caridade material e caridade moral

CARIDADE MATERIAL E CARIDADE MORAL

O que é a caridade?

Seria darmos esmolas, levarmos comida aos necessitados, comprarmos uma rifa beneficente?

Fazer isso nos daria a consciência tranquila do dever cumprido como cristãos?

1. A caridade, de acordo com definições de dicionários, é um sentimento ou uma ação altruísta de ajuda a alguém sem recompensa. A prática deste ato é um notável indicador de elevação moral, além de ser uma das práticas que caracterizem a essência boa do ser humano.

Este ato é uma das qualidades mais defendidas pela maioria das religiões, que definem a caridade como “amar e ajudar o próximo”. Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz que “fora da caridade não há salvação”.

Já em O Livro dos Espíritos, o codificador da doutrina espírita, diz que a caridade desinteressada é a mais admirável virtude:

893 LE- Qual a mais meritória de todas as virtudes?

Respostas : Todas as virtudes têm o seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas ti sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção. A mais meritória é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada. (Questão 893, de L.E)

A partir desta definição, como entender a caridade?

O espiritismo nos ensina que este ato pode ser exercido de vários modos, por exemplo, com apoio moral, ajuda espiritual, etc. E ainda, as ações mais simples do dia a dia (não julgar, fazer o máximo para ajudar alguém, entre outros) são grandes exemplos de caridade.

E ainda, a caridade podem ser dividida em duas: material e moral.

A material que está relacionada ao mundo físico, deve ser exercida com desprendimento e amor, ou seja, sem humilhações ou julgamentos. Porque o amor, se manifesta de acordo com o que é oferecido, ele esta ligado a atitudes que são realizadas com a real vontade de auxiliar e não com aquelas situações em que os outros doam somente para se verem livres de quem pede ou para aliviar a consciência.

Já a caridade moral, entendida por Jesus, está descrita em O Livro dos Espíritos, questão 886, como “benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das ofensas”.

Confira alguns tipos de caridade moral:

• verbal: palavras consoladoras, esclarecedoras e edificantes;

• mental: ondas mentais de prece, perdão, amor;

• gestual: aperto de mão, abraço, carinho;

• mediúnica: amparo tanto aos encarnados como aos desencarnados;

Lembre-se: É sempre possível fazer o exercício da caridade, a pessoa sempre encontra meios de fazer o bem de acordo com a evolução espírita. E a partir do momento, em que compreende que “fora da caridade não há salvação”, o Espíritos se para praticá-la em suas manifestações, eliminando assim o egoísmo e o orgulho

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- A Caridade é fazer o bem desinteressadamente (Virtude)

- Político dando cesta básica – Esta fazendo o Bem? Sim, mas não esta sendo caridoso, não esta sendo virtuoso

O bem tem que ser feito pelo ardor natural do coração, com uma emoção profunda pelo desejo do bem e não simplesmente por algum tipo de motivo de fora, por algum interesse material ou moral que estivesse envolvido

Esta é um diferença importante, quem pratica a caridade faz o bem de uma forma especial, faz o bem, como diz Kardec, com ardor natural do coração e não fazendo cálculo pensando o que vai ganhar com bem que ele realizou.

Voce pode fazer o bem de várias maneiras você pode começar a fazer o bem, por interesse e por algum tipo de cálculo, estou fazendo o bem para conquistar determinada coisa,

para me dar bem na vida,

para ganhar prestígio social.

Neste caso voce esta fazendo o bem, mas ainda não é virtuoso.

Para que você seja virtuoso e pratique a caridade, você tem que mudar a forma de fazer, tem que fazer com o coração voltado ao bem, sem fazer conta, sem ficar analisando o benefício que você poderia ganhar a partir do bem que você realizou.

Enquanto o coração não participa de forma profunda, o bem esta sendo feito, é melhor fazer o bem do que fazer o mal, mas não basta, fazer o bem é necessário mas não é o suficiente é preciso faze-lo desinteressadamente.

E a beneficência?

Na verdade quando você faz a beneficência é quando você faz o bem, por isso no espiritismo é uma grande diferença da beneficência que é fazer o bem, da benevolência que é uma das virtudes que compõe a caridade, benevolência é a vontade do bem e a beneficência é ação do bem.

Dar um exemplo para ficar mais claro.

Eu posso fazer o bem sem que meu desejo profundo esteja envolvido.

Eu fiz o bem por algum interesse, para conseguir alguma coisa, para ganhar algum prestígio social ou para conquistar alguma outra coisa, ai eu fiz o bem fui beneficiente.

