ESTAMOS NO REINO ETERNO 1
É sabido que as doutrinas são pouco ou nem são pregadas hoje em dia nas nossas igrejas, o que é uma pena, pois elas nos ensinam muito. Uma doutrina muito importante, e também negligenciada é a doutrina da eternidade.
O cristão, ao aceitar a Jesus, é inserido automaticamente no Reino de Deus, que é o governo de Deus. No Reino temos toda sorte de bençãos. Porém ao falar de eternidade, alguns pregadores só focam em que Deus é eterno e a discussão sobre eternidade fica restrita a dizer uma dos atributos de Deus, que Deus é eterno. "Mas, tu, ó Eterno, estás entronizado para sempre e serás lembrado, de geração em geração." Salmos 102.12
Porém o crente ao aceitar a Jesus entra na vida eterna. ""Eu asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida." João 5:24 Ao aceitar a Jesus a eternidade começou em nós. "Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez."
Eclesiastes 3:11
Cronos é o tempo do homem, o tempo humano, a contagem das horas, o passado, o presente e o futuro. Kairós é o tempo de Deus, propicio a Ele nos abençoar. Kairós é o tempo da benção na eternidade. Estamos no Cronos e o Kairós acontece quando temos um profundo desejo, expresso em nossas orações, de que Deus faça algo de que precisamos muito. Quando o nosso coração, que está no Cronos, no tempo humano, e nossas orações, estiverem cheios daquele bom desejo, Deus manifesta então o Kairós e a benção acontece. Neemias oroou e jejuou, até que lhe viesse uma oração. Nee 1.Nós buscamos, nos apropriamos da benção, pela palavra, pela oração, pelo jejum, pela revelação, insistindo em oração e profecias, até que a benção aconteça. Quando o meu desejo for forte o suficiente para mover Deus, então Ele vem e abençoa. É necessário saber o que se pede, saber pedir o que se pede, se apropriar dos versículos, da palavra que nos garantem a benção, nos encher da palavra, da fé e da oração que faz acontecer e quando estivermos cheios da vontade de receber a benção, ela então se manifesta. Na verdade ela sempre esteve ali, mas muitas vezes precisa ser impulsionada por alguma coisa, como a suposta perda da benção, para que ela venha e se manifeste. Só quando os filhos da viuva estavam em perigo de servirem como escravos, é que a viuva foi até o profeta, que revelou como ela iria conseguir o milagre do azeite derramado.
Não poucas vezes os pregadores se mostram incoerentes, des-ensinando o que eles mesmo tentam ensinar ao seu publico. Nós ao aceitar a Jesus entramos imediatamente o Reino de Deus, mas ouvimos tanto que as bençãos vão acontecer quando Jesus voltar, que alguns chegam a nem buscar benção alguma nessa terra. Um exemplo é a má interpretação de Atos 2, que lembramos que é um livro histórico e não de doutrina, que ensina sobre a capacitação da igreja, como um todo, a cumprir o IDE de Jesus e propagar a palavra de Deus em todo o mundo. Mesmo que a Bíblia seja clara a respeito de que o que Joel profetizou foi a vinda do Espírito, nos ultimos tempos, sendo o sinal inequívoco de que os ultimos tempos haviam chegado, que a escatologia havia chegado, a escatologia estava inaugurada, e que o sinal era o Espírito Santo entre nós, alguns querem dizer que o sinal é falar em línguas incompreensíveis.
"Com letras sobre pedras foi gravado o ministério que trouxe a morte; no entanto, esse ministério veio com tamanha glória que os filhos de Israel não conseguiam sequer fixar os olhos na face de Moisés, por causa do resplendor do seu rosto, mesmo que esse brilho estivesse se desvanecendo. Não será o ministério do Espírito muito mais glorioso?" 2 Coríntios 3.7-8.
Primeiro que as línguas eram do tipo de tradução para outros povos e não as línguas incompreensíveis que querem nos fazer acreditar. Até essas não passam pelo crivo da Bíblia, pois Paulo ensinou que só podiam falar em línguas dois ou três por culto e ainda assim, se houvesse interpretação. 1 Coríntios 14.
Nós, ao aceitar a Jesus fomos batizados no Espírito. Ser batizado significa que entramos no Espírito, que fazemos parte do Espírito, que estamos no Reino de Deus. Somos batizados em Cristo, o que significa que estou posicionalmente onde Ele está.
"Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo." Gálatas 3:27
Para que possamos compreender corretamente o que significa ser batizado em Cristo, Paulo acrescenta que ser batizado em Cristo é sinônimo de ser revestido de Cristo, ou ser vestido com uma outra roupa, ou ser colocada uma roupa por cima da nossa roupa. Falando de uma forma mais direta, nós fomos vestidos de Cristo. A nossa roupa espiritual, de certa maneira é o próprio Cristo, ou os significados de estar em Cristo, o que isso comporta, como nos movemos em Cristo.
