ORAÇÕES
Orações religiosas são frases que pronunciamos com alguma intenção. Um pedido a Deus por nós ou a lembrança de uma oração de outrem. Como por exemplo, quando rezamos o PAI NOSSO, que é uma oração deixada por Jesus Cristo para que nós a rezemos. Nas orações religiosas, eu me dirijo normalmente a Deus pedindo paz de espírito, por exemplo. E quando eu rezo, na maioria das vezes, minhas frases são pedidos que se tornam orações atendidas.
Hoje, Sexta-feira Santa, me ajoelhei no momento em que a televisão mostrava encenação do sacrifício de Jesus Cristo pela Igreja Católica. Como estamos em meio à campanha da fraternidade e fome, rezei por todos os que são verdadeiramente vítimas sofridas no seio da nossa sociedade. E em meio às minhas orações me lembrei de uma pessoa muito especial, Frei Jordano.
Frei Jordano foi um franciscano, que foi meu professor no segundo grau. Se o leitor chegou a pensar que Frei Jordano viveu em meio à abundâncias, se enganou. Mas, há leitores, eu sei que logo ligam a ordem religiosa franciscana a São Francisco. E naquela época em que eu estudei no colégio franciscano, a mensalidade era barata. Mas, não estou aqui fazendo propaganda deles. Mesmo porque eu não tenho conhecimentos atualizados sobre os franciscanos. E tudo muda, ainda mais em meio a tantas crises econômicas.
Mas, rezei. E me lembrei: Frei Jordano acompanhou a história da minha família desde o tempo em que minha mãe era jovem criança. E foi ela que me contou, que a mãe dela, minha avó, em meio à dificuldades financeiras que atingiram o seu lar, ia a capela de São Francisco rezar. Frei Jordano tinha o costume da rezar na mesma capela. Passava por minha avó e depositava nas mãos dela alguns trocados. E dIzia-lhe:
- Muita fé, mostra que a senhora aprendeu as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para quem não lembra, as palavras do Cristo a que o frei se referia, eram:
- Sua Fé te salvou.
Mais tarde, eu já rapaz, andando pelas ruas da minha cidade, via o Frei Jordano, já idoso. Eu já não morava naquela cidade. Circunstâncias existenciais minhas me obrigaram a me mudar de cidade. Mas eu o via. Lá ia ele, as batinas já puídas na barra lá embaixo, mas cobrindo-lhe inteiramente o corpo. Ia e levava uma cesta básica para algum pobre em que ele confiava.
Estes exemplos de fé é que me ajudam a caminhar agora no século XXI. E que Deus nos ajude a todos, principalmente os que escrevem coisas belas.