O bom combate, o combate do amor.
A vida terrena o caro treinamento no amor.
(III)
Portanto, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem apenas soca o ar. Mas esmurro o meu próprio corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado. (1Co 9:26,27).
Acima, Paulo diz que golpeia o próprio corpo, ele usa o termo grego ( ὑπωπιάζω) hipōpiázō, que tem o significado alusivo de tratar com o que sente ou vê. Ou seja, não se deixar levar pelas baixas emoções e nem pelas enlouquecidas paixões.
Jesus ao vir para este mundo apresentou-nos o amor, e nos ensinou o valor de uma vida gerida pela amorosa obediência ao Pai que é o amor. Uma obediência não por medo, e sim guiada pela viva gratidão a Aquele que nos amou primeiro.
Por este motivo, precisamos conhecer na vida o valor do amor e tê-lo como objetivo principal de vida. Jesus jamais evidenciou o castigo, o seu chamado a humanidade raramente estava baseado no medo de um castigo vindouro. Ele baseou o seu caro convite no amor, a boa nova do Evangelho grita a todos nós: Olhem o que vocês perderão se não seguirem meu caminho (o caminho do amor). Ou seja, ao rejeitarmos a Jesus rejeitamos o amor, e a vida sem amor carece de vida.
Mas para que possamos viver e praticar o amor, se faz necessário uma viva transformação interior, porque hoje como estamos não sabemos amar, o nosso ego sempre nos leva a termos uma visão e a um sentir egoísta.
E egoísmo não coaduna com os ensinamentos que Jesus O Cristo, nos trouxe. Haverá momentos no qual a luta será intensa entre o que queremos e o que precisamos fazer, mas se o nosso objetivo for viver a vida plena que o Pai nos reservou a luta valerá a pena.
E quando o tempo da parousia chegar poderemos dizer com propriedade de vida, "combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. (2Tm 4:7). Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).