"Pois todos fomos batizados por um só Espírito." 1 Coríntios 12.13
Doutrinalmente é muito falho dizer que fomos batizados individualmente em Atos 2. É uma má interpretação. Individualmente nós entramos em Cristo, nos revestimos de Cristo, somos chamados a servi-lo, quando fomos batizados pelo Espírito Santo em 1 Coríntios 12.13, passando a fazer parte do corpo de Cristo, que é a igreja. Doutrinalmente fomos batizados em 1 Coríntios 12.13, fazendo parte agora da igreja, e esse é o momento em que fui adentrado ao Reino de Deus. Não necessariamente teve que haver um movimento externo, ou visivel, na conversão, para que o crente virasse igreja. Um pastor nos expôs que a sua avó era cristã de uma igreja Batista e o levava desde pequeno aos cultos, mas que um dia, lá pelos seus vinte anos, ele acordou convertido. Ele sentiu que a partir dali ele entrou no Reino e agora ele era partedo Reino de Deus. O pastor demorou uma vida a se converter, um dia ele sentiu que estava no Reino e fazia parte do Reino. O patente é que agora ele sentia o Espírito Santo fluindo através dele.
É um erro, até mesmo de leitura, dizer que falar em línguas é o sinal de que sou batizado no Espírito. Atos 2 foi o batismo para serviço, da igreja, como um todo. Onde os dons de poder e os dons de ministério foram derramados, ou dados à igreja. A partir de Atos 2 a igreja poderia operar nos dons. A manifestação do dom de linguas como tradução para outros povos, ocorreu pela necessidade imediata que o momento exigia. Além de que é didático que os dons são para ajudar a evangelizar. Os dons chamam a atençãoda palavra. os donssão complemento da palavra, que esta sim, deve ser propagada com todas as letras.
Quem me lê, precisa obrigatoriamente passar por esse entendimento, senão o restante do estudo vai ficar inelegível, incompreensível. Uma parcela de cristãos restringiu o ministério do Espírito santo a apenas Ele fazer as pessoas falar em línguas e pior, sem interpretação. Muitas "línguas" que vemos nas igrejas hoje, são claramente pura emoção e não podemos dizer que todas as línguas são manifestação do dom verdadeiro de línguas. Segundo 1 Coríntios 14, as línguas são a fala do Espírito de Deus, falando, interagindo com o espírito humano, que agora está recebendo, ouvindo revelações no seu espírito. Porém se não houver interpretação, o dom de línguas é inutil.
1 Coríntios 14
1 Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.
Fica claro aqui que o dom de profetizar, ou falar inspirado por Deus é o maior dom, entre os dons. Procurem com zelo, com vontade de achar, com afinco, com dedicação os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar, falar inspriado por Deus.
É interessante que vivemos num tempo, onde alguns teólogos, ou pregadores, querendo firmar o seu ponto de vista, vai até mesmo contra a Bíblia. Dizem que o dom de profecia não existe mais, o que discordamos insistentemente, quando compreendemos que profetizar nada mais é do que falar inspirado por Deus. Não temos mais profetas nacionais, como Elias ou Samuel - o que também não impede Deus de levantar algum -, mas emos nos nosso pulpítos milhares de profetas diariamente profetizando, ou flando inspirado por Deus. Nenhuma pregação deveria ser sem a revelação da palavra, ou a inspiração divina. Palavra sem inspiração, sem revelação, sem profecia é uma palavra natural, seca, sem vida e não vai causar mudança alguma no ouvinte. Muitos pregadores se contentam em pregarem sem o Espírito, sem a revelação, sem a inspiração bíblica. O pregador, chamado a pregar, deve orar e orar até que suba em seu coração o que pregar. Sabendo o que pregar, deve agora estudar a palavra para entregar o melhor aos irmãos.
2 Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.
A grande obra do Espírito em nós é nos reconectar com Deus novamente. O Espírito Santo fala com o nosso espírito e não como o nosso corpo, ou com a nossa mente, que é a nossa alma, que é o nosso coração. O Espírito Santo fala com o mais profundo de nós, o nosso espírito humano. Na oração em línguas a pessoa está recebendo revelações de Deus. Deus está fazendo ele orar como Deus quer receber essa oração. A oração em línguas é um momento espiritual, onde a pessoa está diretamente ouvindo o Espírito Santo falar através dela e com ela. Mas não poucas vezes conhecemos cristãos que falam em línguas e são carnais. Ele tem o mais profundo da revelação, que é Deus falando diretamente com ele, mas como asua mente não compreende o que se diz, ele tem como se nada foi dito. Quem ora em línguas, deve buscar a interpretação, primeiro de forma pessoal, em casa Deus está falando com ele, em geral, sobre coisas dele, sobre ele e sua familia. O dom de línguas na igreja é para a igreja, como um conjunto. O dom deve empurrar a igreja para frente, fazê-la caminhar, dar outro passo, subir de nível. Mas a igreja, se não tiver a interpretação do que foi orado, não sabe o que Deus quer fazer. Quem tem o dom de línguas deve buscar insistentemente o dom da revelação dessas línguas.
