Crença não é algo que a mente ou a alma possui, mas é algo que possui a mente e pode elevar ou corromper a alma.
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. (João 14:1). Este versículo dá início ao capítulo onde Jesus esclarece as dúvidas que pairavam na mente de alguns apóstolos.
O interessante aqui é que Jesus trata sobre fé enquanto pistis confiança, mas vemos que alguns apóstolos queriam ter provas vistas sobre os mistérios do Pai. E Jesus esclarece que a prova maior era os seus feitos, a sua presença e o que haveria de vir.
Em pouco tempo a escuridão da rudeza da cruz cobriria a visão dos discípulos. O Sol se poria ao meio-dia e seu mundo cairia no caos. Nesse momento, só restaria confiar em Deus com todas as forças. Como disse o salmista: “Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes.” (Salmo 27:13).
Aqui cabe um pensamento sobre a crença, pois crença não é algo que a mente e a alma possui, e sim algo que possui a mente e pode avivar ou corromper a alma.
Jesus sempre nos ensinou a nos autoconhecermos, e a pormos em pratica o amor e o respeito ao próximo. Ele nos alertou sobre a inveja, a cobiça, o ódio, o desamor o rancor e sobre tantos outros sentimentos egoístas.
Ele fez estes alertas para que nos auto-observássemos com intuito de uma transformação interior, ou seja, para que nós tomássemos cuidados para não se deixar levar por estes sentimentos.
Mas com o decorrer do tempo, muitos de nós e muitas lideranças começaram a pregar e a ensinar a julgarmos nos outros tais sentimentos. Mas Jesus ensinou que a maldade provém do coração do ser humano. (Mar 7:21; Mat 15:9).
E que é para o nosso sentir que devemos direcionar a vigilância, e orar para que o Espirito Santo nos ajude na transformação para um sentir mais e melhor.
E, é por isso que devemos urgentemente parar de culpar o mundo ou entidades pelo mal que fazemos, e assumir a responsabilidade sobre nossos atos. Pois somente agindo assim é que advirá o arrependimento (Metanoia), e o vivo desejo de transformação.
E direcionar a nossa crença para os ensinamentos de Cristo, e para a sua viva promessa de vida. E jamais deixar que o nosso coração fique perturbado ou poluído por sentimentos que nos leva a destruição.
E quem ensinar que devemos nos afastar de pessoas supostamente invejosas ou com qualquer dos sentimentos acima relacionados, este estará ensinando uma doutrina anticristã. Pois o Espírito Santo é um Espírito de união e não de preconceito ou de prejulgamento.
Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações. Pois tudo é puro para o puro e; bem-aventurados são os limpos de coração, porque eles verão a Deus; (Mat 5:8)
(Molivars).