Cura e graça

Cura e graça

“E, para que não me exaltasse pela grandeza das revelações, foi me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”. (2º Coríntios 12:7-9).

Creio no poder de Deus para curar qualquer enfermidade, sejam elas físicas ou emocionais. A Bíblia nos dá essa plena garantia: “Verdadeiramente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si” (Isaias 53:4). No antigo testamento, temos inúmeras profecias acerca do Messias e da sua grandiosa obra e, no novo testamento, o pleno cumprimento dessa profecia. Coxos andaram, cegos enxergaram, surdos ouviram, mortos ressuscitaram e multidões foram libertas de tudo aquilo que as aprisionavam, somado a gloriosos testemunhos de cura e libertação. No entanto, conhecemos a história de um homem que pela grandeza das revelações que recebeu acerca do céu, teve em sua carne o que ele chamou de espinho. Espinho esse que leva muitos estudiosos, pregadores e curiosos como eu, a crer que se tratava de algum tipo de enfermidade, e que por uma razão soberana e instrutiva de Deus, não teve sua oração atendida e o espinho permaneceu lá.

Falando aos Gálatas, Paulo cita algumas coisas que me chamam muito a atenção: escreveu aquela epístola com letras grandes, (Gálatas 6:11), comum a problemas visuais, e ainda, “porque vos dou testemunho de que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis” (Gálatas 4:15). Expressões essas que me fazem acreditar que esse espinho fosse sim, uma enfermidade e mais precisamente em seus olhos. Todavia, não é sobre esse tema que eu gostaria de me deter, mas numa questão amplamente necessária para a nossa edificação espiritual. A graça de Jesus!

Vimos que Jesus Cura! Poderia citar ainda outros inúmeros versículos que provam essa maravilhosa realidade, mas vimos também o testemunho do apóstolo que não obteve a cura física, mas a maravilhosa graça e como bem disse Paulo nos é o bastante.

É essa graça que nos movimenta, que nos ergue e nos dá alegria nos vales mais sombrios da nossa existência. Nos faz cantar em meio aos açoites de nossos cruéis algozes. Graça que nos faz enxergar o que nossos olhos físicos não o podem, que nos faz andar no fogo da fornalha nos purificando e nos tornando mais fortes em nossa fé.

Se estivermos enfermos e orarmos com fé, em nada duvidando, certamente temos a nosso favor a promessa de cura. Mas ainda que, não sejamos curados, creio com toda a convicção da minha alma que não ficaremos sem resposta, e que à semelhança do apóstolo Paulo, seremos favorecidos com a graça.

Ah! Maravilhosa graça! Graça que nos faz, mesmo enfermos e com alguma limitação física, plenamente produtivos naquilo que seja a nossa missão, o nosso chamado. Por isso, finalizo com essa linda afirmação de Paulo ainda aos gálatas: “E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne; e não rejeitaste, e nem desprezaste isso que era uma tentação na minha carne, antes me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo”. (Gálatas 4:13-14).

É isso irmãos que temos de Deus: cura e graça. E se, por razões que estejam acima do nosso entendimento, a cura não vier, que possamos ouvir o senhor sussurrando em nossos corações: a minha graça te basta!

No amor de Deus

Silvana Sales

08/04/2023.

sil sales
Enviado por sil sales em 17/04/2023
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