A SANTA MISSA

Nair Lúcia de Britto

 

Num domingo de sol, dia 28 de de junho de 1992, a TVC, Canal 5, de Fortaleza apresentou a Santa Missa, rezada pelo Padre Aldo di Cillo Pagotto, em comemoração aos apóstolos Pedro e Paulo e ao Dia do Papa. Os cânticos, lindos, ficaram por conta do Grupo Musical Roma, da Paróquia José Walter.

 

A leitura do Evangelho lembrava do dia em que Pedro reconhecia em Jesus, o Messias, que salvaria o mundo. E Jesus agradecido pelo reconhecimento pela luz do Espírito Santo deu a Pedro a missão de ser o chefe da Igreja Católica.

O sermão, após a leitura do Evangelho, foi emocionante pela forma que Dom Aldo defendeu a Igreja Católica como a única e verdadeira Igreja. Detalhadamente o Padre Aldo explicou os motivos.

 

O sermão foi tão lindo que eu anotei as palavras mencionadas pelo Padre Aldo; ainda tão jovem, sonhador e fiel a missão a qual se propôs. Ei-las:

 

"Irmãos, irmãs,

É com muita alegria quando nós celebramos a nossa festa na fé de Jesus e dos apóstolos. A nossa Igreja assim chamada: “Uma, Santa, Católica e Apostólica.

“Uma” porque a nossa Igreja é uma só, fundamentada a Igreja de Cristo, o corpo de Jesus Cristo continuado nos seus membros, que somos todos nós.

É impossível, é impraticável a divisão. Onde há divisão, há fracasso. Igreja dividida é Igreja fracassada. Igreja unida é uma Igreja cheia das bênçãos de Deus, de muita harmonia, de muita concórdia, especialmente nos unindo em torno de uma causa comum: a glória de Deus, o amor de Deus e o bem de todas as pessoas, onde ninguém pode estar excluído.

Igreja Santa! Não porque somos santos, mas somos santificados. Como membros do corpo de Cristo somos destinados à santidade. Essa é a nossa vocação.

É o Espírito Santo que provoca e que conduz a “santidade da Igreja, também a sua unidade.

 

Igreja Católica porque espalhada pelo mundo inteiro, presente em todos os lugares da Terra. Com o corpo de Cristo, com a presença de Jesus ressucitado. Por isso Católica.

Catalão vem do grego, segundo o todo, segundo o Universo. Não é uma Igreja de grupinhos particulares e que estão divorciados entre si, separados. Mas sim uma Igreja de comunidades vivas, onde as pessoas se ajudam, se colaboram, se estimam e se conhecem.

 

Por isso nossa Igreja é ligada a esta realidade que todos sabemos. Roma! Lá está o Papa. Ele é o sucessor de São Pedro e dos apóstolos. Ele é o chefe de todos os bispos, com os quais hoje Jesus conta e por todo sempre, para edificar a sua Igreja.

Alguns acham que o Papa (João Paulo II) sendo polonês não conhece a nossa realidade. Nunca ouvi falar besteira tão grande! O Papa está muito bem informado.

 

Ele é destinado por Nosso Senhor Jesus Cristo a ser o ponto de concórdia, o ponto de atração, de convergência de todas as unidades do mundo inteiro.

O Papa se apresenta como aquele sucessor, como Jesus deixou a São Pedro. “Tu és pedra, tu és uma pedra fundante e tu serás o chefe dos apóstolos. Confirma meus cordeiros, minhas ovelhas, na fé. Confirma todo esse povo!

 

Então, nossa Igreja é Católica, mas ela tem um ponto de união com os bispos do mundo inteiro. Os bispos também estão em união com o Papa. Enfim, Apostólica porque nossa Igreja foi fundada sob o alicerce dos apóstolos, como mártires da fé, confessores testemunhos de verdade.

 

Nós vemos pelas leituras, que São Pedro, entre os apóstolos, sofreu o martírio. A Igreja rezava por ele. Antes de sofrer o martírio total, ele foi libertado. Uma das características da Igreja verdadeira, da verdadeira Igreja, é a perseguição.

Igreja onde está todo mundo pachorrento, onde ninguém faz nada, é uma igreja (inoperante), que acaba. Uma verdadeira Igreja é uma Igreja coerente, que luta, que se sacrifica, que se doa, que promove as pessoas, que nãose acomoda. Que não sossega enquanto as pessoas não estejam bem.

 

Não é uma Igreja acomodada. É uma Igreja coerente com a verdade de Cristo, coerente também com o sofrimento dos irmãos; que vai ao encontro deles para resgatá-los, para tirar dos ombros deles as cruzes e colocar no coração de todos a reconciliação. O direito comum que é o direito de Deus e da pessoa humana.

 

É uma Igreja que fala da realidade do Céu, mas também procura transformar as realidades terrenas. Do jeito que Deus quer que seja: as nossas famílias, as nossas organizações, os nossos estudos, os nossos trabalhos. Então, Pedro é libertado pela oração desta Igreja.

 

Nós queremos pedir pela Igreja, por todos nós. Que esta Igreja seja um sinal de vida, de amor, de esperança num mundo tão sofrido.E em vez de criticar a Igreja, como alguns fazem tão causticamente, amemos a Igreja! Tenhamos um amor profundo pela Igreja, pela pessoa do Santo Padre, o Papa, seus ensinamentos, suas orientações, aos bispos, em união com o Santo Papa.

 

Ela é a nossa Mãe! E se estamos perdendo membros, vamos favorecer o conteúdo da nova Evangelização e das boas obras. Nisso todos conhecerão que vós sois meus discípulos. Se vocês se amarem uns aos outros! Rezemos pela Igreja, para que ela seja esse sinal de vida e de santidade que o mundo precisa e espera!”

 

 

Nota desta Jornalista: Dom Aldo di Cillo Pagotto sempre foi um servo fiel dos sagrados princípios da Igreja Católica. Por isso foi tão perseguido e injustiçado. Esta homilia deveria fazer parte de todas as Igrejas.

 

 

Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 26/09/2023
Código do texto: T7894774
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.