3 Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação.
Esse é o sentido de profetizar, ou falar inspirado por Deus: falar, pregar, ou ensinar, para edificação, para conversão dos irmãos e de si próprio, com exortação, que é uma palavra mais forte de correção e consolação, que é uma palavra de esperança, de fé. Quem profetiza, deve profetizar aos homens. Falamos inspirados por Deus ao nosso próximo, o irmão ou a irmã da igreja. Profetizar é pregar a palavra inspirado, o que não é o mesmo de muitos que estão usando os versículos bíblicos para trazer auto-ajuda na igreja, o que não é de maneira alguma a explicação da Bíblia. Profetizar é falar, pregar, ensinar, na revelação, na inspiração, a palavra. Pregação que não explica a Bíblia não é pregação. Contar testemunho pessoal não é pregação. Cantar na hora da palavra não é pregar, é cantar. A musica na igreja não é a mesma coisa que a palavra, o sentido e os objetivos são diferentes. A musica na igreja é para nos inspirar e entrar mais no Reio de Deus, portanto não cabe hinos que glorificam o homem, que resolvem as questões do homem, que falam do homem. Ouvimos nesses tempos muitos hinos que não nos levam a Deus. Hinos que não tem o poder de no elevar a Deus. Aliás o contrário é que está acontecendo. Temos hoje em dia uma quantidade enorme de hinos sofrência, nos cultos. Alguns hinos são uma desgraceira só, e só falam de tristeza, de destruição, de coisas ruins. Disfarçados de espiritualidade, muitos hinos deveriam ser proibidos imediatamente em nossas igrejas. Por definição um hino religioso deve falar de sua divindade. Os hinos cristãos deveriam falar exclusivamente de Deus e jamais do homem. Os hinos devem ser divinos, e não antropocentricos.
Nossa palavra pregada na igreja deve sempre formar cristãos, converter cristãos, fazer díscipulos. Fico impressionado com as igrejas que não crescem. Ou crescem errado. Tendo a revelação da palavra, preferem auto-ajuda, testemunhos, que competem com a palavra dada por Deus no céu. Onde o testemunho de alguém é maior do que a palavra de Deus registrada na Bíblia? Como é possível trocar a palavra por um testemunho, por mais forte que ele seja? Igrejas que não pregam a palavra, não conseguem discipular, não conseguem converter as pessoas à Cristo. Vemos igrejas com estrutura, com prédio bom, pintado, tecnologia, bem localizado, mas que está falindo, por falta de gente. O que o povo quer e precisa é da palavra de Deus, quando a igreja não alimenta o povo de Deus que vem ao culto para ouvir a palavra, o povo vai embora. Outras crescem, mas crescem errado, não focadas na palavra que converte, mas fazem o ajuntamento porque gostam dos hinos, dos almoços, ou das festividades, mas não da palavra. Esses não estão firmes em Deus de forma alguma, pois não tem e nem conhecem a palavra de Deus.
4 O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.
Quem fala em línguas, ou ora em línguas, edifica-se exclusivamente a si próprio. É o Espírito Santo falando com o seu espírito, ensinando-lhe alguma coisa, doutrinando-o, convertendo-o, se houver interpretação, senão a revelação da palavra é anulada, por não saber o que o Espírito está falando. Entretanto o que profetiza, que é falar insp´riado por Deus, aquele que orou, ou estudou a palavra e sente no seu coração em falar essa palavra para esse culto, esse edifica, deixa firme a igreja, como um todo, um grupo.
5 E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.
Paulo nos fala que a vontade dele é que todos busquem o dom e falem em línguas, mas que é mais importante profetizar do que falar em línguas, ou orar em línguas. Aqui ele deixa claro que quem profetiza, que fala inspirado por Deus, é maior do que o que ora em línguas. A não ser que também interprete, para que a ifgreja seja edificada.
6 E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?
Ensinando os coríntios Paulo nos ensina. Se eu for falar com vocês falando em línguas e não falar com vocês pela revelação, pela ciência que é buscar compreender a sabedoria bíblica, pela profecia, que é falar inspirado, ou pelo estudo da doutrina, de nada a minha fala se aproveita.
É interessante que ele nos mostra a diferença aqui entre revelação, que é ter revelado alguma coisa que você não sabia e profecia não é revelação é falar inspirado. A pregação consiste em falar revelação, inspiração, mas não exclue jamais o estudo sério da palavra.
7 Da mesma sorte, se as coisas inanimadas, que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara?
8 Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?
