Quem é o Autor da Carta aos Hebreus? Um Estudo Bibliográfico

OLIVEIRA, Aguinaldo Cabral. Quem é o Autor da Carta aos Hebreus? Santos, SP. Material não publicado, 2023. 10 p.

Aguinaldo Cabral

aguinaldo-cabral@hotmail.com

O presente texto é totalmente bibliográfico, ou seja, é elaborado mediante as considerações de alguns estudiosos e visa demonstrar as diversas possibilidades de nomes que giram em torno do provável autor da epístola aos Hebreus, bem como deixar expressa a nossa opinião quanto a autoria da carta sem, contudo, julgar que o assunto esteja encerrado. No entanto, até que este autor seja convencido do contrário, o julgamento pessoal permanece.

A epístola aos Hebreus foi originalmente escrita anonimamente por volta do ano 70 d.C [1] , após a destruição de Israel como nação e sistema religioso [2]. Possivelmente a carta foi escrita para uma comunidade de cristãos com ascendência judaica de Roma (13:24) [3], considerando as evidências internas e ela ter sido citada por Clemente de Roma em 95 d.C. [4]

A carta tem como tema central a supremacia sacerdotal de Jesus Cristo como o sacrifício totalmente suficiente pelos pecados da humanidade [5] (2:17-18; 4:14-16; 7:21-28; 13:8-15) fazendo um contraste com o sistema sacerdotal araônico e todo ou qualquer personagem da religião judaica apontados no Antigo Testamento, os quais não resolviam o real problema do pecado, mas apenas envolvia um sacrifício cerimonial de animais para uma pureza externa (9:13-14) [6].

Parte significativa dos estudiosos consultados concorda que não há muitos documentos da época que possam fornecer pistas quanto ao autor da carta. Uma das evidências internas indicam que o estilo do final da carta (13:22-25) é escrito de forma semelhante às cartas paulinas. Vê-se que no cap. 13 e vs. 23, Timóteo, discípulo de Paulo, é mencionado. Considerando o que foi mencionado no texto bíblico, pode-se tomar como indícios de que o autor, supostamente, possa ser o apóstolo Paulo. No entanto, segundo os estudiosos, embora os aspectos linguísticos e teológicos entre as epístolas paulinas e aos Hebreus sejam semelhantes, o autor da presente carta provavelmente NÃO seja Paulo [7]. Um fator que corrobora para essa conclusão é que o autor apresenta sua própria posição teológica, fortemente influenciada pelo pensamento judaico-helenista (grega).

Carlos Osvaldo na sua obra “Foco e Desenvolvimento no Novo Testamento” principia a sua análise quanto a autoria da epístola aos Hebreus dizendo que continua sendo o segredo mais bem guardando quando nos aprofundamos nos estudos do Novo Testamento [8].

Realmente, quando se começa a examinar os diversos autores e estudiosos especialistas sobre o assunto, vê-se que não há unanimidade sobre o escritor da referida carta, mas todos concordam que ela é de suma importância para o entendimento da superioridade de Cristo sobre os anjos (Hb 1:4, 5), sobre Moisés (Hb 3:3), sobre o serviço sacerdotal da antiga aliança e os seus ritos (Hb 4:14-16; 5:1-10) e, também, para revelar a Sua divindade (Hb 1:2, 3, 6, 8, 9, 11, 12; 13:8).

Apontar, com total certeza, o autor da carta aos Hebreus não é uma tarefa fácil. Os possíveis autores serão abaixo apresentados conforme pesquisas realizadas. No entanto, é de grande valor reproduzir a pergunta e a afirmação feita por Orígenes e que foi citada por Eusébio de Cesaréia (2000, p. 314): “Entretanto, quem escreveu a carta? Deus o sabe. ” [9].

Na pesquisa que realizamos foi possível verificar que os autores mais prováveis são Paulo, Barnabé, Lucas e Apolo. Outros arrolados ( os quais apontaremos mais adiante), no entanto não têm robustez quanto aqueles.

