O Vigiai está ligado a uma auto-observação, e não a acontecimentos exteriores.
Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir. (Mat 25:13). Este versículo faz parte do quinto sermão de Jesus que é narrado no Evangelho segundo Mateus. E ele trata do dia do juízo e do que antecede a ele.
A parábola na qual este é o versículo final (Ler, Mat 25:1-13), fala sobre as convidadas para um casamento. Esta narrativa soa um pouco estranha para nós aqui do ocidente, porque para nós a festa de um casamento finda no dia com hora marcada.
Mas para o povo daquela época o noivo vinha sem hora marcada e isso poderia demorar dias. E durante os dias os noivos eram tratados como príncipes e princesas. Ou seja, os convidados escolhidos para este período eram pessoas especiais, os quais deveriam estar prontos para chegada do noivo.
Quando estudamos a história vemos que o povo israelita recebeu a promessa de um messias que viria guiá-los e salvá-los. Então eles deviam estar preparados para vinda do messias, mas isso não aconteceu, e eles o rejeitaram.
E a preparação que deveriam ter em mente, era o que lhes tinha ensinado a Torah e os profetas, ensinamentos que estavam ligados com o seu interior, ou seja, com o seu modo de agir e pensar para com as vidas e para com o próximo, no que diz respeito ao amor e a misericórdia quero.
Mas como vemos isso não ocorreu, a ponto de serem chamado de hipócritas, e de sepulcro caiado. (Mar 7:6; Mat 23:27; 23:15). E hoje milhares de anos depois, nós incorremos no mesmo erro.
Muitos de nós confundimos salvação com santificação, a salvação é dom gratuito e é de Deus, mas a entrada no reino deve advir da santificação. E não é uma santificação de monastérios ou de desprezo a vida.
A santificação esta ligada, a limpeza do nosso interior, ou seja, transformação da desobediência, do desamor e do egoísmo advindos do pecado primevo, para um interior que entende que servir sempre se é o melhor a fazer. Uma transformação aos molde do amor que Jesus nos ensinou, para que recobremos a imagem e semelhança com o Pai.
E aqui entra o real vigiar, Jesus nos ordenou várias vezes par que sejamos vigilantes, e na maioria das vezes este vigiar está ligado, a uma auto-observação, um vigiar do nosso interior.
Mas comumente vemos crentes se ocupando com os acontecimentos externos, como quem quer adivinhar a volta do Cristo, mas se faz triste saber que se morrermos neste momento seremos julgados pelo que somos interiormente.
O tempo urge, e a viva transformação se faz necessária muito mais do que religiosismo de frases prontas e cheio de preconceitos. Que cada um se autoavalie e tome sua decisão. Sempre tendo o amor de Cristo Jesus como árbitro de seus corações.
(Molivars).