UM DESAFIO AOS CÉTICOS
Ah, estas tolices escatológicas dos cristãos! Dizem alguns filósofos, descrentes e céticos, que amam Sartre, divinizam Marx e adoram Darwin. Pois, se você é um deles, este artigo é para você.
Diz o apóstolo Paulo, quando escreveu aos crentes da Galácia (Gl 4:4) que "quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho..."
De fato, a hora era aquela. Pela primeira vez a humanidade poderia imaginar uma globalização. Sob o Império Romano o mundo tinha paz (ainda que por meio da força), o Mediterrâneo era navegável sem assaltos, havia uma língua universal (o grego), a cultura greco-romana estabelecia uma cosmovisão importante, na Judeia era possível contrariar o establishment enfraquecido pelo domínio romano, as escrituras hebraicas eram conhecidas em todo o mundo através das sinagogas judaicas.
Portanto, havia um berço montado para o surgimento do Messias.
Você pode dizer: exatamente, todos esses fatores permitiram o surgimento dos impostores cristãos. Será?
Se a cultura greco-romana ignorava, como hoje ignoram os sábios da época, a promessa do Messias, entre os judeus e mesmo esparsamente fora deles, muitos aguardavam o surgimento do Libertador com evidências proféticas.
Os reis magos vieram do Oriente. Viram a "estrela" que anunciava o nascimento do que reinaria sobre todas as nações. De lá vieram acreditando que esse conhecimento estivesse disseminado em Israel, mas logo perceberam que as coisas não eram assim.
Não é surpreendente, portanto, que hoje os céticos vejam, também na Igreja, homens e mulheres cuja fé vacila.
Se podemos falar nos magos e nos pastores, no terror de Herodes (que por sua atitude bem demonstrava o receio que a história daquele nascimento fosse verdadeira), por outro lado, ali, em Jerusalém havia alguns e, em especial, outro que aguardava para aqueles dias o surgimento do Messias. Simeão que, segundo alguns seria filho de Hilel e pai de Gamaliel, todos sábios rabinos.
Enquanto a esmagadora maioria estava em profundo sono quanto aos fatos, Simeão estava alerta.
O sistema judaico e as pessoas que nele acreditavam ou a ele se submetiam não poderia apontar tal acontecimento. A religião estava corrompida, a simonia na compra de cargos alcançava o do Sumo-Sacerdote. A fé era vivida nos extremos: enquanto saduceus sequer criam na ressurreição e em anjos, os fariseu levavam os ritos e as formas das práticas religiosas muito a sério, até demais. Por outro lado, zelotas pretendiam impor pela força de suas adagas, enfrentando as espadas e os escudos romanos, as crenças e a independência da nação.
Não lhe parece familiar ver líderes religiosos comprando o poder secular, descrentes naquilo que eles mesmo pregam, ou invocando as armas de fogo como instrumentos do bem?
Como hoje e aqui, a pobreza era extrema e havia, entre os nacionais, aqueles que colaboravam abertamente com os opressores, arrecadando impostos e utilizando parte deles em proveito próprio (os publicanos).
É verdade, deve-se dar um enorme desconto para os céticos, quando os que deveriam aguardar o Messias emitem sinais trocados, confusos.
Pois bem, fato constatado: é certo que, como hoje, que em tudo havia condições para que o Messias chegasse e que seus discípulos pudessem, em um só dia, pregar sua fé com a conversão de milhares, e estes milhares, em um mês, propagar a crença de que Jesus Cristo é o Messias, em todos os recantos do Império, como se houvesse uma internet a dois mil anos.
Se estas condições estavam presentes, como já dito, é certo também que a corrupção, a pobreza, a opressão, o dogmatismo e o falso conceito sobre o Messias traziam terríveis dificuldades.
Ainda que Deus houvesse preparado as condições necessárias, o despreparo dos que O deveriam receber era enorme. Daí a constatação feita pelo apóstolo João: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam." - Jo 1:11.
Estuda-se a história para aplicá-la ao presente, ainda que o capitalista Henry Ford tenha dito que "a história é tolice", é evidente que as informações do passado têm o poder de tornar decisões néscias em sábias no presente.
Portanto e para que não se alongue, impõe-se a pergunta: se Ele prometeu que virá outra vez, estaria o Ocidente cristão preparado para perceber os sinais da sua vinda, ou apenas emite sinais trocados que confundem e fortalecem os "sábios" deste século?
É possível que os céticos digam que tudo isso é grande asneira. Mas não seria prudente que ao menos olhassem para o céu e para as nuvens se algum profeta, correndo pelas ruas da cidade, dissesse que se armava o maior temporal de todos os tempos? Não por outra, o apóstolo Paulo disse que os sábios cristãos devem examinar tudo e reter o bem. Descrer e ridicularizar é virtude apenas para os incautos.
Por que não ao menos examinar essas "tolices" cristãs? Porque louvar Platão, Nietzsche e Marx como poços de profunda sabedoria e não dar o benefício da dúvida para Jesus Cristo, Paulo, Pedro e outros?
Os magos do Oriente vieram a Jerusalém no tempo certo, não só porque viram uma estrela, mas porque esperavam essa estrela. Eles estavam imersos numa cultura onde ainda vicejava a sabedoria judaica do Exílio Babilônico e eram conhecidas as profecias de Daniel.
O convite: seja um verdadeiro filósofo! Examine as "paspalhices" desses cristãos, e, talvez, você se surpreenda.