No livro terceiro de sua obra, História Eclesiástica, Eusébio de Cesaréia [10] relata que a carta aos Hebreus é rejeitada por alguns e que não é bem recebida pela Igreja de Roma, pois não é de autoria de Paulo. De fato, conforme apontado por Gundry [11], a porção ocidental da igreja questionava a autoria paulina da carta, o que levou a excluí-la, a princípio, do cânon neotestamentário, pois a mesma é apresentada de forma anônima e com um grego melhor e mais clássico, diferente do estilo direto de Paulo.

Carson, Moo e Morris [12] comentam que a resistência quanto à autoria paulina na igreja ocidental perdurou até a última metade do século IV e que no Cânon Muratoriano, tanto Irineu quanto Hipólito de Roma não sustentam a autoria de Paulo para a referida carta.

Mesmo com o apoio de peso de Jerônimo e de Agostinho em favor da autoria de S. Paulo, os diversos sínodos do ocidente mantiveram, de princípio, a separação entre Hebreus e as reconhecidas cartas do Apóstolo. Somente no Sexto Sínodo de Cartago (419 d. C.) a autoria paulina de Hebreus é reconhecida no ocidente, mas com ressalvas por alguns comentaristas [13].

Em sua obra, “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo”, ao escrever sobre a epístola Champlin faz uma extensa observação com argumentos bem fundamentados contra a autoria paulina à carta aos Hebreus. Ele diz que o legalismo apresentado por Paulo em suas epístolas é conflitante com a justificação pela fé em Hebreus e que “Paulo apresenta a lei como um justificador hipotético, mas que fracassa devido à fraqueza humana. ” [14].

Champlin [15] diz que possivelmente a carta pode ter sido composta em Alexandria dado o fato da sua forte influência neoplatônica, o que é corroborado por Carson, Moo e Morris [16], que destacam que, presumivelmente, o autor era um judeu helenista convertido ao cristianismo, pertencente a segunda geração de cristãos (Hb 2:3), que recebeu uma boa educação, considerando o excelente vocabulário e o grego requintado, e a profunda utilização da Septuaginta nas suas citações do Antigo Testamento [17].

Nos relatos sobre as viagens missionárias de Paulo não se vê qualquer passagem dele por Alexandria e entende-se que, conforme a descrição bíblica (At 21:39), o Apóstolo era um judeu natural de Tarso, uma importante cidade pertencente a Cilícia, mas que também era um grande centro cultural, religioso e filosófico da época, tanto que antes de Paulo, era conhecida como a Atenas do Mediterrâneo oriental e, por ser uma cidade universitária, era sede de formação da filosofia estoica [18].

Champlin não descarta algumas similaridades [19] importantes entre o texto de Hebreus e as obras de Paulo como a pré-encarnação de Jesus Cristo, a sua verdadeira humanidade, a sua divindade e a sua participação na criação de todas as coisas. A sua morte expiatória como sua principal missão, tornando possível a salvação para o homem perdido, revelando uma melhor aliança para que se pudesse alcançar a Jerusalém celestial.

Em uma outra abordagem, num período não tão remoto, ao tempo da reforma protestante, Champlin (1995) cita que o concílio de Trento (1546), bem como a maioria dos reformadores, dadas algumas reservas, manifestou-se favorável à canonicidade e a aceitação da epístola como sendo de Paulo. “Erasmo de Roterdã expressou as suas dúvidas a respeito de sua autoria e canonicidade. ”, Lutero não entendia a epístola como apostólica e nem a sua autenticidade. Já, Calvino a apontava como canônica, mas não paulina [20].

Não obstante, Eusébio [21], mencionando Clemente de Roma, deixa claro que a carta foi muito utilizada por este, repetindo vários de seus conceitos e que, talvez, devido a isso a missiva fora considerada como que escrita pelo Apóstolo Paulo.

Tem-se ainda, Clemente de Alexandria, conforme abordado por Eusébio [22], que pondera ser de Paulo a epístola aos Hebreus e que teria sido escrita para os hebreus em hebraico e, posteriormente, Lucas teria traduzido e divulgado entre os gregos. Clemente (o alexandrino) estimava que a tradução de Hebreus e de Atos se assemelhavam.

