Paciência e forma de perseverança.

Paciência que se alimenta no amor.

Irmãos, tomei por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor. Eis que temos, por felizes, os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo.(Tgo5:10-11).

Tiago aqui exorta os da época a terem forças e a resistirem às pressões que sofriam no mundo da época. Nos dias de hoje sofremos as mesmas pressões, mesmo que de modos ou maneiras diferentes o mundo ainda nos pressiona, a desistirmos de nossa fé.

Tiago lembra a seus leitores que os profetas e os homens de Deus nunca poderiam ter feito sua obra e dar seu testemunho se não tivessem padecido resistentemente. Lembra-lhes que o próprio Jesus havia dito: Aquele, porém, que perseverará até o fim, esse será salvo. (Mat 24:13).

E em seguida ele cita a experiência de Jó, Geralmente falamos da paciência de Jó. E quando pensamos nisso achamos que a paciência para ele é algo inativo, passivo. Há um sentido no qual Jó foi qualquer coisa menos passivo ou inativo. (Jó 13:15;16:29;19:25). Ou seja, Jó reclamou, questionou e respondeu aquele que estavam a sua volta, mas jamais perdeu a fé no Senhor.

A palavra que Tiago usa relacionado a Jó no grego é a mesma que Jesus usa ( Mat 24:13): “υπομονη hupomone”, não está ligada à calma como é comum vermos relacionadas. Ela está ligada à resistência, à firmeza de propósito e à fé que persevera até o final.

É a firmeza de um espírito valoroso que pode enfrentar as ondas da dúvida, a desdita e o desastre e, passando por tudo, mantém firme a sua fé tornando-a ainda mais robusta. Até pode haver uma fé que nunca em sua vida se queixou e jamais esbravejou.

Mas a fé que se faz maior é aquela que, torturada pelas interrogações do ego, que desafiada pela descrença de outrem, ou ainda desafiada pelos nossos medos e desejos interiores sobrevive. Essa foi a fé mantida por Jó que em meio de circunstâncias espantosas alcançou a outra margem do mar das aflições e fez nova a virada da vida dele:

O Senhor abençoou o final da vida de Jó mais do que no início. Ele teve catorze mil ovelhas, seis mil Camelos, mil juntas de boi e mil jumentos. (Jó 42:12).

O que aprendemos aqui é que haverá momentos na vida em que pensaremos que Deus nos esqueceu. Haverá momentos, no qual esbravejaremos de muitas coisas, mas há algo no qual jamais devemos pôr em dúvida: o amor de Cristo Jesus.

Pois foi esse amor que na obra da cruz trouxe-nos a plenitude da vida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars)

Molivars
Enviado por Molivars em 07/07/2023
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