Como o homem pode evoluir para o fortalecimento da Egrégora

Verdadeiramente o homem veio ao mundo para o transformar. Não ficou apenas limitado a ser o animal espectador do que poderia ser. Ele tomou para si o controle de suas ações, de sua vida e definiu seu caminho para alcançar o que lhe foi dado de presente pela mão do criador, o mundo. O homem saiu das cavernas, desenvolveu suas ferramentas, sua linguagem e sua escrita e em vez de ficar dependente da natureza, a dominou. Construiu para si a vida que desejou. Neste pensamento particular, ele projetou sua imensa habilidade em tudo que quis para si e iniciou sua jornada para todas as partes do planeta. É um animal diferenciado em relação a todas espécies de animais que o criador colocou na Orbe terrestre. Não é apenas um espectador, mas se tornou o principal ator nesta relação de existência.

Cada ser humano é um mundo a parte e vislumbra diferentes posições, argumentos e visões de sua existência em relação a seus pares e mesmo dentro de uma mesma família, cada um tem a sua percepção diferenciada da existência em relação a qualquer tema proposto. Não existem dois seres humanos que possam concordar exatamente com alguma situação proposta. Esta é uma característica do homem, sua visão particular sobre tudo que o cerca. Muitos poderão dizer, que ao chegar ao consenso sobre uma situação particular, estaria o homem em consonância com seus pares, mas o que de fato acontece, é que mesmo tendo uma visão diferenciada nesta questão particular, ainda assim, a aprova, para solucionar a contenda e evitar que haja o agravamento da situação, mas no seu interior, mantém vívida a crítica a qual evitou discorrer. É um paradoxo.

O que procura o homem ao longo de sua existência ? Recursos suficientes para manter sua estabilidade econômica ?, o que em outros tempos, seria poder subsistir, ter o alimento e outros bens, a sua disposição? Ou nestes tempos modernos, buscar a tão sonhada Felicidade ? Na realidade, o homem é um eterno insatisfeito e como dito por Roberto José Farias de Gusmão, "O ser humano é um eterno insatisfeito, sofre demais pelo pouco que lhe falta e alegra-se pouco pelo muito que têm. Reclama de quão penosa é a superação dos obstáculos em sua existência, todavia raramente se dá conta de que ao subir os degraus da escada da vida, também é agraciado por amizades, amores, aprendizados, experiências e oportunidades. Mas infelizmente, preocupa-se demasiadamente com as provações em sua jornada existencial, deixando de apreciar a beleza da paisagem e as flores encontradas pelo caminho."

Esta colocação realizada por Gusmão parece definir com grande brilhantismo a insatisfação do homem frente a tudo que a natureza lhe proporciona, tudo que a vida lhe dá e lhe retorna e desta maneira, a tão sonhada felicidade, mesmo que esteja a sua frente, parece um objetivo que nunca será alcançado, isto, pela sua própria incapacidade e inabilidade de poder estar em paz consigo mesmo, com os outros e com o mundo que lhe cerca e retorna novamente a condição de estar sozinho na sua batalha diária de se aceitar como parte de um contexto maior. É uma dificuldade muito grande em poder sair de seu casulo interior e externar sua percepção de mundo, e desta forma, puderem compartilhar com outros, sua visão, seus desejos, seus anseios, suas decepções, suas alegrias. Esta preso em sua própria percepção de mundo, restringindo sua evolução e a evolução da egrégora que lhe cerca. Mantém seu interior em estado bruto e não trabalha para poder se transformar em pedra polida e desta forma também poder dar o exemplo para que outros homens possam evoluir e formar uma egrégora uniforme na sociedade humana.

Como fazer com que o homem possa evoluir em sua própria existência ? Polir seu interior e mudar sua percebção sobre o mundo que lhe cerca ? E desta forma, ser o exemplo a ser seguido por outros homens para que todos possam evoluir e criar uma única egrégora, onde todos possam estar em paz consigo mesmos e com todos ? O mundo seria diferente ?

Difícil responder. A insatisfação do homem está nos levando a ruína e mesmo que tenha um peso amarrado em sua perna dentro de um rio, é incapaz de pedir ajuda para poder se salvar. É capaz de afundar e ainda por cima, levar outros consigo para as profundezas. Não pensa de forma a criar uma existência melhor para si e para os outros.

O polimento do interior de um homem é uma tarefa penosa e quase que impossível de ser realizada por outros homens. Ele deve evoluir por si próprio e fazer uma auto crítica de suas ações.

É uma tarefa árdua e complicada, pois enseja que o homem reconheça que suas ações, seus atos e suas escolhas muitas vezes estão erradas e podem causar danos terríveis a tudo que lhe cerca.

Mesmo que esta tarefa seja penosa e árdua, pode o homem evoluir e atingir uma evolução nas próximas décadas e desta maneira, toda a egrégora estará evoluindo também e os levar a um padrão de consciência coletiva onde a humanidade possa finalmente se encontrar e encontrar a tão sonhada felicidade.