Vê-se que a primeira vez que a carta foi proposta como sendo de Paulo foi, possivelmente, na obra de São Pantaeno, antecessor de Clemente de Alexandria, mas que, contudo, não tinha muita segurança quanto ao que asseverava [23].

Orígenes, conforme transcreve Eusébio [24], discorre o seguinte:

“O estilo da epístola intitulada aos Hebreus carece da marca de simplicidade de composição do Apóstolo, que confessa ele próprio ser imperito no falar, isto é, no fraseado (2Cor 11,6); no entanto, a carta é grego do melhor estilo, e qualquer perito em diferenças de redação o reconheceria.

Efetivamente, os conceitos da Epístola são admiráveis e em nada inferiores aos das genuínas cartas apostólicas. Há de concordar quem ouvir atentamente a leitura das cartas do Apóstolo. ”

E, ainda:

“Mas, para exprimir meu próprio ponto de vista, diria que os pensamentos são do Apóstolo, e por assim dizer, de um redator que escreve as preleções de um mestre. Se, portanto, uma Igreja tem por certo que a carta provém do Apóstolo, felicito-a, pois não será sem fundamento que os que os antigos a transmitiram como sendo de autoria de Paulo. ”

Observa-se, então, que Orígenes julgava ser de Paulo o teor da carta, mas que foi transcrita por um amanuense que o acompanhava. Embora, “em outra ocasião”, de acordo com Mauerhofer [25], “Orígenes fala de 14 cartas de Paulo, ou seja, inclui também Hebreus entre elas. ”.

Ainda que o último capítulo da carta dê indícios de ser uma obra paulina, visto que o autor apela para que os destinatários se lembrem dos encarcerados (vs. 3) e solicita oração para si mesmo visando que ele seja restituído aos irmãos o mais breve possível como se estivera preso (vs. 18 e 19), o que se assemelha com Filemom 22, e, além disso, ele faz menção da soltura do “irmão Timóteo”, manifestando o desejo vê-los com este (vs. 23), Champlin julga que “as peculiaridades desse décimo terceiro capítulo, entretanto, não podem ser reputados como um argumento definitivo ou mesmo significativo em favor da autoria paulina.” [26]. Outro fato citado pelo estudioso , mas que, também, é de fácil refutação, é o trecho da carta aos Hebreus 10:34 onde parece que faz uma alusão a uma das prisões sofridas pelo apóstolo Paulo, porém, a forma como está apresentado em algumas traduções, não é encontrada nos melhores manuscritos gregos [28].

Dadas as informações supraditas, pondera-se que nenhum dos autores aludidos cogitam a possibilidade de ter sido o Apóstolo Paulo o escritor da carta aos Hebreus.

Portanto, para o momento, serão examinados os demais candidatos a seguir.

Vários outros estudiosos conjecturam a autoria da carta a Barnabé, que era um levita natura de Chipre, uma grande ilha do mar Mediterrâneo que dista do litoral da Síria [29], um dos alvos da primeira viagem missionária do Apóstolo Paulo (At 13:4).

Gundry [30] exprime que pelo fato de Barnabé ter sido um levita ajusta-se com a extensa explanação sobre as funções sacerdotais apresentada em toda a carta, “e cuja associação com Paulo poderia explicar as semelhanças com a teologia paulina. ” [31].

Uma das suposições que tornam Barnabé um forte candidato à autoria da carta é o fato de ele ter sido um judeu helenista, portanto com uma provável formação clássica, o que o torna qualificado para escrever tão importante documento, tendo como base a Septuaginta [32]. Pinto [33] cogita como menos problemática a escolha de Barnabé como o escritor da carta, já que as evidências internas indicam que o autor era conhecido pelo público alvo, daí o fato de não haver a necessidade de se apresentar, e desfrutava de autoridade numa igreja apostólica.

Observa-se, igualmente, que Mauerhofer atesta que Tertuliano confere a Barnabé a autoria da carta.

