OS COELHOS NA PÁSCOA
Nair Lúcia de Britto
Às vésperas da Páscoa é muito comum as pessoas comprarem coelhos para darem de presente, juntamente com os ovos de Páscoa, principalmente para oferecerem às crianças. O que as pessoas não atentam é que os coelhos não são bichos simples de se tratar e, muito menos, não são brinquedos para se dar nas mãos de uma criança que, inocentemente, pode maltratá-los.
São animais frágeis, muito dóceis, lindos e adoráveis, mas que com os quais é preciso muita cautela. Se forem bem cuidados por alguém responsável são animais de estimação muito carinhosos, quando percebem que estão em boas mãos e que são amados.
Cuidar da saúde de um coelho não é tarefa fácil. Quando o comprador ou quem adota um coelho, irrefletidamente, e só depois constata as necessidades e cuidados que o bichinho requer trata de abandoná-lo. Perdidos nas ruas os coelhos ficam doentes ou são judiados.
Eles não são como os cachorros que brincam com as crianças. Como são muito frágeis as crianças comumente os derrubam e eles podem quebrar a coluna ou um dente. E se não receberemm o tratamento adequado nunca mais poderão andar direito.
Vale lembrar que para tratar da saúde de um coelho é necessário um veterinário especializado em animais exóticos.
Além disso, mesmo que se coloque uma proteção nas janelas, eles roem a tela com facilidade e escapam. O número de coelhos abandonados tornou-se tão grande que um grupo de pessoas formado pela Internet foi criado em 1916, em São Paulo. O GAE – Uma-Organização-Não-Governamental (ONG) que ajuda os coelhos vítimas de maus tratos ou perdidos nas ruas.
A Páscoa representa sobretudo fraternidade. Um convite para sermos fraternos com os nossos familiares, amigos e com os demais. Essa fraternidade deve estender-se aos animais. Não só para com os coelhos, vítimas de tantos maltratos, por motivos vários, mas com todos os animais. São nossos irmãos, que caminham conosco na nossa jornada.
Fonte de Pesquisa: Globo Rural