A viva expectação da transformação humana

O vivo anseio da viva transformação.

A própria natureza criada aguarda, com vívido anseio, que os filhos de Deus sejam revelados. Porquanto a criação foi submetida à inutilidade, não por sua livre escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, (Rom 8:19-20). Estes versículos fazem parte da explanação que Paulo faz sobre a viva gloria que virá no mundo vindouro.

Esta passagem tem início no versículo dezoito e se estende até o versículo trinta, trata da expectativa da viva mudança que haverá em toda criação. Ele fala sobre a viva expectativa e ele usa a palavra do grego, (apokaradokia /αποκαραδοκια), no hebraico (תַּעֲרֹג וּתְצַפֶּה/ Taarog utëtsapeh),

Os dois termos nos idiomas originais trazem consigo a ideia e o significado de aguardar desejosamente a viva transformação humana. A fim de que a morte e degeneração dolorosa tenham fim.

Pois foi a desobediência humana que trouxe a dor e a maldade para o mundo e num tempo certo isso terá de ter fim. E tudo ficou sujeito a frivolidade, sujeito a corrupção e vaidade, e nem vou falar aqui da falsa religião, ou seja, o falso religare. No hebraico (לַהֶבֶל/ lahevel), no grego, (ματαιότης/mataiótis).

Paulo retrata a situação da natureza, que é ainda pior que a situação dos seres humanos. E ele disse isso num tempo em que a poluição e devastação da natureza não era tão aparente como vemos hoje em dia. Pois a ambição desmedida e a ganância do ser humano destruiu e destrói vidas.

E o ser humano escolhe desobedecer mesmo sabendo que a morte impera na desobediência, mas a natureza é subjugada involuntariamente, não por sua própria escolha ela sofre as consequências da maldade do pecado do ser humano. “Maldita é a terra por tua causa”, disse Deus a Adão depois de seu pecado (Gênesis 3:17).

Uma coisa é certa: Jesus trouxe para o mundo a salvação, e todo aquele que se banha nas águas da misericórdia leva consigo o dever de salvar e cuidar das vidas que permeiam o nosso planeta, e mais, tem o dever de propiciar o bem-estar do próximo.

Somente assim começamos a recuperar a imagem e a semelhança com Pai, eis a verdadeira religião, enquanto "religare."

Mas se insistirmos em pensar e agir somente pensando no bem-estar próprio, continuaremos a imagem e semelhança com a morte e não teremos parte no mundo vindouro. Que cada um medite sobre isso, sempre tendo o amor de Cristo Jesus como o árbitro do seu coração.

(Molivars).