“Além disso, porém, pretendo apresentar, da copiosa quantidade, o testemunho de outro companheiro dos apóstolos, idôneo para confirmar de perto com razão a disciplina dos mestres. Pois existe (ou: cai na vista) também um título (uma obra) de Barnabé aos hebreus, um homem de autoridade tão suficiente que Paulo o colocou ao lado de si [...]” [34]

Mauerhofer [35] defende que Barnabé seria o candidato mais provável à autoria da carta, porque era totalmente capacitado para escrever uma obra de tal monta, mesmo não encontrando qualquer vestígio na igreja oriental que o apontasse como tal.

Embora Gundry [36] apresente como um argumento contrário a autoria de Barnabé o suposto contato direto dele com Jesus por ter sido residente de Jerusalém (At 4:36, 37), deste modo pertencendo a primeira geração de cristãos, tanto Pinto [37], conforme assinalado anteriormente, quanto Carson, Moo e Morris [38] não desprezam a probabilidade de o tratado ser de composição do cipriota.

Fica, nesse caso, que Barnabé seria um valoroso pretendente à autoria da carta aos Hebreus.

Lucas é outro apontado como um dos supostos compositores de Hebreus devido à semelhança de estilo da escrita com duas outras obras de sua autoria, o evangelho que leva o seu nome e Atos dos Apóstolos. “Todavia, Lucas-Atos reveste-se de uma perspectiva totalmente gentílica, ao passo que o livro aos Hebreus se manifesta totalmente judaico. ” [39]. Tal declaração também é indicada por Mauerhofer [40]. Guthrie diz que as “afinidades entre os escritos de Lucas e Hebreus, não bastam em si para apoiar a autoria comum. ” [41].

Tem-se, também, a opinião de Carson, Moo e Morris [42] de que Lucas não é muito reputado como o escritor da carta nos dias de hoje, dada a fragilidade entre os pontos que são comuns entre os escritos do médico e Hebreus.

Para Tomás de Aquino, Lucas apenas teria traduzido a epístola para um ótimo grego. Agora, Calvino nomeou Lucas ou Clemente de Roma como o autor [43].

Tomando-se as ponderações acima dispostas, infere-se que Lucas deixa de ser um dos candidatos à autoria da carta aos Hebreus, levando a uma quarta hipótese.

Apolo, assim como Barnabé, é reputado como um dos mais prováveis para a autoria da epístola aos Hebreus devido a sua fina cultura e o grande conhecimento das escrituras (At 18:24). Ele era natural de Alexandria, uma importante cidade do Egito que foi fundada em 332 a. C., pelo macedônio, Alexandre o Grande [44].

Alexandria era detentora da terceira maior população de judeus do mundo antigo e o mais relevante centro cultural da época [45], daí dá-se a elevada verbosidade e a extrema maestria com que Apolo discursava publicamente contra os judeus para provar a messianidade de Jesus através das escrituras (At 18:25-28). Ele detinha “o poder da eloquência, com os dons de ensino e exegese” [46] em razão da sua formação teológica judaica e na retórica grega [47], o que também contribuiu para o requintado estilo literário da obra aos Hebreus [48].

Até onde se sabe, Martinho Lutero foi o primeiro a propor a autoria da carta a Apolo, o que tem atraído um grande número de apoiadores em seu favor [49]. Carson, Moo e Morris [50] consideram a proposta que Lutero faz uma brilhante suposição, porém sem indícios suficientes para prová-la.

Argumenta-se, também, que existe “um paralelo entre a interpretação alegórica do Antigo Testamento feita pelo filósofo judeu Filo, contemporâneo de Apolo e também nascido em Alexandria, e o tratamento que Hebreus faz do Antigo Testamento” [51]. Porém, a carta aos Hebreus faz uma tipologia ao Antigo Testamento, o que é completamente diferente da alegoria aplicada pelo filósofo alexandrino [52], e os pensamentos essenciais encontrados na carta “estão bem distantes do neoplatonismo e do estoicismo presentes em muitas obras de Filo. ” [53].

