Vidas ativas em Cristo.

E, PASSANDO Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (João9:1,2).

Aqui vemos que os estudiosos unilaterais em sua fraca religiosidade tinham uma ideia errada, pois usavam um texto fora de contexto e com isso uma doutrina perniciosa havia se criado, o texto é ( Êxodo 20:5-6).

É certo que nenhuma pessoa vive somente para si mesmo nem morre para si mesmo. Quando uma pessoa erra põe em movimento uma série de consequências que afetam tudo e a todos num vicioso círculo.

Mas também é verdade que a vida é uma constante novidade. E sendo o ser humano um ser pensante e dotado de livre arbítrio cabe a ele quebrar tal círculo, e foi isso que Jesus nos ensinou aqui nesta passagem. É claro que também tem um ensino sobre a glória de Deus, mas é fica para outro estudo.

Quando Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. (João 9:2). Aquelas pessoas esperavam que Ele respondesse de acordo com seus eitos e preceitos religiosos, como vimos acima. Jesus sabia que a obra do Pai sempre se baseia na misericórdia (חסד/chaced; ἔλεος/éleos).

Então Ele responde com uma nova maneira de se ver a tal situação: “Nem ele nem seus pais, mas aquela deficiência era para a obra de Deus”. As suas palavras soaram estranhas aos ouvidos daqueles, mas por meio delas Jesus colocou as dores da existência humana numa outra perspectiva. Ele mais uma vez quebrou um dogma advindo de uma eisegese.

E colocava o ser humano como agente ativo na vida, e com a responsabilidade de mudar sua vida interiormente e exteriormente, e de ver a dor alheia com os olhos da misericórdia e jamais com a visão preconceituosa de uma religiosidade equivocada.

Então quando nos deparamos com alguém sofrendo lembremos do restante do texto de (Êxodo 20), que é a ação da misericórdia do Pai, misericórdia que o nosso dever ser agente da mesma.

Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars)