CANSAÇO E SAUDADES!

 

Estou cansado desse nosso tempo, e sinto saudades daquele outro em que se podia ouvir mensagens bíblicas substanciosas nos programas de TVs sem triunfalismos exacerbados, decretismos e reivindicações embasadas no egocentrismo do orante.

 

Estou cansado de nosso tempo, e sinto saudades daquelas orações simples e poderosas dos servos do Senhor que suplicavam, pediam, solicitavam os favores de Deus, sem exigências e imposições ao Sagrado. Hoje, contemplamos o retorno de relíquias sagradas como forma de cultuar o Pai. Lamentável!

 

Estou cansado desse nosso tempo cristianizado, e tenho  Saudades  daquele outro tempo, quando o cristianismo era apenas o cristianismo do Cristo ressuscitado; hoje temos uma mistura de práticas esotéricas e espiritualistas das mais diferentes religiões; de judaísmo, espiritismo, até hinduísmo e outros ismos. E o pior! É que o  povo não faz distinção! 

 

Estou cansando desse tempo de estrelismo e pop star evangélicos que mercantilizam o evangelho, de templos pintados de cores pretas, e jogos de luzes, que mais parecem, boate. De lideres stand up e couch com suas oratórios tergiversantes e vidas vazias... E sinto saudades! Saudades daquela humildade de muitos servos de Deus. Essa qualidade está a cada dia desvanecendo-se dos púlpitos. “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”. Fp 2.3. Será que realmente fazemos isso?

 

Estou cansado de tanta baboseira em nome de Deus, certamente, Ele ainda está a dizer: "esse povo me honra apenas com os lábios mas, o coração, está longe de mim". Cansado de sermões cheios de falácias e eufemismos. De charlatões e seus títulos inventados. De suas ganas pelo dinheiro alheio, e sinto saudades. Saudades daqueles templos sacros, com bancos de madeira envernizadas. Do som do piano chorando notas de música escritas a mais de cem  anos passados. Hinos, hinos do cantor cristão, harpa cristã. De escolas bíblicas, com sermões expositivos e substanciais onde a família se reunia de mãos dadas e a ouvir com lágrimas. Daquele espírito de paz, comunhão e amor; de arrependimento. Ah! Quanta saudade, e quanto cansaço eu tenho desse tempo de agora.