Gundry [54] expressa dúvida a respeito da autoria de Apolo quanto a carta aos Hebreus, porque falta argumentos favoráveis nas tradições antigas tendo, somente, a indicação de Lutero.

Mauerhofer entende que “há muito que depõe em favor de uma autoria de Hebreus por Apolo” [55], mas defende Barnabé, conforme dito acima, como o candidato mais provável.

Conforme dissemos previamente, os nomes que serão abaixo apresentados, considerando as obras consultadas, não têm tanta força como os que anteriormente foram citados, visto que não há muitas evidências que apoiem suas indicações. Alguns nomes que são cogitados como os de Filipe, Timóteo, Epafras ou Maria, mãe de Jesus [56] não serão pormenorizados, devido não haver mais detalhes no material pesquisado.

O primeiro deles é Silvano (Silas). Champlin [57] faz apenas menção do nome de Silas. Gundry [58] assinala que a única evidência em seu favor é o fato de ele ter sido companheiro de Paulo, o que explica as semelhanças teológicas.

Adolf Von Harnack [59] disse que Priscila, “talvez com seu marido Áquila num papel menos importante” [60], seria uma provável autora, devido sua proximidade com o apóstolo Paulo e o contato direto com Apolo, e só não se identificou na carta porque sua autoria não seria aceita pelo público pelo fato de ser uma mulher [61]. Mauerhofer atesta “que ninguém acompanhou essa hipótese. ” [62].

Em conformidade com o que foi proferido atrás, Calvino alude a produção da carta a Clemente de Roma ou Lucas [63].

Mauerhofer [65], embora veja semelhanças nos escritos de Clemente e Hebreus, desconsidera a possibilidade de autoria a Clemente, porque ele era um cristão gentil pertencente à terceira geração e não é citado no Novo Testamento. Gundry , da mesma forma, reconhece essas semelhanças e julga “que Clemente tenha feito empréstimos da carta aos Hebreus, e nada mais. ” [65].

Em vista dos argumentos apresentados, faz-se necessário dizer que este conciso trabalho sobre a autoria da carta aos Hebreus não teve por meta apontar uma resposta conclusiva que venha sanar uma dúvida que paira há séculos, mas, sim, demonstrar que existe a possibilidade de se adotar um nome, dadas as informações colhidas na pesquisa, como segue.

Viu-se que Eusébio de Cesaréia em sua obra simplesmente encerra o tema dizendo que “sobre o assunto, basta. ” [66] e não manifesta a sua opinião direta quanto ao assunto.

Carson, Moo e Morris [67], com honestidade, reconhecem a própria ignorância sobre o pretenso autor da epístola, todavia afirmam que era um culto judeu helenista convertido ao cristianismo na segunda geração (Hb 2:3) e que tinha grande intimidade com a Septuaginta (Barnabé? Apolo?).

Gundry conclui com a declaração de Orígenes de “que somente Deus sabe quem escreveu a carta aos Hebreus” [68] não deixando qualquer indicação do seu ponto de vista.

Champlin [69] não considera importante declarar sua posição, mas manifesta grande apoio aos nomes de Barnabé e Apolo.

Pinto [70] não entende como primordial o conhecimento da autoria da carta aos Hebreus, mas é de opinião que a escolha de Barnabé é a que causa menos conflitos.

Mauerhofer [71] vê com bons olhos tanto Barnabé quanto Apolo, optando mais por aquele do que por este.

Dadas as considerações apontadas por cada estudioso, a conclusão que este autor chegou, por meio de todas as informações obtidas é de que, supostamente, Barnabé é o escritor de tão grande obra, em razão de que ele reúne em torno si mais material favorável do que contra. Todavia, como dissemos no início, esta é apenas a nossa opinião, dadas às informações coletadas e que pode ser mudada caso encontremos material de pesquisa mais convincente.