9 Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar.
10 Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação.
11 Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim.
12 Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja.
13 Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar.
14 Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto.
15 Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
16 De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes?
17 Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado.
Quem ora em línguas, ore para a poder interpretar.
18 Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos.
19 Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida.
20 Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento.
21 Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.
22 De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.
23 Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
24 Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
25 E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.
26 Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
...
27 E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.
29 E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.
32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
33 Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.
Num culto, que fale dois ou no máximo três em línguas, com interpretação. Ou ele interpreta, ou alguém tenha o dom da interpretação dessas línguas. Mas se não souber interpretar, ou não haja interprete, esteja calado, todos vós que oram em línguas. Fazer diferente do que a Bíblia ensina é desobediência. Por falta de ensinamento, temos visto diariamente uma balburdia nos nosso cultos, onde todos querem falar em línguas ao mesmo tempo, o que Paulo chamou de confusão. E pior, sem interpretação, o que claramente é para ficar calado. O maior momento do culto é o momento da palavra, onde deveríamos sempre ter uma palavra inspirada por Deus, ou Deus falando o que quer falar com o seu povo. Não raras vezes, entretanto, alguém empolgado, começa a falar em línguas na hora da palavra e quer profetizar na hora da palavra, o que é absurdamente errado. A palavra, o discurso, o sermão, já é inspirado, ou deveria ser. Em geral não cabe alguém levantar no meio da palavra para profetizar. Eu já vi acontecer, e a profecia tinha tudo a ver com a palavra, mas quando alguém levanta para falar alguma coisa totalmente diferente, é porque está fazendo errado.
Mas todos falam em línguas? Por quê não?
"Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente." 1 Coríntios 12:29-31
O dom de línguas é um dos dons, existem outros. O dom de línguas jamais é o sinal do ministério do Espírito Santo. O sinal escatológico do fim dos tempos é o Espírito Santo derramado em todos os corações. Uma pessoa que é batizada no Espírito é uma pessoa convertida, que sente fome de ir à igreja, de orar, de ler a palavra, de estar no ambiente cristão. Quem sente falta de ser cheio do Espírito é porque tem o Espírito. Só igreja sente falta de ir à igreja. O sinal da conversão não é falar em línguas, que como já disse, alguns emocionados acham que estão falando em línguas, sem nunca terem orado uma unica palavra em línguas. Pois se orar em línguas edifica a pessoa que ora, então se a pessoa quer ser firme em Deus deve orar mais e mais, em línguas, mas isso com interpretação, senão não adianta nada. Porém a pessoa diz que tem o dom de línguas e não é nada convertida, então desconfiasse desse dom que ela diz que tem e dela também. Muitos que estão na igreja e acham que estão convertidos, nunca foram.
Por que alguns falam em línguase outros não? Primeiro vamos corrigir aquele negócio de que batismo da igreja é falar em línguas. O batismo de Atos 2 está registrado num livro histórico e não de doutrina, de ensino. O batismo de Atos 2 foi capacitação da igreja de cumprir o IDE. Atos 2 significa que a igreja agora tem dons de poder: palavra e milagres e dons de ministério: pastor, presbítero, diácono, professor, etc. Atos 2 são dons para trabalho. 1 Coríntios 12 ser batizado no Espírito significa ter sido feito agora parte do corpo de Cristo, a igreja. Em 1 Coritnios ele inicia falando sobre os dons, e acaba falando sobre o corpo. No final do capítulo ele nos mostra um caminho mais excelente de fazer a obra que é o amor e no capítulo 14 ele nos fala qual é o melhor dom, o de profecia, que edifica a igreja.
TUDO ISSO NO REINO DA ETERNIDADE
Tudo isso acontece a partir de quando aceitamos a Jesus e somos feitos corpo de Cristo, que é gerados pelo Espírito Santo. Ao aceitar Jesus eu sou levado ao Reino de Deus, que é eterno. De certa maneira o crente não tem futuro, ele tem eternidade. Na eternidade tudo o que Deus queria para ele já está lá. Ao entrar no Reino, os dons, as bençãos, o casamento, a familia, a vida, o futuro, a prosperidade, o ministério e qualquer coisa vinda de Deus já está lá. Se aceitei a Jesus então eu entrei no Reino de Deus e se entrei no Reino de Deus eu entrei na eternidade. Eu que sou crente, você que é cristão, está no lugar da eternidade. Todos os dons estão disponíveis a você, todo ministério, todo crescimento pessoal, profissional ou ministerial, toda conversão, santidade revelação e graça estão disponíveis a nós, no Reino Eterno. Se estou no Reino, então já estou na eternidade. Mas o que isso comporta, o que isso significa, precisamos falar um pouco mais.
Amém.
Continue conosco, lendo essa série e se desubra em Deus.
Fique na paz de Cristo.