Mas será que eu fui benevolente?

Será que o desejo profundo do bem estava dentro do mim?

Ou era outro interesse que me moveu que me impulsionou?

Porque eu fui impulsionado?

Pelo interesse ou pelo desejo natural do bem?

Na benevolência é o desejo que esta presente. Quem deseja o bem, quando a oportunidade se faz ele realiza o bem, mas nem sempre quem realiza o bem esta desejando o bem, ele esta desejando outras coisas.

Fica um questionamento?

Voce pode começar a treinar com a beneficência para chegar a benevolência?

Se a pessoa se abrir para isso, sim, aí esta o grande segredo da ação do bem.

Voce vai praticando, por exemplo, a pessoa vai distribuindo atendendo ao necessitado, numa distribuição de alimentos, agasalhos.

Ela pode começar a fazer isso por algum interesse: vou fazer isso porque eu vou ganhar uma assistência de lá, ou vou ser protegido de uma determinada maneira.

Ela começa as vezes com esses interesses, é assim mesmo, é importante que a pessoa comece, mas ela tem que abrir o coração para que a alegria do bem penetre seu mundo íntimo, para que o ardor em seu coração comece a ter a participação mais forte em sua vida.

Então ela vai começar com interesse e vai descobrindo que o interesse é tão pequeno e daqui a pauco ele nem mais faz o cálculo, ele nem mais pensa no que vai ganhar.

Ela sente tanta alegria, tanto prazer em fazer o bem, que o bem se torna agora natural no seu mundo interior, ai ela vira caridosa.

Antes ela era beneficiente, ela foi evoluindo para a benevolência, e este é o caminho mesmo, a gente não espera que nasçamos benevolentes.

Se já nascesse benevolente, eu estaria praticando a caridade desde que nasci, eu já seria um espírito bastante evoluído.

Nós os imperfeitos, partimos da beneficiencia para a benevolência.

Qual a diferença entre caridade e vitude?

Na verdade a Caridade é um tipo particular de virtude, para o espiritismo uma virtude mais importante porque na verdade ela é a síntese de todas as virtudes que são necessárias ao progresso moral do espírito.

Então a caridade tem na verdade a marca essencial do desinteresse: SÓ HÁ VIRTUDE SE HOUVER DESINTERESSE

A gente não pode definir a virtude pelo bem a ser feito, é muito pouco, fazer o bem é um componente da virtude mas não é o único componente, tem que acrescentar a palavrinha:

FAZER O BEM DESINTERESSADAMENTE

Vejam que a vida humana quando você esta agindo, muitas vezes nós fazemos o bem, é muito importante que a gente continue a fazer, mas para dar o salto para a virtude, você te que conquistar este ardor natural que já foi falado, que você conquista com desinteresse.

Quando você pratica a virtude mais desinteressadamente possível, você tem aquilo que Kardec chama de caridade.

É esta virtude por excelência que envolve o Amor aquilo que você tem de mais profundo, é o seu coração, que deseja o bem, sem fazer nenhum cálculo.

Vejam a questão: Imagine quando o individuo se torna verdadeiramente caridoso, nem pensa, o que vai acontecer comigo depois da morte, eu vou para um lugar bom ou ruim?

Ele não faz esta pergunta, porque se ele fizesse esta pergunta não era o ardor natural do bem que estaria presente, mais seu interesse.

Immanuel Kant ( Prussia – Estônia, Litônia Lituânia e parte da Polônia – 1724 a 1804) que é um filosofo muito importante já havia discutido a noção de interesse ele vai dizer assim?

Se o homem visse Deus permanentemente, dizia Kant, ele não seria virtuoso, porque ele só praticaria o bem, ou por medo ou por bajulação. Não haveria o ardor natural, porque ele ficaria com medo de Deus ou então ele ficaria bajulando para agradar a Deus.

Então Kant já dizia na sua época a importância do desinteresse e Kardek vai usar esta expressão no Evangelho Segundo o Espiritismo muito importante, do ardor natural do coração, você não tem como se enganar, é você mesmo que julga se você esta sendo realmente caridoso ou esta simplesmente fazendo o bem.

O julgamento é interno, ninguém de fora consegue perceber a diferença.

Se você esta fazendo o bem por algum outro interesse que esta escondido, com pensamento oculto, outra frase que Kardec usa, ou sem pensamento oculto, se é a virtude sem pensamento oculto, ai esta a caridade. Só você mesmo que vai saber responder.

Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

"Benevolência para com todos, compaixão para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas."

Caipira do Covó
Enviado por Caipira do Covó em 14/03/2023
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