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REFERÊNCIAS

[1] Carson, Moo e Morris (1997) não têm certeza quanto a procedência geográfica do texto. Referente à datação, os autores acompanham as evidências que apontam uma data anterior a 70 d.C., mas sem descartar a possibilidade de ser entre 60 e 100 d.C. Introdução ao Novo Testamento (1997), p. 444-446

[2]PINTO, Foco e Desenvolvimento no Novo Testamento (2014), p. 487

[3] LADD, Teologia do Novo Testamento (1997), p. 529

[4] PINTO, op. cit., p. 488

[5] GUNDRY, Panorama do Novo Testamento (2011), p. 552

[6] LADD, op. cit., p. 535

[7] Apresentaremos os argumentos contrários a autoria de Paulo no decorrer deste artigo

[8] PINTO, op. cit., p. 485

[9] CESAREIA (apud), História Eclesiástica (2014), p. 314

[10] Ibid., p. 114

[11] GUNDRY, op. cit., p. 552

[12] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 438

[13] Ibid.

[14] CHAMPLIN, O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo (1995), p. 464

[15] Ibid., p. 465

[16] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 440

[17] CHAMPLIN, op. cit.

[18] CHAMPLIN; BENTES, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia (1995), Vol. VI, p. 735

[19] CHAMPLIN, op. cit., p. 465

[20] Ibid. p. 467

[21] EUSÉBIO, op. cit., p. 38

[22] Ibid. p. 299

[23] CHAMPLIN, op. cit., p. 466

[24] EUSÉBIO, op. cit., p. 314

[25] MAUERHOFER, Uma Introdução aos Escritos do Novo Testamento (2010), p. 487

[26] CHAMPLIN, op. cit., p. 465

[27] Ibid.

[28] Citaremos como exemplo a tradução bíblica Almeida Revista e Atualizada (ARA) que diz “Porque também vos compadecestes [ da aflição ] de minhas prisões...”; já a tradução da Almeida Século 21 (ALM21), et al., o texto está desta forma: “Pois não só vos compadecestes dos que estavam nas prisões...”, STERGIOU, The Word, [programas de computador]

[29] CHAMPLIN; BENTES, op. cit., Vol. VI, p. 718

[30] GUNDRY, op. cit., p. 553

[31] Ibid.

[32] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 439

[33] PINTO, op. cit., p. 486

[34] MAUERHOFER (apud), op. cit., p. 486

[35] Ibid.

[36] GUNDRY, op. cit., p. 553

[37] PINTO, op. cit., p. 486

[38] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 439

[39] GUNDRY, op. cit., p. 553

[40] MAUERHOFER, op. cit., p. 486

[41] GUTHRIE, A Carta aos Hebreus, Introdução e Comentário (1984), p. 18

[42] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 439

[43] Ibid., p. 438

[44] CHAMPLIN; BENTES, op. cit., Vol. I, p. 105, 232

[45] Ibid., p. 106

[46] CHAMPLIN, op. cit., p. 466

[47] MAUERHOFER, op. cit., p. 494

[48] GUNDRY, op. cit., p. 553

[49] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 438

[50] Ibid., p. 439, 440

[51] GUNDRY, op. cit., p. 553, 554

[52] Ibid.

[53] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 440

[54] GUNDRY, op. cit., p. 554

[55] MAUERHOFER, op. cit., p. 495

[56] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 440

[57] CHAMPLIN, op. cit., p. 466

[58] GUNDRY, op. cit., p. 554

[59] Ibid. (apud.)

[60] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 440

[61] Ibid.

[62] MAUERHOFER, op. cit., p. 496

[63] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 438

[64] MAUERHOFER, op. cit., p. 496

[65] GUNDRY, op. cit., p. 554

[66] EUSÉBIO, op. cit., p. 315

[67] CARSON, MOO E MORRIS, op. cit., p. 440

[68] GUNDRY, op. cit., p. 554

[69] CHAMPLIN, op. cit., p. 466

[70] PINTO, op. cit., p. 486

[71] MAUERHOFER, op. cit., p. 495, 496

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BIBLIOGRAFIA

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______. ______, Volume VI. São Paulo, SP: Editora e Distribuidora Candeia, 3ª ed., 1995.

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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (2004). Novo Dicionário Eletrônico Aurélio (Versão 5.0) [CD-ROM]. Curitiba, PR: Positivo Informática Ltda.

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