Antissemitismo disfarçado. Por Meraldo Zisman

… O antissemitismo está presente em várias correntes ideológicas, e a deslegitimação de Israel se tornou uma tendência entre as elites cultas, tanto de esquerda quanto de direita.

QUER ACABAR COM A HISTÓRIA? – “MATEM OS VELHOS!”

Nunca antes na história um líder havia decidido eliminar completamente um grupo étnico ou religioso em um prazo definido, fornecendo todos os meios necessários para isso.

Os nazistas, liderados por Adolf Hitler, assassinaram milhões de judeus e membros de outras minorias étnicas, como os ciganos, em campos de extermínio na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, usando métodos como gás Zyklon B e execuções em massa. No entanto, o uso de gás para matar pessoas não conformes com a ideologia nazista já ocorria antes da guerra, inclusive contra aqueles com deficiências físicas ou mentais.

Um exemplo disso é a “invasão de Vél d’Hiv” em 1942, na qual 13.152 judeus, incluindo 4.000 crianças, foram presos em Paris por policiais franceses e posteriormente enviados a campos de extermínio nazistas, como Auschwitz. Isso demonstra que o antissemitismo estava presente em diferentes partes do mundo, inclusive na França.

Além disso, nos Estados Unidos, grupos como o KU KLUX KLAN e neonazistas sempre existiram, mas ganharam visibilidade durante a campanha presidencial que levou à eleição de Trump. O antissemitismo está presente em várias correntes ideológicas, e a deslegitimação de Israel se tornou uma tendência entre as elites cultas, tanto de esquerda quanto de direita.

É importante destacar que o antissemitismo tem raízes históricas profundas, com figuras proeminentes como Kant, Fichte, Hegel, Schopenhauer, Nietzsche, Karl Marx e Martin Heidegger expressando preconceitos antissemitas em suas obras. Esse preconceito persiste em muitos intelectuais, que fazem comparações injustas entre o sionismo e o nazismo, assim como entre Israel e a Alemanha de Hitler.

O antijudaísmo, disfarçado de crítica ao Estado de Israel, é uma forma moderna do antissemitismo, e muitos de seus defensores negam que sejam antissemitas. No entanto, é fundamental compreender que o problema reside no preconceito do discriminador, não no discriminado. O Holocausto foi um evento sem precedentes na história, no qual milhões de pessoas foram mortas, predominantemente judeus, o que deve ser lembrado e condenado.