YO Ó - Que o Céu sorria para todos

Manoel Lobo.

08/11/23

Manoel Rocha Lobo
Enviado por Manoel Rocha Lobo em 08/11/2023
Código do texto: T7927488
Classificação de conteúdo: seguro