O HOMEM E A VIRTUDE
Nair Lúcia de Britto
Em seu plano mais elevado, a virtude é um conjunto de qualidades essenciais que caracterizam o homem de bem. Um homem virtuoso é bom, solidário, trabalhador, moderado e modesto.
Entretanto o homem que se vangloria de suas virtudes não pode ser virtuoso porque lhe falta a virtude principal: a modéstia; que, por sua vez, é substituída pelo orgulho. A pessoa verdadeiramente virtuosa não gosta de se exibir, prefere se reservar e não pretende ser aplaudida. São Vicente de Paulo, é um exemplo de virtude.
São desconhecidos do mundo, mas conhecidos por Deus. Deixam-se levar pelas suas boas inspirações; praticam o bem, sem esperar nada em troca. Se esquecem até de si mesmos e primam pela modéstia. O homem virtuoso afasta sentimentos impuros do seu coração.
Quando pratica uma boa ação, a recompensa está na alegria que sente no bom resultado dessa mesma ação. É uma satisfação íntima, uma grande felicidade interior e não se envaidece. Os espiritualistas sabem que o homem está muito longe da perfeição. Mas esse é o caminho que todos devem buscar.
Todas as virtudes tem seu valor porque todas elas são sinais de progresso. Por exemplo, toda vez que repelimos a tentação de fazer algo errado já é uma virtude. O mais sublime da virtude é a renúncia de um interesse pessoal em benefício do bem comum.
O apego aos bens materiais distancia o homem da sua verdadeira destinação. O homem desapegado dos bens terrestres pensa no futuro de forma mais elevada.
A fortuna é uma responsabilidade destinada a alguns homens que deverão prestar contas do que fizeram com ela. Se não for bem usada, terão que responder por todo o bem que não fizeram; e por todas as lágrimas que poderiam ter secado.
Todos têm uma missão a cumprir na Terra, grande ou pequena. Não importa; porque para Deus as distinções sociais não existem. O importante é que toda missão deve estar sempre voltada para o bem. Quem não respeitar esse princípio fundamental terá falhado!
"Inspirado por seu amor a Deus, e aos pobres, São Vicente de Paulo foi o criador de muitas obras de amor e caridade. Muitos acham que sua maior virtude foi a caridade, mas a humildade suplantava essa virtude.”
Texto baseado no Evangelho e no Livro dos Espíritos do cientista Allan Kardec.