A obra do amor na cruz quitou as nossas dívidas espirituais.

Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. (Col 2:14). Este versículo faz parte da passagem onde Paulo descreve um pouco da importância da obra da Cruz, feita por Jesus o Cristo.

Aqui trataremos da dívida assumida por nós, Paulo usa a palavra do grego, cheirographon, (χειρογραφον), ela tem o significado de: Um manuscrito, que alguém escreveu por sua própria mão, ou seja, a nossa história que escrevemos a cada dia e a cada momento. Onde as nossas atitudes e reações geram um futuro para nós.

Também tem a conotação de uma nota manuscrita na qual alguém reconhece que recebeu dinheiro como depositário ou por empréstimo, e que será devolvido no tempo determinado, ou seja, das dividas que assumimos, mas aqui se diz de uma dívida espiritual da qual o valor monetário é a vida de nossa alma.

Em qualquer um dos significados vemos que nós seres humanos comprometemos o nosso capital de vida, seja a vida nefesh, soma ou bios que é a vida física, e ainda pior a vida de nossa Ruach ou pneuma a vida espiritual.

O Pai nos deu a vida por inteiro, ou seja, em todos os níveis, mas nós com a desobediência alimentada pela ganância e pelo egoísmos, a desperdiçamos. Ou seja, nós trocamos eternidade na qualidade da vida de Deus, pela efemeridade na qualidade do que morre, e destrói as vidas.

Jesus O Cristo na obra da cruz, nos deixou ensinamentos e o caminho que nos levará a recobrar a imagem e semelhança com o Pai. Um caminho que contribui com vidas gerando vidas na qualidade do amor.

Mas nós na maioria das vezes nos aliamos a entidades que roubam vidas para nutrir o seu próprio egoísmo. E o triste que na maioria das vezes o fazemos de dentro de uma igreja ou templo.

O tempo urge e precisamos nos autoconhecer para que possamos nos arrependermos e buscarmos a viva transformação aos moldes do amor de Cristo Jesus.

Quando decidimos trilhar o caminho que Jesus nos ensinou, não é que entraremos nos mais fáceis dos caminhos, mas toda a nossa historia muda de rumo, e as nossas promissórias espirituais são quitadas por Cristo.

Cabe a cada um decidir, caminhar na vida para vida negando o si mesmo ou na morte para a morte no egoísmo. Sempre tendo o amor de Cristo Jesus como árbitro de nossos corações.

(Molivars).